Trama do RPG - Resumo
Prólogo
Houve um tempo de guerra que assolou o País do Fogo por inteiro, dizimando famílias, campos e gerações a fio fosse a mando da honra ou do dinheiro. Esta era ficou conhecida como a Era dos Estados Combatentes. Cansados do derramamento de sangue intenso recorrente dentro das dependências do lar, as gerações passaram a adotar medidas de paz e cessar fogo, gerando um tempo de paz depois de anos em guerra.

Para dar um fim a tudo isso, o Tratado de Wakai foi assinado pelas quatorze cabeças dos clãs combatentes - e restantes - na presença do Daimyo Shimitsu, um termo de posse em uma região específica no interior do País, demarcado em quatorze territórios. Devido a convivência frequente das famílias em função da proximidade, a convergência dos territórios era iminente. Um segundo encontro diplomático entre os líderes resulto no que veio a ser chamado pouco tempo depois de União do Fogo, governada simultaneamente por estes, em uma junta democrática nomeada Conselho do Fogo.

Junto desta união nasceu um sistema de organização militar, hierarquizando aqueles que chegassem em determinados níveis de poder em um modelo de poder guiado e determinado pelo Conselho. Enquanto alguns já ganhavam altos postos, a preocupação com a educação das crianças das famílias surgia igualmente e, com isso, nasce a Academia Ninja e os futuros talentos que protegerão a União no futuro.
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16.01.19 20:04
Missões D
jardim de ervas
O raio do sol bateu bem em minha bochecha esquerda. Meu despertador natural tocava sem emitir som algum. Abri meu olho esquerdo e logo o fechei assim que o clarão do gigante de fogo o tocou. Obrigado a despertar de meu sono profundo, eu logo tomei direção ao banheiro, afinal deveria ali fazer minhas necessidades humanas. Com os dentes devidamente limpos, direcionei-me até o guarda roupas onde trajei-me adequadamente; Minha blusa azul clara com a gola de pelo de um animal desconhecido; shorts branco; faixas nas canelas e sandália azul escura. Desci as escadas e lá estavam mamãe, papai e meu irmão. Cumprimentei-os com um bom dia e logo ataquei o café da manhã, que não era literalmente um café, e sim um chá na qual mamãe costumava fazer pela manhã. Tomei-o enquanto degustava uma bela fatia de pão caseiro, na qual minha progenitora também se engraçava em fazer. De barriga cheia logo parti para fazer meu trabalho, provavelmente Kafka cedo ou tarde iria também, mas nunca estávamos sincronizados em nossos horários, justamente por isso já fazia um tempo em que não treinávamos juntos. Certamente o convidaria para fazê-lo se estivesse em casa assim que chegasse, talvez hoje seja esse dia, quem sabe.

Perambulando pelas vielas da União do Fogo, que parecia pacífica como sempre, avistei um cartaz pregado a um dos postes. Quando me dei conta para observar melhor, aquele papel estava espalhado por todo o canto e, obviamente, tratei de tomar posse de um deles para decifrar-lo. Tratava-se de um cartaz de procurado. O clã Uzumaki por algum motivo estava recompensando para quem captura-se ou matasse três garotos. Já tinha ouvidos alguns rumores sobre, mas ainda não tinha me atentado a ler um dos cartazes ou buscar mais informações sobre. Fiquei bastante curioso, e por conhecer uma Uzumaki, certamente em um próximo encontro a indagaria sobre o proceder daquele acontecimento, mesmo que a garota não fosse muito aberta a responder perguntas, principalmente quando vindas de minha pessoa, não sabia ao certo o motivo... ou talvez eu saiba.

Continuei então minha odisseia perambulando pelas ruas da união, que tirando os enumerados cartazes, estava como sempre foi. Caminhei mais alguns metros até que presenciei uma senhora com certa dificuldade em aguar as suas plantas. Confesso que não era o garoto mais gentil do mundo, ou sequer o necessário para oferecer ajuda aquela pobre senhora. Contudo naquele dia em particular, decidi por fazê-lo, mesmo que no fundo eu soubesse que iria me arrepender por tal ato -- Olá senhora - curvei-me formalmente e acenei - Quer ajuda com isso? -- Indaguei escorando ambas as mãos no cercado da residência.
A senhora, levemente curvada, com as costas prejudicada com o tempo, assim como as madeixas grisalhas e a pele encardida, trajava um roupão branco com algumas bolinhas vermelhas, típico de avós apesar deu nunca ter visto a minha. Moldou um sorriso em seu rosto e tentou retomar sua postura de outrora com o auxílio de um madeirite que servia-lhe como uma bengala improvisada -- Oh meu jovem! Eu sou uma velha bastante orgulhosa criança, mas jamais deixarei que sua educação calhe em meu orgulho. Por favor, entre! -- Disse a velhinha com certa dificuldade. Abri a cerca de madeira e adentrei em seu terreno -- Como se chamas criança? Pela bandana és um ninja não é mesmo? Eu sou Hyo, mas todos por aqui me chamam de vovó - sorriu - Fique a vontade se preferir assim -- Terminou a idosa esticando a destra e me entregando o seu regador.
-- Eu sou Tenma. E sim, eu sou um ninja -- assenti tomando posse do regador e permitindo que a água caísse sobre as diversas plantas que formavam um brilhante e colorido jardim.
-- Oh. Mas que ótimo! Não quero abusar de sua boa vontade Tenma meu jovem, mas eu estou precisando levar algumas espécimes de plantas para o hospital da vila. Algumas delas tem propriedades medicinais incríveis. Poderia me fazer este favor? É claro que não será de graça, afinal esta é uma grande missão, poder, mesmo que indiretamente, ajudar na saúde dos cidadãos -- disse a velhinha com um grande poder de convencimento. Não recusaria mesmo que fosse de graça, e com uma recompensa então, nem precisava pedir. Mas é claro, que apenas pensei assim, e minhas palavras foram bastante distintas
-- Não se preocupe senhora. Está tudo bem, nem precisa se incomodar em me recompensar --
-- Não, não, faço questão garoto! -- afirmou a senhora entrando para dentro de sua casa, retornando segundos depois com uma tesoura e uma sacola em mãos.

-- Vamos ver criança. Está vendo aquelas orquídeas amarelas e vermelhas? Pois então, me ajude a poda-las -- Ordenou Hyo se curvando para cortar alguns ramos. Aquelas plantas não me eram nada estranhas, após analisa-las por alguns segundos, me recordei que já estive a procura daquelas plantas em uma floresta não muito longe dali, onde entreguei-as justamente no hospital do vilarejo. Levei minha destra até minha bolsa de armas e saquei uma kunai que me serviria para cortar o caule das ervas. Fomos podando uma por uma até sobrarem apenas três de cada espécie, aparentemente já não eram necessárias mais, afinal a sacola estava totalmente cheia -- Obrigado garoto. Aqui está -- entregou-me a sacola e retornou para dentro de sua casa, mas não sem antes se despedir com um sorriso seguido de um breve aceno -- Até mais criança. Será sempre bem vindo em minha casa --
-- Obrigado vovó -- fiz o mesmo. Logo tomei direção ao centro da vila.
Não demorou muito para chegar até o hospital, procurei a enfermeira chefe, na qual já nos conhecíamos -- Tenma não é? O que faz aqui? Está doente? -- Perguntou a moça -- Não senhora. Vim trazer algumas ervas. A senhora Hyo que pediu -- retruquei entregando-lhe a sacola -- Ah. Muito obrigado, mais uma vez não é? Se ver a vovó novamente, diga que mandei um abraço. Aqui está -- Agradeceu-me pelos serviços devolvendo-me uma sacola de moedas. Com o serviço feito, saí do hospital sem destino final, quiçá fosse até a biblioteca, ou quem sabe o campo de treinamento ou talvez à casa do velho Týr...

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18.01.19 16:28
Missão D
jardim de ervas 2
Voltava correndo da casa da Uzumaki. Um treino é sempre muito positivo mesmo que não tenha tantos desafios quanto gostaria. Apesar do orgulho em que sua rival carregava, ele deveria estar pronto caso esta precisasse de sua ajuda com aqueles meliantes dos cartazes. Quando finalmente chegou no complexo de seu clã, trocou a corrida por passos lentos e preguiçosos, como sempre.
Passou em frente a casa da senhorita Hyo, carinhosamente conhecida como vovó por seus anos de vida. Não passava de uma senhorinha querendo viver em paz o restante de sua existência. Obviamente esteve engajada durante muitos anos nas guerras constantes, e quando elas finalmente acabaram, se limitou a regar suas plantinhas todas as tardes. O senju sequer se deu conta que passava pela a residência da moça quando ela berrou seu nome
-- Tenma! - arregalou os olhos erguendo a destra e acenando para o genin - Ai está você meu jovem. Eu sei que ando abusando demais de sua educação criança, mas poderia me ajudar com essas sementes? Só se tiver tempo garoto, vi estava correndo -- terminou a velhinha convidando o mesmo para adentrar em seu recinto.

Que educação teria o jovem, se recusasse o convite da senhorinha? Mesmo que estivesse com pressa, não poderia dizer não -- Mas é claro senhora. Tempo é o que ando tendo de sobra ultimante, oque é estranho admito -- Aceitou o convite de Hyo e abriu o cercado de sua casa e adentrou no mesmo -- Muito obrigado jovem. Aqui está - estregou uma espécie de pá - Cave alguns buracos por aqui que vou lá dentro pegar as sementes de orquídeas -- A velhinha então partiu para dentro da residencia enquanto o genin se ateve a usar a pá de metal para fazer os furos na terra já úmida. Cavacou cerca de vinte buracos, mais até do que a própria Hyo esperava, mas somente o fez pela demora da senhora em voltar -- Me desculpe criança. Ora vejam só. Fez um bom trabalho. Jogue essas sementes nos buracos e pode tapa-los -- entregou algumas sementes. Curioso, Tenma a indagou se aquelas era a mesmas orquídeas na qual arrancou alguns dias atrás para assim levar até o hospital, afinal o local em que plantava era o mesmo que jazeu tais ervas -- Isso mesmo criança. Cedo ou tarde vão precisar de mais no hospital. Sei que elas nascem em florestas mais afastadas e por isso costumo cultivá-las aqui para qualquer emergência -- Explicou a idosa em um atitude bastante nobre.

O senju continuou o seu serviço. Colocava as sementes nos buracos e os tampava com um montante de terra. Assim fora até o último dos furos. Restaram ainda algumas sementes, na qual Hyo recolheu e guardou nos bolsos. Notando a sujeira nas mãos do garoto, a senhora o convidou a adentrar em sua residencia e lava-las. Tenma, mesmo perto de sua casa, não recusou. Assim que limpou as mãos a senhora ofereceu-lhe um saco de moedas, o Senju insistiu em recusar, mas a senhora insistiu que aceitasse -- Pegue garoto, anda logo! Não vou permitir que vá embora de mãos vazias! -- O senju, contrariado, tomou posse do monetário e guardou no bolso. Despediu-se da senhora e foi-se embora para casa.

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19.01.19 22:24
Missões D
rancheiro e pestes
Tenma já se encontrava diante do chunin responsável por passar as diversas missões. Ryu era o nome dele. Por se verem diariamente, cultivavam certa intimidade -- Ai está o Senju! Espero que esteja se esforçando para o evento da vila. Lembre-se que ficar fazendo missões D não vão te ajudar em nada no exame chunin -- Alertou o homem sentando-se em sua cadeira com um ar contraditório -- Eu sei muito bem disso Ryu, estou me preparando, não se preocupe com isso - retrucou tomando uma das cadeiras para si e sentando-se - O que tem para mim hoje? -- Indagou enquanto massageava a tempura com a destra, acusando certo cansaço, não se sabia o real motivo para tal -- Dor de cabeça é criança? Bom, não importa. Conhece o velho fazendeiro do norte não é? Já esteve lá então é claro que sabe. Ele está precisando de ajuda, aparentemente um de seus rancheiros sofreu um acidente. Está liberado, pode ir! -- Disse o homem dispensando o genin.

Tenma assentiu com a cabeça enquanto ele discursava, e assim que foi liberado, partiu sem sequer despedir-se, talvez por que não seria a última vez em que veria a cara de Ryu. Seu caminho foi carregado por preguiça, como sempre. Buscava em sua mente as memórias que tinha sobre a tal fazenda. Dentre muitas e muitas lembranças, recordava-se apenas da jovem tímida que conheceu naquele dia, ela disse poucas palavras, mas fora o bastante para fazer o garoto a admirar. Talvez não por sua voz, mas sim pela aparência angelical. Em alguns minutos, chegou até a fazenda, e a paisagem do recinto o fez lembrar o quão bela era aquele lugar.
Atravessou o cercado e foi até o casebre principal. Deu três batidas e torceu para ser atendido pela garota de antes, não sabia o por que, mas gostaria de revê-la mesmo que ela nada dissesse. Quando o limiar se abriu, deu de cara com o pai da moça. O dono de todas aquelas terras -- Já chegou rapaz. Que bom. Pode dar uma olhada lá no celeiro. Alimente os animais e colha o milharal. Já sabe como funciona as coisas por aqui. Se precisar de algo, pode vir até mim -- Disse o homem. Nem se deu ao trabalho de convidar-o a adentrar em sua residência, de certo não era necessário, mas o jovem Senju esperançava ver a garota dos cabelos cacheados. E viu, pela aresta da porta entreaberta. Nem prestou a atenção nos dizeres do rancheiro. Seus olhos estavam a admirar as madeixas da garota, que sequer retribuiu o olhar, afinal, estava de costas -- Ei garoto! - despertou-o o rancheiro - Pode ir! --

Partiu então para o celeiro. Lá, realizou todas as tarefas que havia feito na vez anterior. Limpou todo o celeiro, alimentou os cavalos, porcos, vacas e galinhas. Tudo isso em pouco mais de trinta minutos. O único afazer desconhecido foi destrinchar o milharal. Usou uma kunai para golpear incessantemente toda aquela mata a fim de arrancar-lhes os milhos. Essa foi a que mais demorou. Ficou ali por quase hora. Suas canelas já coçavam mais que pó de mico. Quando finalmente terminou, retornou a residência do rancheiro para lhe cobrar sua recompensa, talvez nem por isso. Queria apenas ter a oportunidade de avistar a garota na qual nem o nome sabia. Deu três batidas a porta, aguardou alguns segundos quando o mesmo homem de antes a atendeu. Olhou novamente pela porta entreaberta e não alcançou a menina -- O que está olhando garoto? Já acabou com tudo? -- Indagou o senhor da granja. Tenma assentiu fazendo o homem arrancar de seu bolso um saco de moedas, entregou em suas mãos e o agradeceu pelo serviço, chegou até a fazer piadas sobre contratá-lo para cuidar de seu gado. Despediu-se do homem com um sorriso e partiu de volta para o gabinete de Ryu, na esperança de que um dia voltaria, sabe-se lá por qual motivo... ou talvez saiba...

-- Já voltou Tenma? - moldou um sorriso em seu lábio - Por que está todo sujo criança? -- Indagou em um tom irônico. Tenma fez bico e não respondeu a questão do homem -- Vim pegar outra missão Ryu! -- afirmou sentando-se um uma das caideiras. O homem se levantou de seu assento e foi até uma pequena estante ao fundo do gabinete. Abriu uma das gavetas e retirou um pequeno pergaminho do mesmo -- Então. Lembra-se daquele ninho de ratos na qual você destruiu há algumas semanas? Não funcionou muito bem. Ou as pestes encontraram outro local. Vá dar uma olhada -- Jugou o pergaminho para o Senju que o pegou no ar.
Despediu-se do homem partindo para o local na qual havia supostamente eliminado as pestes em outra oportunidade. Como já sabia a sua localização, não demorou a chegar até ao ninho. Durante o seu trajeto, pôde observar que algumas pestes iam e vinham pelas ruas do União. Assim que chegou ao pé da árvore que um dia serviu como casa para aqueles bichos. Presenciou que o ninho ainda estava de pé, as pestes se reergueram de alguma forma. O veneno usado anteriormente não foi o suficiente para extinguir os animais.

Resolveu então ir até ao pesticida que o recomendou o tal veneno. Não era muito longe dali, algumas quadras apenas -- Boa tarde senhor! Não sei se lembra de minha pessoa, mas a algumas semanas comprei um veneno de rato para acabar com um ninho. Não deu muito certo, as pestes ainda vivem -- Informou ao velho senhor que logo retrucou -- Ninho? Por que não me disse antes. Pensei que estava lidando com algumas pestes apenas. Neste caso - estendeu a mão alcançando um saco que parecia ser de rações -, esse aqui vai bastar. Se quiser mesmo acabar com esses bichos, taque tudo --
Tenma, meio ressabiado tomou posse da sacola, pagou o velho mas prometeu que retornaria caso aquilo não bastasse, e nesse caso, exigiria o seu dinheiro de volta, mas o senhor parecia confiante que daquela vez funcionaria.
Assim que chegou ao ninho, o senju, ao uso de luvas, tacou todo o conteúdo da sacola no buraco de rato. Os bichanos se agitaram e muitos saíram correndo do buraco, contudo, acabaram por retornar assim que o genin se retirou. Agora bastaria esperar e ver no que daria. Confiou que daquela vez exterminaria as pestes e assim, retornou até o gabinete de Ryu a fim de pegar sua recompensa.  

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19.01.19 22:32
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20.01.19 20:15
Missões C
confronto mirim
"[...]Engraçado como todos acham - ou tem a soberba - de imaginar que mundo gira em torno delas. Desde um simples plebeu ao mais rico burguês. Tudo bem que alguns destes tem inteligência o suficiente em julgar que o mundo pouco se importa com sua existência. A quem pensa ser indispensável para fazer o mundo girar. O mundo não precisa de operários para fazer suas engrenagem funcionar. E os humanos fazem o papel inverso. Consegue destruir suas engrenagens sem sequer existirem. As intermináveis guerras, tornam de nossa moradia, cada vez mais, nossas quarentenas. Me arrisco a dizer, sendo otimista, que não vamos muito mais longe do que alguns séculos. Já existimos tempo demais para o mundo continuar nos aceitando. Antes nos batíamos com os punhos, madeiras, e pedras. Hoje usamos lâminas e poderes, isso mesmo, poderes. Uns cospem água pelas bocas, outros vento e até mesmo fogo, e não, não estou falando de dragões ou criaturas mitológicas, me refiro ao que chamamos hoje de shinobis, os seres que destroem não a si mesmo, como a fauna e a flora[...] "

-- O que você está lendo Tenma? -- Indagou a sempre atenciosa atendente da biblioteca. O garoto sequer sabia o seu nome, muito menos que conhecia-o. Não era nada surpreendente, afinal o garoto vez e outra frequentava o estabelecimento. Tenma não esperava que alguém interrompesse sua leitura, muito menos que fosse a ruiva em fazê-lo. Desconcertado, mirou ao rosto da garota -- Ah. É um livro de um escritor que conheci a algumas semanas. Seu nome é Roy. Não vou dizer que o melhor dos exemplares, mas contém algumas verdades em sua escrita, mesmo eu achando que nos dias atuais, poucos se importam com o tipo de escrita dele -- Respondeu o senju, se soltando em comentar sobre o exemplar do homem na qual ajudou - inconscientemente, é verdade - semanas atrás. A rubra, em resposta, mostrou os dentes em um breve sorriso -- Talvez eu dê uma olhada depois - pausou olhando para o limiar do estabelecimento - Um homem está te procurando. Disse para te chamar e que está te esperando do lado de fora da biblioteca. Eu disse que não costumo a incomodar os estudantes em suas leituras, mas ele insistiu -- Explicou a moça com o indicador em seu lábio inferior em um semblante um tanto...incomum. O garoto fechou o livro, levantou-se de seu assento e devolveu o livro a sua estante -- Obrigado senhora -- Agradeceu a mulher e se retirou da biblioteca. Uma vez fora do estabelecimento, deu de cara com um homem de cabelos longos, porte físico atlético e olhos esmeraldinos. Sua bandana em seu braço esquerdo o acusava como um ninja e, pela idade, parecia em uma patente superior ao do genin.

-- Olá! Pela descrição, deve ser o Tenma - esticou a destra para cumprimentar o Senju - Eu sou Loki. É um prazer -- terminou. O genin esticou a destra e o cumprimentou igualmente -- É um prazer. Disseram que estava me procurando. Qual é o assunto -- Indagou sem muitas cerimonias. Loki tirou um pergaminho de seu bolso e o abriu ali mesmo -- Bom. Tenho aqui uma tarefa para você. Aqui diz. Tomar ações diplomáticas para acabar com um conflito em dois grupos de crianças. Parece simples, mas eu já estive na academia para averiguar a situação. Os pestinhas não passam de seis anos de idade, mas se intitulam líder que gangues. Eu sei,  eu sei, é bem engraçado. Mas eles estão levando isso a sério demais e estão "guerreando" entre si pelos arredores da academia ninja, inclusive ao uso de shurikens e etc. Eu confesso que daria um jeito nisso. Mas o pergaminho é bem específico; ações diplomáticas. E esse não é meu forte - explicou o shinobi entregando-o o pergaminho - Se importa se eu lhe fazer companhia? Não quero xeretar nem nada,  mas algo me diz que será engraçado -- terminou dando uma breve risada. Tenma tomou posse do manuscrito e assentiu com a cabeça -- Tudo bem -- Retrucou o Senju, que ao lado de Loki, partiu para a academia ninja.

Chegando aos arredores, já pode se ouvir uma movimentação estranha. Alguns berros de crianças puderam ser ouvidas junto ao tinir de alguns metais. Tenma e Loki se entreolharam, arregalaram os olhos e partiram em disparada para dentro da academia com medo de que aqueles metais fossem o que estavam imaginando. E para a surpresa de ambos, lá estavam várias ferramentas ninjas espalhadas no chão. Um grupo de criança tomou conta de um lado da academia enquanto o outro lado era de posse de mais alguns pirralhos. O professor desesperado, sequer tinha a oportunidade de adentrar naquele "campo de batalha" com medo de ser acertado por um dos pestinhas -- Como você deixou chegar a isso Sensei? -- Indagou Loki -- Não me pergunte garoto, quando vi, já havia tomado proporções inimagináveis. Não quero machucar essas crianças, mas não pode permitir que isso perdure por muito mais tempo! - disse o professor escorado em um muro, longe do alcance dos metais que voavam para lá e para cá - O que vamos fazer? - indagou desesperado.

Tenma, surpreendentemente, manteve a calma, refletiu alguns segundos sobre como proceder com aquela situação. Mesmo se tratando de crianças, tacavam as ferramentas com esmero, e entrar no meio daquilo não era uma opção -- Vejo que lhes ensinou muito bem em sensei -- Ironizou inoportunamente. Arrancou de Loki um sorriso, mas o semblante do professor se manteve o mesmo -- Tudo bem. O campo é fechado, ou seja, não conseguimos chegar por trás de nenhum dos bandos. Acho que é melhor chegarmos pela frente mesmo e ver se eles são corajosos o bastante para continuar atacando um ao outro enquanto uma pessoa inocente estiver entre eles! -- Afirmou o Senju esperando uma positiva de ambos
-- Você está maluco? Eles são crianças, se tivessem juízo não estariam se atacando desse jeito -- Retrucou o professor
-- Me desculpe senhor. Mas como tudo isso começou? O que eles tem na cabeça heim? Estou curioso -- Perguntou o senju, curioso com a situação em que se encontravam
-- Os mais velhos das crianças cultivam uma rivalidade acima do comum, influenciaram os mais novos a seguirem eles e de alguma forma, conseguiram entrar no almoxarife da academia e pegar algumas ferramentas. Mas não é hora para discutir a causa do problema, e sim resolvê-lo -- respondeu o desesperado professor, quando uma shuriken cravou logo a parede ao lado.

-- Tudo bem. Eu vou -- Se elegeu Tenma. Manuseou um único selo e criou um clone idêntico a si, tão somente para testar sua teoria de que as crianças cessariam assim que visse um desconhecido no "campo de batalha". Logo o clone saltou para o meio do confronto. Os garotos pararam por alguns segundos, esticaram os pescoços para ver quem ali estava -- Viu só. Funcinou -- Se precipitou o genin. Umas das crianças, aparentemente o líder de um dos bandos, gritou -- SAI DA FRENTE OU NÃO SERÁ POUPADO -- Assim desencadeou mais uma saraivada de shurikens. Ta certo que muitas alcançavam o chão, ou não passavam de alguns metros, mas incrivelmente, tinha ali algumas crianças boa nos lançamentos. Uma delas inclusive acertou em cheio o clone do senju que se desfez no mesmo instante. Tenma olhou para Loki e para o sensei com incredulidade, os dois responderam o semblante igualmente -- É. Não deu certo -- afirmou o óbvio -- E se esperarmos até a munição deles acabarem e ai entramos em ação? -- idealizou Loki, mas o sensei retrucou no mesmo instante -- Temos que acabar logo com isso antes que alguém se machuque --
-- Ele tem razão - confirmou Tenma - Podes ver que os moleques são bons nisso, não podemos esperar pelo pior -- Então teceu o mesmo selo de outrora e criou outro clone de si -- Vou tentar surpreende-los com algo -- afirmou levando o clone a meio da confusão pela segunda vez. As crianças pararam novamente, e nesse meio tempo, o clone do Senju usava os punhos para o uso de alguma técnica quando um deles gritou -- ELE VAI FAZER ALGO. ATAQUEM! -- E assim mais outra saraivada de shurikens percorreu o campo de batalha, mas antes que chegasse ao genin, ele ungiu a sua técnica -- Suiton: Suijinheki -- Soprou um montante de água pela boca que o serviu como escudo para os metais que vinham de ambos os lados. Todos os presentes se surpreenderam e arregalaram os olhos

-- Já chega crianças! - saltou o verdadeiro Senju para dentro da piscina de armas - Venha até aqui os responsáveis por essa bagunça -- Convocou os "líderes do bando". Um deles, logo se prontificou. Saltou o tronco de madeira a caminhou até o centro do confronto arrastando os pés no chão. O menino tinha cabelos espetados e negros, seus olhos com de ônix eram carregados por um semblante desafiador, até demais para uma criança de oito anos. O segundo, vendo o seu rival se dar o respeito, fez o mesmo. Saiu de trás da mesa em que estava se protegendo e caminhou para o centro enquanto encarava o moreno. Este que possuía o cabelo amarelo escorrido, com os olhos tão verdes que refletiam até mesmo a luz do sol -- Por que estão brigando? -- Indagou o Senju com um ar sisudo e amedrontador - para as crianças, é óbvio -
-- Ele me desafiou - disse o que parecia o mais proativo dentre as crianças. O moreno fez bico, cruzou os braços e desviou o olhar.
-- Então se ele te desafiar a comer bosta, você o faria? -- continuou senju arrancando algumas risadas da plateia mirim, inclusive do loirinho
-- Claro que não! - respondeu cerrando o cenho e encarando o verde esmeraldo do loirinho - Mas não suporto ser desafiado por esse lixo! -- Ousou uma ofensa que não viria de graça -- Lixo é você e seu bando! -- retrucou o outro
-- Já chega! - " Mas que moleques difíceis " - pensou - Então vamos resolver isso de uma vez por todas! Já estejam cientes que cada um de vocês, sem exceção será advertidos pelo sensei e pelos seus pais também! - continuou - Vamos resolver isso no jukenpo. E sem mais um "á" -- Ordenou o Senju. Os moleques, de alguma maneira pareciam o respeitar, talvez pelos jutsus de antes, ou pelo modo de falar, não importava, mesmo contrariados, eles posicionaram ambas as mãos para o inicio do "confronto". -- JU-KEN-PO -- em uníssono, os garotos colocaram seus sinais, que no primeiro embate, foram iguais -- De novo -- Falou Tenma, e os garotos novamente chocaram as mãos e sinalizaram o mesmo símbolo -- De novo -- Novamente o mesmo símbolo -- De novo -- E pela quarta vez colocaram o mesmo sinal -- De novo -- E no quinto embate do acirrado confronto, eis que surgiu um vencedor. O loiro colocou pedra enquanto o moreno tesoura, foi derrotado e pediu uma revanche. Contudo, para o Senju aquilo já havia bastado -- Você ganhou o desafio. Mas ambos perderam o confronto! Todos vocês venham já aqui! -- Convocou o restante dos meninos que se posicionaram as costas de seus "líderes".

O professor saiu de seu cover e caminhou até todos os presentes, que pareciam sem graça e com medo da repreensão, e não era para menos -- Peçam desculpas ao professor de vocês! -- Urgiu o homem exigindo perdão. Todos os presentes, abaixaram a cabeça e com certa timidez, se desculparam com o sensei, que decepcionado deu a última ordem -- Agora catem todas as armas e coloquem onde pegaram. Aproveitem para varrer toda a escola e pintar as paredes e mesas danificadas -- Disse com certo rancor em sua sonora. Os moleques, inclusive os autores de tal rebuliço, acataram as ordem e começaram a limpar toda a bagunça. O professor chamou o genin de lado para o agradecer -- Obrigado por isso garoto! Eu deveria ser mais rigoroso com esses pestinhas. Acho que a partir de agora sera diferente. Me surpreende a maneira em que tratou eles, não me parece ser tão novo quanto transparece -- Elogiou o homem que se despediu do mesmo. Loki, que permaneceu a espreita até então, saiu de seu esconderijo com aplausos irônicos ao Senju -- Muito bem Tenma, você é realmente bom nisso. Me surpreendeu, eu juro! -- Proferiu sarcasticamente -- Tudo bem Loki. Ninguém precisa de sua soberba -- Retrucou -- Não pense assim jovem. Transpareço ser uma pessoa que não sou, já me acostumei com isso, você deveria também. Estou te parabenizando pelo serviço cumprido. Inclusive tenho aqui sua recompensa, afinal me precavi em trazê-la comigo. Tome! - disse o homem entregando-lhe o monetário - Não só isso como tenho mais missões para você... --

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20.01.19 21:07
Missão D
vigiando o ladrão?
-- E do que se trata Loki? -- Indagou curioso.
-- Podes escolher se quiser... Mas na verdade, poderia me ajudar com algo... - disse olhando de soslaio para o genin como um verdadeiro interesseiro - Tenho um serviço para fazer, e na verdade, me atrasei bastante vindo contigo até a academia --
-- Não pedi para me seguir, você se ofereceu e eu aceitei --
-- Pois então, aceitaria um pedido de ajuda, não? --
-- Depende do que tem em mente -- disse o Senju olhando-o nos olhos e observando o gesticular enquanto falava
-- É o seguinte. Fui até a biblioteca com duas tarefas. Uma delas era lidar com essas crianças. A segunda era vigiar uma casa mais ao norte daqui. A ordem passada era um de nós vir até aqui e o outro ir até o casebre. Mas sabe como é essas missões de vigiar as coisas, é um saco e quase nunca aparece alguém suspeito, por isso resolvi vir contigo e bom, ainda preciso ir checar a casa, e o expediente termina em algumas horas, quando o dono voltar. E ele tem que ter provas de que alguém vigiou a sua casa. Então, vem comigo? -- Explicou-o tagarelando até não querer mais.
-- Tudo bem -- Respondeu bufando e tomando direção até a dita casa
-- Acaba por ser melhor assim Tenma. Você receberá por isso e ainda não terá que ficar vigiando um casebre sozinho, sabe muito bem que tenho razão quando digo ser entediante e não tem emoção nenhuma -- Continuou a tagarelar enquanto caminhavam

Depois de muito falar, chegaram até o estabelecimento que parecia intacto -- Eu te falei. Ninguém nunca aparece nessas missões --
Logo adentraram no casebre, tão somente para confirmar que tudo estava nos conformes, e parecia estar. E se estivesse, era imperceptível. Loki teve a brilhante ideia de xeretar alguns dos cômodos, o Senju foi com ele, afinal eram parceiros ali. Após checar alguns documentos e joias, retornaram para a sala julgando que estava tudo na normalidade -- Então Tenma. Está preparado para o Chunin Shiken? Ouvi dizer que não será nada fácil e terá vários ninjas poderosos. Espero que esteja se preparando para isso. E digo mais, se estiver precisando de alguma ajuda em treinamentos, conte comigo, posso não parecer um shinobi habilidoso mas as aparências enganam -- Disse enquanto se sentava em uma das poltronas e moldava um sorriso em seu rosto.
-- Ando treinando algumas coisas, não posso me dar ao luxo de recusar qualquer ajuda, se estiver disposto, podemos treinar qualquer dia desses --
-- Aha. Inclusive, vi que você possui algumas técnicas interessante. Aquele Kage Bunshin me interessa muito. Sem falar naquele estilo água. Foi impressionante, de fato - elogiou pegando para si uma maça em cima da mesa e degustando-a - Escute. Se importa de não me chamar pelo nome quando o dono da casa chegar? Ou se o fizer me chame por Jaskier. Não me olhe assim garoto, apenas tento manter minha identidade escondida --

Tenma o olhou de soslaio, suspeitando que o shinobi carregava muitos e muitos mistérios consigo, o seu simples agir e dizer provava isso. Parecia traiçoeiro mais amigo ao mesmo tempo. Não sabia como descreve aquela sensação. Não tardou para o homem retornar a sua residência. Agradeceu ambos os ninjas e os entregou suas recompensas -- Uhum, uhum senhor. Tivemos que lidar com alguns bandidos que ousaram adentrar em sua casa. Meu amigo aqui, sofreu até algum dano por isso. Não eram bandidos fáceis de derrotar, mas no fim conseguimos. Não acha justo dobrar a recompensa? -- Manipulou-o o shinobi, enquanto Tenma permaneceu quieto. O homem o fez como Loki sugeriu, pagou-lhe o dobro e se despediu com um muito obrigado, que pareceu carregado de rancor. O senju não gostou muito de tal atitude, mesmo não se manifestando enquanto o outro mentia -- Não me olhe assim Tenma. Era isso ou receberia metade da recompensa de uma missão D, não valeria apena nem para mim nem para você. E antes que eu me esqueça - tirou um relógio de seu bolso - Está vendo isso aqui? Encontrei em um dos cômodos daquela casa... --
-- Você o roubou Loki? Como pôde fazer isso? Vamos devolver agora -- Inquietou-se Tenma.
-- Não sou tão burro assim jovem Senju. Eu já disse que transpareço ser uma pessoa que não sou. Já disse para se acostumar com isso. Este relógio estava perdido a alguns dias. Pertence a um velho senhor que mora ao lado da loja de armas. Não faça essa cara de novo meu jovem. Aquele homem era um bandido e teve a ousadia de contratar um shinobi para vigiar um pertence roubado. Ando investigando-o o paradeiro do relógio a algum tempo, até que culminei naquela casa, precisava confirmar que estava lá e confirmei, ainda de quebra arrancamos alguns ryous daquele ladrão - deu algumas risadas - Vamos lá Tenma, se alegre, deu tudo certo no final. Conseguimos algum dinheiro e certamente seremos recompensados por resgatar esta relíquia -- Completou o shinobi

O Senju ainda estava desconfiado, afinal, nem mesmo ele sabia se poderia confiar em Loki, que parecia carregar consigo um ar traiçoeiro e amistoso ao mesmo tempo -- Ainda não confia em mim né jovem. Tome o relógio. Leve até o Jyo ao lado da loja de armas e verás que digo a verdade. Pode pegar toda a recompensa se quiser, afinal estou atrasado para outro afazer. Até mais garoto -- Se despediu Loki deixando a relíquia com o mesmo e partindo para sabe-se lá onde. Tenma não pensou duas vezes para ir até o tal Jyo, e quando chegou a seu estabelecimento viu os olhos do velho brilharem como nunca -- Você encontrou meu jovem! Graças ao Buda, estava procurando isso a dias. Aqui está meu jovem, sua recompensa -- Entregou-o um montante de moedas, provando que Loki estava certo. Talvez estivesse a desconfiar do ninja erroneamente. Com o monetário em mãos, partiu para a casa a fim de descansar, quem sabe trombaria o shinobi em alguma outra oportunidade para se desculpar de suas acusações, mesmo que Loki parecia não se importar muito com isso, ou que lhe era costumeiro ser tratado de tal forma.

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20.01.19 21:19
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27.02.19 16:11
Missões C/D
perdido no bosque

O albino caminhava de volta para a arena onde desejava presenciar a final do grandioso evento. Ele estava tão decepcionado que titubeava em querer presenciar o confronto, voltar para casa ou até mesmo treinar algumas habilidades. Se sentia fraco. Não era verdade, o Senju era forte e perdeu para a sua ingenuidade, talvez fraco não fosse a palavra certa para o descrever. Quiça realmente fosse fraco, mas mentalmente, afinal foi isso que o levou a derrota, sua mente. Pensou que venceria seu adversário sem dar o máximo de si enquanto este fazia o máximo para vencer.

Foi enquanto ainda refletia e contava os seus passos preguiçosos que ele trombou com um conhecido -- Tenma? O que houve garoto? O Por que não está na arena? Não me diga que não se classificou? Não precisa responder, basta-me ver em seu semblante e em sua cicatriz que obtenho minha resposta - tagarelou o sempre tagarela Loki, um companheiro de algumas missões - Veja só criança - se aproximou do senju levando a sua destra até o seu ombro esquerdo - Que bom que está aqui. Esqueça um pouco o que houve ali e vamos descontrair, digo, fazer algo sabe? Uma missão talvez, estava indo até uma! Por que não vem comigo? -- Interpelou o shinobi com longos cabelos negros.
-- Mas por que está em missão em uma hora dessas? Não deveriam todos estar de olho no evento? Ou no mínimo reforçando a segurança em um momento como esse? -- Devolveu a pergunta o curioso Senju
-- Justamente garoto! Todos estão concentrados no grande evento, é a oportunidade perfeita para fazer missões sigilosas, afinal não estão de olho nas ruas, ou nas casas. A atenção está voltada apenas para a arena. Minha incumbência é investigar um casebre de alguns suspeitos. Vieram para cá recentemente simplesmente para presenciarem o evento e estes levantaram algumas suspeitas! Vamos, não é longe daqui! -- Exclamou o mais experiente tomando a frente do caminho e guiando o gennin.

Tenma então o seguiu até alguns quarteirões mais a frente, que, apesar de perto, houve tempo o suficiente para Loki, como sempre, tagarelar sobre alguma outra tarefa posterior -- Escute garoto, tenho que aproveitar esse intervalo para fazer algumas coisas, sabe? Percebi que o evento já está acabando e ainda preciso terminar tudo antes dele se encerrar. Creio eu que ele está em seu climax, basta ouvir a euforia da plateia, o último confronto já deve ter iniciado e eu ainda não fiz o que deveria fazer. Confesso que fiquei tempo demais trovando uma garota mais cedo, mas escute, valeu muito apena, ela adorava shinobi's, uma gracinha com olhos azuis do mar... Então! Me ajude com isso pois ainda preciso encontrar um objeto perdido. Houvi dizer que ele foi perdido por aqui mesmo... Veja! Chegamos -- Finalmente terminou - " Ainda bem! " - Mentalizou o Senju aliviado por não ter mais que ouvir a falácia incansável do homem, pelo menos por enquanto...

-- Tudo bem Tenma! Vamos entrar pelos fundos para levantar menos suspeitas. As ruas estão vazias mas por aqui até mesmo as paredes enxergam e conversam - disse moldando um sorriso irônico em seu rosto - A casa é bem grande, procure no segundo andar que eu faço a limpa no primeiro. Vamos! -- Passou as ordens. Tenma então, usando de uma técnica simples, andou sobre a parede do casebre a fim de alcançar a janela do andar de cima. Abriu-a com um cuidado ímpar e assim adentrou no quarto. Este que estava ornamentado com alguns detalhes em rosa, parecia o cômodo de uma menina. Revistou os armários, escrivaninhas e até mesmo a cama da moça que curiosamente cheirava a lilás e groselha. Não conseguiu encontrar nada, apenas alguns trajes femininos - íntimos inclusive - e nada mais. Logo partiu para o segundo cômodo, este que parecia mais simples que o primeiro e mais bagunçado, o que acusava-o de ser de alguma figura masculina, afinal a tal bagunça muito se assemelhava a encontrada em seu próprio quarto. Novamente ele revistou cada canto do quarto e como o primeiro, não encontrou nada além de roupas. Partiu então para o terceiro cômodo, tão bagunçado quanto o anterior, Tenma o revirou todo e assim encontrou apenas um objeto, mais especificamente um relógio de bolso. Resolveu recolher o objeto para assim mostra-lo a Loki e caso não fosse o que este procurava devolveria-o a seu lugar de origem. Chegou até a vasculhar o banheiro do andar de cima e nada encontrou senão o mesmo aroma de outrora, lilás e groselha. Era de certa forma curioso e agradável ao mesmo tempo, um aroma que poderia ficar a sentir por horas e horas, como um feitiço.

-- Tenma! - seu parceiro gritou do andar de baixo - Venha até aqui! -- Ordenou. O Senju, distraído pelo odor agradável, logo voltou a si e partiu em direção a cozinha - lugar em que Loki se encontrava -
-- Encontrou alguma coisa? -- Interpelou o senju
-- Sim! Veja só esses registros - disse com uma caderneta em mãos - Essa família veio do leste, não sei bem de onde, mas sua reputação não é nada boa. A mãe, a chamam de "a traiçoeira"; Lia Stranger. O pai, conhecido como "a mente" ; Takumi Stranger e a filha; Yenn Stranger, dizem que ela encanta suas vítimas com alguma coisa. Já os vi em algum bingo book, são ladrões de mão cheia. A recompensa por suas cabeças não é nada fora do comum. Diria que são ladrões de rua, mas escolhem muito bem os seus alvos. Normalmente não roubam muitos bens por onde passam, pegam apenas algumas coisinhas aqui e ali, ainda sim são presenças indesejáveis em nossa vila. Temos que reportar imediatamente aos superiores. Devem estar de passagem tendo em vista os inúmeros turistas que estão pela União -- Explicou
-- Também achei algo - retirou de seu bolso o relógio prateado - Um relógio antigo, nem sei se funciona, mas encontrei no cômodo de cima --
-- Muito bem Tenma! Era justamente isso que eu estava procurando! O artefato perdido, então foram eles que roubaram. Bem! Vamos sair daqui e reportar aos superiores! --
-- Acho que vale a penas dar mais uma olhada pela casa -- Contrariou o Senju. Loki apenas assentiu com a cabeça e continuou sua busca. Levaram mais alguns minutos e encontraram apenas uma estátua com um busto feminino e que, mais uma vez, cheirava a lilás e groselha. Se perguntaram sobre oque poderia ser aquilo, discutiram também sobre o odor incomum e estranhamente agradável. Foi ai que se ouviu um gargalhar, daqueles que se escutam nos filmes de terror e que normalmente a vilã/bruxa fazem costumeiramente. Menearam a cabeça a fim de alcançar a autora de tal sonora. Não encontraram ninguém senão a si mesmos. A experiência de Loki o faria agir com sensatez, não demorou para tampar seu nariz e boca com um pano e jogar para longe  estatueta, que ao cair no chão se rompeu e expeliu pelo ar um fumo rosa com o mesmo odor que sentiam outrora -- Tampe o rosto e se afaste disso! -- Ordenou Loki. Tenma seguiu sua ordem e em um salto se distanciou do fumo e usando o antebraço tampou sua narina e boca --- Vamos sair daqui! -- Disse o mais experiente saltando pela janela e quebrando um dos vidros. Tenma o seguiu -- Oque foi aquilo? -- Indagou o Senju -- Não sei! Mas acho que é isso que hipnotiza as vítimas dessa tal Yenn, é melhor evitar aquele aroma. Bom, acho que não fomos tão sigilosos assim, mas creio que encontramos o que era necessário. Não vai demorar pra saberem que passamos por aqui! Precisamos agir rápido e evitar que fujam! -- Falou Loki enquanto se erguia e começava sua corrida em direção ao quartel. O albino, como sempre, o seguiu.

A pressa os levaram até o estabelecimento em pouco mais de cinco minutos. Loki logo relatou o "esconderijo" dos bandidos fazendo os superiores agirem de imediato. Aparentemente alguns jonins se mobilizaram a interceptar os alvos. Receberam elogios do superior que logo entregou-os seus montantes de ryous. Tenma o agradeceu e logo partiu do do quartel na companhia de Loki -- Você foi muito bem Tenma! Acho que metade disso lhe diz respeito -- afirmou passando para o albino dois terços do monetário
-- Vai me dar tudo isso mesmo? -- Interpelou o garoto
-- É claro! E aliás ta vendo esse relógio? - retirou de seu bolso o relógio prateado de outrora
-- Mas oque? - revirou o seu bolso e nada encontrou - Como fez isso? --
-- Obrigado, estava precisando de algo para impressionar minha garota! Estou pagando por ele -- Disse com seu sorriso sarcástico no rosto
-- Então não havia nenhum objeto perdido? -- Perguntou o senju com um semblante duvidoso
-- Ei ei, calma lá garoto! Claro que havia! Esse relógio não pertencia aqueles ladrões, então por isso vou pegá-lo emprestado e depois devolverei a seu respectivo dono. Não vá dizer que não mereço depois de encontra-lo, óbvio, com sua ajuda! Escute! Quando esse evento terminar venha me ver no centro da vila. Minha garota tem algumas amiguinhas da sua idade sabe! São bonitinhas até hehe! Agora está na minha hora garoto, nos vemos por ai! -- Despediu-se com um sorriso de orelha a orelha no rosto. Tenma apenas acenou com a destra e partiu para a casa, afinal um descanso era mais do que merecido depois daquele longo dia...

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Illyasviel
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28.02.19 11:48
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