[RP/Treino] As duas faces do fogo!

Já estava anoitecendo no país do fogo quando voltava para casa após mais uma missão bem sucedida. Missões estar que fazia irrefreavelmente após ter obter minha graduação. Meu tempo foi totalmente tomado pelas tarefas ninjas, confesso que nenhuma delas foram difíceis, afinal porque seriam? Sou apenas um genin, o nível mais baixo da hierarquia ninja. Ha algum tempo não praticava com Kafka, certamente já estávamos em outro nível desde a última vez que ousamos nos enfrentar, mas precisávamos nos testar novamente.

Chegaria em casa a procura de meu irmão -- Mamãe, onde está o Kafka? -- Indaguei-a sobre procedência do mesmo e sua resposta foi rápida e breve.
-- Está em alguma missão. Porque? --
-- Não é nada! Vou esperá-lo então. Tem algo para comer? -- Retrucaria já almejando algum alimento para energizar-me para um possível exercício. Busquei alguma fonte de carboidrato, talvez um bolinho de arroz fosse o ideal.

Considerações:

Chegava em casa após ter passado o dia todo ajudando uma senhora em suas plantações. Era uma missão simples, mas condizente com meu nível atual. Após fechar a porta, consegui sentir o cheiro da comida da mamãe. Talvez não estivesse mais quente. Sem saber, caminhei até a cozinha sem chamar por ninguém, não queria acordá-los caso estivessem dormindo. Ouvindo alguns passos próximo, disse baixinho: —— Tenma, é você? ——

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Considerações:

Estava prestes a abocanhar meu delicioso bolinho de arroz quando fui interrompido por uma voz familiar, não seria diferente, afinal estava dentro de casa, estranho seria se a voz fosse desconhecida. Virei-me até o meliante, era quem eu esperava ver, meu irmão -- Ahaa Kafka! Então você finalmente chegou! Sente-se! Íamos te esperar para comer mas sabe como é? Estou faminto! Ando trabalhando muito como um ninja hehe. Viu minha bandana neh? Estou me aproximando de você irmão! E lave as mãos antes de comer. Está todo sujo de terra -- Disse esperando-o que se sentasse na mesa para deleitar-nos da sempre deliciosa comida da mamãe. Após a primeira abocanhada, tratei de indaga-lo sobre suas tarefas ninjas, afinal parecia tão ocupado quanto eu -- E então? Oque fez hoje? Está todo sujo, foi algo empolgante? -- Aguardaria por sua resposta ansioso, talvez meu irmão estivesse a realizar tarefas um tanto mais pesadas que a minha, mas dado o nosso nível, provavelmente estava na mesmice.

-- Faz um tempo que não vejo o Velho. Tem visto ele ultimamente? -- Lançaria mais uma pergunta se referindo ao velho sábio que constantemente estava a compartilhar seus conhecimentos conosco. Logo terminaria a minha refeição, e esperava que Kafka tivesse boas notícias para me dar, certamente ele também carregava uma certa curiosidade sobre minha vida shinobi. Estava disposto a respondê-lo sobre isso, mesmo não tendo feito nada muito empolgante como um ninja...

Considerações:

Acenei a todos e movimentei minha cabeça em sinal de respeito a mamãe, baixando-a por alguns instantes. Caminhei até a pia enquanto comentava com Tenma: —— Ah! Estou com muita fome também. Embora eu tenha comido algumas bolachas na casa de uma senhora que ajudei hoje. Fui enviado em uma missão Rank D. Tinha que ajudar uma senhora a plantar algumas coisas. Ela era bem simpática e aprendi muitas coisas também. Mas nada muito radical. Como você pode ver, basicamente me sujei bastante colocando literalmente as mãos na massa. —— Terminando de lavar as mãos, as sequei e caminhei até a mesa, puxando uma cadeira e sentando.

—— E você? Fez alguma missão? Você já está na minha frente, Tenma. Tem dois anos a menos que eu e já é genin assim como eu. Mas ainda é mais fraco. —— Zombava do meu irmão e sorria para ele. Me concentrava agora em comer, agarrando os talheres com vontade e afundando-os na comida para depois leva-los à boca. Enquanto mastigava concordava com a cabeça antes mesmo de responder: —— Vi ele hoje, na verdade. Estava aqui em casa mais cedo comigo. Está o mesmo de sempre, falando sobre coisas difíceis e com aquele ar de desencanto com o mundo e as coisas. Mas é um sábio como todos dizem. HAHA. ——

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Considerações:

Então havia uma explicação para toda aquela sujeira. Ele de fato havia posto a mão na massa, mas certamente não da maneira da qual imaginei -- Então você trabalhou de jardineiro? haha -- Disse a dar um breve sorriso. Não havia muito que caçoar, afinal não havia feita nada muito emocionante -- Eu? Bom, fiz duas missões hoje! Uma rank D e a outra C. Diria que a C foi tão fácil quanto a primeira. Entreguei alguns remédios para um velho senhor e vigiei a academia ninja, nada demais... Mais fraco? Até parece. Posso te provar o contrário Kafka -- Retruquei esboçando um sorriso ao canto da boca. Provavelmente a mamãe já sabia oque viria a seguir, afinal era costumeiro estarmos nos enfrentando no quintal de casa.

-- Que bom que ele ainda está de pé. Você sabe que eu nunca entendo oque aquele velho fala neh? Haha. Acho que sua sabedoria é demais para a minha inteligência -- Diria levantando-me de meu acento torcendo meu pescoço para direita e esquerda dando-lhe uma leve massagem. Joguei meus ombros para trás algumas vezes, era um aquecimento breve para o momento seguinte -- Então irmão. Já está pronto? -- Seria a última pergunta antes de, a passos lentos, me direcionar até o quintal da casa. O aguardaria ali enquanto girava meu braço direito soltando a fim de aquecê--lo.

Considerações:

Era complicado compreender as palavras que o velho dizia. Eu ia por assimilação em relação a ele: se os adultos concordam e o admiram, enquanto eu não possuísse intelecto para discordar, concordaria e respeitaria. Com o convite provocativo de Tenma, tive que me apressar em terminar de comer. Não daria a ele o gostinho de eu recusar a disputa e ele dizer que estou arrumando desculpas para não enfrenta-lo e que agora ele é o mais forte da nova geração dos Senju.

Levantei e coloquei meu prato na pia. —— Na volta eu lavo, mamãe. Prometo. Ou melhor, quem perder lavará a louça toda. OUVIU, TENMA? —— Sai correndo pela casa para alcança-lo. Na parte de fora, tomei distância, ficando a cinco metros do meu irmão mais novo. Eu não sabia exatamente o que ele estava treinando na academia, portanto, não queria arriscar menosprezá-lo. Pelo contrário, sabia que ele era tão forte quanto os mais destacados membros do nosso clã. —— Boa sorte, vai precisar. —— Comentei, provocando-o.

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Considerações:

Kafka havia entendido meu sinal, isso mesmo, era hora de prova-lo que estávamos no mesmo nível, quiçá até mais forte -- Ouvi irmão. Apenas poupe seus mãos pois precisará delas para a louça -- Zombaria mostrando os dentes em uma risada empolgante. Certamente estava contagiado, meu coração acelerava bombeando meu sangue ainda mais rápido, era os sintomas da adrenalina. Era sempre muito especial aquele momento, estar diante de Kafka para um confronto. Queria muito que o velho ou o papai estivesse presenciando aquilo.

-- Chega de falar irmão -- Diria enquanto iniciava minha corrida a seu encontro. Usaria o máximo de minha velocidade, que não era muito é verdade, mas certamente maior que no ultimo encontro. Visaria testar suas aptidões, por mais que evoluído, ainda não provinha das artes mais avançadas, então usaria apenas os punhos, por enquanto.
Levei minha destra de encontro a seu crânio. Em um movimento circular miraria a lateral de seu rosto com um gancho certeiro. Se não fosse bloqueado, usaria a inércia do primeiro golpe para dar um giro completo em meu corpo e usando a perna direita como apoio lançaria minha canhota em um chute lateral onde intencionava atingir suas costelas com o calcanhar. Tentaria demonstrar toda a minha desenvoltura em taijutsu, apesar de muito distante do ideal, mas não tão leigo como em outras oportunidades.
Ao fim dos movimentos daria um breve salto para tras alcançando o que julguei ser uma distancia segura, aproximadamente cinco metros -- Vamos lá irmão! --

Considerações:

Tenma tomou a iniciativa dos movimentos. Sua velocidade era normal, eu conseguia acompanhar seus movimentos sem nenhuma dificuldade. Rapidamente me coloquei em posição de combate, ficando um pouco de lado e afastando levemente as pernas, algo básico aprendido na Academia em Taijutsu. Mas entre o domínio da teoria e sua efetivação na prática existia um longo percurso a ser superado.

Quando o soco partiu em direção a meu rosto, imediatamente elevei meu braço esquerdo na altura da minha cabeça, deixando meu antebraço rígido com o auxílio de uma técnica básica, fluindo chakra para a área de forma a bloquear o impacto. Feito isto, saltei para trás em um metro rapidamente com auxílio do Shunshin para escapar do chute que partia na meia altura. Tenma era mais habilidoso que eu na área do Taijutsu, isso estava ficando óbvio, eu não possuía tanta fluência nos movimentos corporais, embora fosse relativamente ágil em comparação a ele.

—— Andou treinando Taijutsu, é? —— Sorria para o irmão. Aguardaria novamente sua investida, queria analisar seus movimentos e ver no que ele poderia levar vantagem para tentar contra golpear no momento ideal.

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Considerações:

Em um movimento perspicaz ele conseguiu bloquear todo o impacto de meu punho usando de uma fina camada de chakra em seu braço. E com isso meu chute já não teria a mesma eficácia do intencionado. Usando de mais uma técnica shinobi Kafka conseguiu escapar sem muitos problemas. Certamente havia evoluído, mesmo eu ainda achava que em quesito de Taijutsu eu estava um passo a frente, não muito é verdade, mas poderia fazer uma leve diferença em um combate equilibrado.

-- É! ando evoluindo meu corpo. Vejo que também aprendeu algumas coisas na academia! -- Friccionava meu pés ao chão dobrando levemente meus joelhos preparando-me para o movimento seguinte -- Mas não foi o único irmão! -- Urgiria enquanto usava toda a força de minhas pernas para me proporcionar um impulsão ímpar, que com o auxilio de uma técnica básica tornaria-me ainda mais ligeiro minha aproximação. Novamente lançaria meu punho direito contra o seu rosto, mas dessa vez estaria munida por um fina camada de chakra, assim como Kafka fez em sua defesa. O movimento conseguinte viria usando da canhota para lhe aplicar uma investida de baixo para cima conhecido como upercut. Havia lido sobre o movimento em algum livro, resolvi testar sua eficácia. Ao fim, tomei a mesma distancia que anteriormente, cerca de cinco metros.

Considerações:

Novamente Tenma se utilizava de socos para efetuar seus ataques. Acompanhei seus movimentos com os olhos novamente e ele efetuava um ataque similar. Sem necessidade de invencionices, defendi da mesma forma que anteriormente. Elevei meu braço esquerdo com uma camada fina de chakra a cobri-lo e deixei que o impacto ali ocorresse e se esvaísse de potência. Percebi um segundo ataque vindo logo em seguida, sem tempo para me proteger com as mãos, saltei para trás enquanto movia minha cabeça ainda mais para trás, tentando tirá-lo com alcance do ataque.

Pousava um metro longo de meu irmão e ele aumentava a distância para cinco metros. Era hora de repetir a mesma estratégia que eu usei em outro momento contra outra oponente. —— Terei que usar a técnica secreta dos Senjus! A técnica que o Velho me ensinou em segredo. Só os melhores podem alcança-la. —— Teci selos e comecei a soltar gritos que pretendiam imitar um cachorro enquanto eu ia ganhando essa aparência. Em poucos segundos eu estava com uns dois metros de altura e similar a um lobisomem. Caminhei lentamente na direção de Tenma, os olhos brilhavam e as garras e dentes afiados estavam sedentos de sangue.

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Considerações:

Pela segunda vez havia falhado em minhas investidas. Aparentemente deveria adotar outra estratégia para ultrapassar as defesas de Kafka e sair vitorioso daquele combate. Após acrescer a distancia entre nós, ele finalmente parecia disposto a contra-atacar. Assumiria então minha guarda defensiva, com o pé esquerdo um pouco a frente e o destro servido-me como apoio. Erguia os punhos e os recolhia. Muito se assemelhava a um pugilista, apesar de minhas aptidões esta bem distante de um. Ousou dizer que usaria uma técnica secreta passada para os mais fortes do clã Senju, e que o velho havia particularmente o ensinado.

-- Maldito velho! -- Sussurrei enquanto mantinha minha concentração em Kafka. O mesmo tecia alguns selos da qual eram de meus conhecimentos, isso mesmo, eram os necessários para utilizar o Henge no Jutsu. Mas para a minha surpresa ele não assumiu a identidade de outra pessoa, e sim de um monstro. Daqueles que ganham vida em dia de lua cheia. Seus caninos sobrexaltariam como verdadeiras presas e as unhas davam lugar as garras. Já não havia mais um metro e meio, seu focinho surgia com um uivar de um lobo. Não sabia no que acreditar, parecia sair diretamente de um livro mitológico na qual costumeiramente me aventurava a leitura. Confesso que meu coração acelerou de tal maneira que cheguei a me sentir levemente amedrontado pela criatura - ou pelo meu irmão - não sabia distinguir oque era aquilo.

A fera caminhava lentamente em minha direção, assim como as de historias de terror. Me encurralaria e daria o bote, conhecia suas estratégias. Levei a destra ate as costas na esperança de sacar um kunai, afinal as feras dos livros morriam com uma estocada no coração, mesmo minha lâmina não sendo de prata... Contudo me dei conta que não carregava a minha bolsa -- Droga! -- Resmunguei enquanto o bicho tortuosamente encurtava a sua distância. Dei alguns passos para tras a fim de atrasar sua chegada. O suor escorria de meu cenho e me encontrava encurralado, não faltaria muito para a fera dar o bote e eu nada poderia fazer para impedir... -- JÁ CHEGA MENINOS! O pai de vocês chegou. Vão vê-lo e depois decidam quem vai lavar a louça! --

Considerações:

Passo a passo eu ficava mais próximo de Tenma, pronto para ataca-lo com minha nova forma. Por sorte dele, mamãe nos chamou, avisando a chegada do papai. Desfiz a técnica e comecei a rir na frente de meu irmão. —— Acho que a louça é tua, ein? Você nunca tinha visto alguém usar o Henge para se transformar em algo além de outra pessoa, Tenma? Foi fácil demais enganar você. HAHA. Não tem técnica nenhuma especial. Você tinha que ver tua cara, estava morrendo de medo. ——

Sai caminhando tranquilamente em direção a sala, metendo as mãos nos bolsos. Comentava em um tom mais alto para papai ouvir: —— Tenma ficou com medo de um Henge, papai. —— Mamãe me repreendeu pelas piadas e resolvi deixar meu irmão em paz. Por enquanto...

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Considerações:

Normalmente os heróis surgem no momento derradeiro, e naquela oportunidade minha mãe fora o meu, surgindo no clímax do confronto, não sei quem venceria aquela batalha, mas certamente estava em desvantagem mesmo sabendo que aquela técnica possivelmente fosse a de meu imaginário, mas assumir aquela forma foi realmente inédito para mim.

Após os dizeres da mamãe Kafka desfez a sua técnica, confesso que o alívio tocou o meu âmago naquele momento -- Medo? Claro que não! Deixa de ser besta. Eu só estava surpreso, é isso! -- Retruquei enquanto cruzava os braços e levantava o queixo, transparecendo toda a confiança que não demonstrei no último momento do confronto -- Estava tudo sobre controle! A mamãe atrapalhou minha estratégia. Eu não perdi! Não vou lavar a louça! -- Respondia ainda com a postura anterior.

-- Não fiquei com medo pai! O Kafka se transformou em um lobisomen! Só fiquei surpreso. Nada mais -- Busquei justificar-me novamente. Certamente fiquei surpreso, e talvez isso me trouxe um ar amedrontador, confesso, mas não poderia dar este gostinho a meu irmão... Papai apenas se ateve a algumas risadas. Restaria a mamãe resolver o inconveniente -- Tenma! Lave a louça e depois vocês vão dormir... Nem adianta rir mocinho. Amanha é sua vez -- Diria a Kafka.
Mesmo descontente acatei a sua ordem lavando todo aquele vasilhame. Ao fim daria a todos uma boa noite e partiria para o meu quarto, mas não sem antes dar as últimas palavras a meu irmão -- Na próxima eu te surpreenderei. E quando encontrar o velho de novo diz que quero vê-lo! --

Considerações: