[RP - Evento] O Festival do Fogo

Adentro dos portões da União, no entardecer do verão, uma comitiva de cinco carroças adentrou pelos grandes portões esverdeados. Eram carroças enormes, com entalhes em vermelho e com o símbolo do País do Fogo. Estava claro que todo aquele luxo se dava pela presença do Daimyo, o grande financiador daquelas terras.

Aquilo era algo a se prestar atenção. Não era sempre que a nobreza se dispunha a sair de suas áreas nobres na região praiana para ir até as terras dos clãs e lhes darem o ar de sua ilustre presença. Porém, o evento era excepcional e mediante a decisão do conselho, abriu-se uma trégua na agenda de Shimitsu. À noite, a União do Fogo comemoraria cinco anos de sua existência. E no dia seguinte, o Primeiro Exame Chunnin seria a prova final de que a trégua entre as famílias tinha servido para algo além da prosperidade econômica.

As luzes se acenderam pela via principal da União do Fogo em um caminho distinto para um parque, até então não-nomeado. As chamas das lamparinas dançavam, projetando as sombras das barracas aos arredores. Já havia certa movimentação: o povo sabia o que estava por vir.

As barracas estavam cheias de toda sorte de alimentos, dispostas ao redor de uma árvore gigantesca que durante o dia dava sombra para as demais construções abaixo das galhadas e à noite preservava da chuva como um enorme escudo. As opções eram infindas, desde massas tradicionais produzidas pelo Ramen Ichiraku, que abria suas portas ali, até venda de bebidas alcoólicas e outros tipos de alimentos. O lago próximo se recheava com barquinhos de papel contendo chamas em seu interior e fotos, soltos por crianças em memória de seus antepassados. A água estava calma, as folhagens das árvores menores dançavam com a leve e gostosa brisa que passeava pelo local. A noite estava bela.

Mais adiante, ao passar por um portal retangular de concreto e madeira, dispunham-se as quatorze barracas modestas correspondentes aos clãs-membros do Conselho do Fogo. Cada uma com sua cor característica e o símbolo em preto tingido em todas as superfícies, de modo que fosse facilmente distinguível a família pertencente. Dentro das construções de pano alicerçadas em madeira, os membros do alto escalão aguardavam seus membros candidatos ao exame chunnin. Eles visavam utilizar o festival como uma espécie de treinamento psicológico para os jovens, e os levariam para conversas distintas. Em cima de uma mesa, que por padrão ficava no centro das montagens, ou de qualquer outra maneira peculiar, os líderes deixavam expostos os presentes que dariam para os competidores da prova na manhã seguinte.

Em um palco de madeira montado às pressas por dois brutamontes mal-vestidos, Shimitsu ergueu-se com sua roupa garbosa e a alta classe que lhe era característica como um homem de posses. Ao seu lado, aristocratas igualmente bem vestidos, provavelmente outros financiadores do Festival e da União, observavam a plateia que se aproximava com a curiosidade. Enfim, um estampido se formou e luzes se desenharam no céu em uma explosão colorida e bela.

— Agradeço a presença de todos os moradores e líderes das famílias neste local. — Iniciou falando de forma polida como a própria imagem estática do governante determinava. — Comemoramos cinco anos desde o cessar-fogo das quatorze famílias. Cinco anos de paz e prosperidade que espero, assim como vocês, durar por décadas. — Shimitsu pigarreou devido a forma como falava, em voz alta. — Amanhã realizaremos o primeiro de muitos Exames Chunin na União. Sob a luz do Conselho do Fogo, todos os nossos jovens ninjas hão de ser avaliados para uma eventual promoção.

Shimitsu foi interrompido por uma nova bateria de fogos de artifício liberada por um aldeão nas redondezas, prontamente advertido por seguranças à paisana.

— Não quero me estender mais aqui. Comam e bebam à vontade. Esta festa é para vocês. — Disse despedindo-se. Shimitsu desceu do palanque e foi imediatamente abalroado por todos os aristocratas, formando um mar de pessoas que se dirigiu até uma tenda muito maior e bem decorada.

Uma música agradável começou a ser tocada por uma banda que em pouco tempo tomou o lugar do Daimyo no palco. Fogos de artifício explodiram nos céus e o festival oficialmente teve seu início.

Informações

- Este evento é uma decorrência da Reunião realizada pelo Conselho do Fogo dias atrás;
- Todos os jogadores podem participar do evento, postando aqui neste tópico;
- É permitido interagir entre si e com NPC´s;
- É permitida a troca de conhecimentos somente entre jogadores;
- Jogadores que adentrarem o evento não podem realizar missões e/ou treinamentos enquanto durar a ocasião;
- Ao fim do evento, os jogadores receberão uma quantia em Experiência em relação a sua experiência atual;

Recompensas

- Os líderes dos clãs produziram itens para que os membros genin do próprio clã utilizem-nos no Exame Chunnin. É permitido que os jogadores peguem o item livremente. Consumíveis têm um limite de cinco unidades por pessoa;
- Os itens expirarão ao fim do Exame Chunin, tornando-se inutilizáveis;
- Abaixo segue a lista dos itens:

Spoiler:

O boné negro escondia meus cabelos desarrumados e apenas um curto rabo-de-cavalo rosado podia ser visto. Minha grossa jaqueta protegia do vento fresco que corria pelo parque onde estava. O lugar parecia estar ficando movimentado conforme o tempo passava. Crianças sorriam escancaradamente enquanto brincavam nas barracas espalhadas pelo contorno. Eu tinha um sorriso quase tão grande quando consegui um prêmio em uma delas. O senhor ursinho fofo faria companhia a meus outros bichinhos de pelúcia.

Enquanto curtia o festival em uma barraquinha de dango, algum mister importante apareceu num palco próximo da onde eu estava e disparou seu discurso para todos os que estavam presentes no momento. Uma enorme plateia cercava o palco. Depois de algumas palavras, meu coração deu uma leve agitada em seu ritmo. Minha face demonstrava como estava ansiosa pelo o que eu tinha acabado de ouvir. Com um pouco de molho em uma das bochechas, relembrava facilmente as palavas que o homem usou para dar o anúncio do Exame Chunin. Apertei com força a palma da minha mão direita. Eu também preciso continuar avançando!

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Considerações:

O banho fora tomado, as roupas trocadas e o equipamento já havia sido revisado. Yuuki iria ver o festival de perto, comer algo salgado e se deleitar nas barracas de doces e jogos. Trazia consigo uma pequena porção de ryous para que pudesse realizar seus prazeres. – Estou saindo – Foram as palavras que a menina disse ao se despedir da sua avó, iria apressar os passos cruzando toda a extensão do complexo uzumaki desovando em uma área central da vila. Diversas pessoas transitavam em meio as ruelas bem iluminadas com decorações e um clima festivo – Que lindo... – Os olhos brilhavam como nunca, até porque o ambiente estava agradável e com uma aparência fora do que era rotineiro.

Pessoas transitavam, de diversos clãs e famílias, algumas mais importantes que as outras, mas nada roubaria sua atenção quanto a barraca de takoyaki – Delicioso... – O cheiro da comida amarraria suas narinas forçando a menina a comprar uma porção para comer. Aproximou-se para comprar, pediu a menos temperada possível, o estomago era sensível naqueles dias, sendo atendida, se afastaria com o pequeno recipiente levando um dos bolinhos até sua boca.

Considerações:

Os dias se passaram rapidamente e enquanto eu ainda estava meio absorto sobre minhas promessas e assim o festival da união do fogo havia começado. E de praste lá estava eu segurando as mãos de duas crianças em meio a multidão de corpos; Em minha direita estava a mais velhados três e sinceramente as vezes era difícil ter de lidar com três irmãos mais novos e, então em minha esquerda estava o segundo mais velho da fila; Sorrindo como um bobão claramente todo nervoso ao ter de lidar com a quantidade de pessoas do festival. Eu estava um pouco cansado em ter de cuidar dos meus irmãos, mas no final eu compreendia que era uma boa chance para minha mãe se divertir um pouco com o caçula da família juntamente com o meu velho pai.

— Para onde vocês querem ir? A gente devia ir para a barraca do clã pois parece que tem algo que será entregue para quem irá participar. —

Os dois demonstraram nenhum interesse sobre o meu pedido, simplesmente começaram a falar sobre seus objetivos e eu os teria de acompanhar para tais lugares.

— Eu quero Takoyaki! —

— Eu quero os Dango! —

— Não acho que seja um bom momento. —

Soltei suas mãos buscando entrar em um acordo, mas como não tinha nada em mente olhei em volta encontrando uma maravilhosa barraquinha de Taiyaki e sinceramente eu tinha uma boa ideia em relação a isso.

— Esperem aqui, e eu já volto. Então podemos ir comprar o que vocês querem. —

Fora assim que a desgraça começou. A fila para o meu Taiyaki demorou horrores, mas finalmente comprei seis unidade para dividir com os mesmo. Então, quando estava chegando no local em que eles deveriam me esperar já não estavam mais ali. De modo nervoso devorei mais um Taiyaki mal sentindo o gosto. Restava-me ir para a barraca de Takoyaki e Dango procurá-los, mas qual eu deveria primeira? Sem pensar muito seguir pela esquerda.

Ao momento eu não sabia ao certo onde eles haviam se metido mas ao pensar um pouco conseguir raciocinar que talvez a barraca de Dango fosse o destino de um deles. A pressa era tanta que nem ao menos notei que havia trombado com alguém quase em uma tentativa de a derrubar no chão enquanto erguia a mão para chamar a atenção do vendendo, sendo assim tratei-me de desculpar-me rapidamente estava com muita pressa e começando a ficar um pouco preocupado com o sumiço de meus irmãos.

— Ehhh, então... Eu estava distraído, então, né?—


Conferir rapidamente se a mesma havia se ralado, pois mesmo pequeno eu ainda detinha uma força física bem acentuada.

— Que seja. Então. Eu Sou Haled, mais uma vez desculpa.Então. Se machucou? —

Erguir a mão direita para a mesma tentando ajudar a levanta-la, simplesmente minhas palavras estavam carregadas de então por alguma razão que ao momento eu desconhecia mas em todo caso continuaria a procurar pelas crianças se tal evento contra a mesma não fosse grande coisa.

Equipamento:

Ai, ai...essa foi uma queda e tanto. Levantei e me sentei no solo onde havia caído após ter levado um empurrão. Meu joelho esquerdo ardia um pouco por causa do baque entre ele e o chão. Pelo menos esse era o único machucado que sentia até o momento. Mas isso não era o pior...meu último dango tinha sido arremessado para longe e agora estava devastado.

Comecei a sentir um pouco de raiva pela pessoa que tinha causado isso. Mas ela acabou dissipando-se tão rápida quanto veio. Estava para falar umas palavras não tão respeitosas ao culpado, mas desisti quando o vi e pude perceber em seu olhar um pedido de desculpas. Ele era um jovem garoto e um bocado mais baixo que eu. Eu pensava que tinha sido uma pessoa mais velha a derrubar-me. Estava enganada. Um pouco desconcertada, aceitei a ajuda do menino e me levantei com o auxílio de sua mão. Não se preocupe. Eu tenho ossos fortes! Isso até podia ser verdade, mas tinha certeza que a pele abaixo da calça não era mais firme que um pedaço de seda.

Haled. Pronunciei o nome dele em alto tom para o guardar em minha mente. Eu me chamo Laska. O ofereci minha mão direita como cumprimento. Encarei o pequeno menino e o fiz uma pergunta com um olhar de reprovação, agora minhas mãos apertavam meu quadril enquanto os braços estavam arqueados. Perdi meu último dango por sua causa. Onde estava indo com tanta pressa para acabar não prestando atenção por onde corre?

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Considerações:

@Haled

Aquele certamente era um da atípico, sem missões e sem treinos também. A vila estava em festa com a chegada do chunin shiken e eu não poderia estar diferente. Mais uma chance de subir um degrau, mesmo que eu não me sinta de toda preparada, e, não posso deixar essa oportunidade passar completamente em branco. Mais nível, mais dinheiro para ajudar minha família.

Não levo nada comigo, não pretendo gastar ali, apenas meu kimono habitual e a mim mesma. Passeio por entre as vielas preenchidas de pessoas, escutando uma conversa aqui e ali e vendo os pais eufóricos com seus filhos que provavelmente participarão. Não culpo os meus por não virem, eles não tem bons laços com pessoas aqui presentes e mesmo eu, não estou muito satisfeita que é provável que represente no evento as pessoas que fizeram mal a eles.

Quando ao centro, na área onde algumas barracas vendiam comida, e, o cheiro de fato era uma tortura para pessoas que como eu escolheram por não comer nada, vejo ao longe a silhueta da garota do outro dia. Parecia bem mais leve e alegre que no outro dia, talvez comer fosse realmente uma de suas paixões. Parecia bom o que ela comia por sua feição. Me aproximo lentamente, mas, não digo que consigo fazer isso sem chamar atenção vestida como uma sacerdotisa.

- Yuuki. Quanto tempo, lembra de mim?

De alguma forma ela parecia ainda mais forte, tinha certeza que sim. Vi seu empenho na outra manhã. Sorrindo abaixo um pouco minha cabeça a cumprimentando em reverência. Fito seus olhos com um certo brilho de admiração, por um instante em silêncio e com minha cabeça inclinada para a esquerda.

- Então, vai participar do exame? Não perguntei no outro dia, mas, qual das famílias você representa?

Levo a mãos aos lábios, pressionando o centro com as unhas de meus dedos em pinça e pensando sobre a resposta do outro dia. Espero que ela não ache que menti quando disse que não tinha clã, já que, infelizmente para mim, aqui, acabo representando a família que nos nega.


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Eu sabia que a melhor saída para esses momentos era sorrir e acenar, mas devido as circunstância não estava tão confiante em arriscar irritá-la ainda mais. Enquanto voltava a controlar minha respiração utilizei da minha melhor expressão para ajudá-la a se levantar porém meus olhos deliberadamente percorreram seu corpo de cima para baixo, procurando por algo que não encontrei. Assim fui incapaz de suprimir um pequeno suspiro de alívio; ela não parecia machucada.  Da mesma forma ergui a mão direita retribuindo o cumprimento, no entanto mantive as mãos dadas um pouco alheio ao que deveria de ser o normal largar logo após. Assim que a toquei entendi que sua mão era macia, tão macia que nada se assemelhava a alguém que praticava Kenjutsu. Considerando tudo isto a julguei como uma simples civil! O que de fato melhorava ao ² minha primeira impressão sobre ela mesmo que para o caso dela fosse o oposto.

— Então Laska!! Procuro por duas pequenas pessoas. Então, são meus irmãos! —

Erguir os dedos da outra mão para ela realizando o sinal numérico de forma quase infantil. Então comecei a dar alguns passos ainda de mãos dadas arrastando a desconhecida por alguns metros até parar e olhar de um lado para o outro procurando pelas crianças. Mas mesmo esforçando-me para encontra-las havia muitas pessoas no festival o que deixava a tarefa na melhor definição de uma agulha em um palheiro.

— Minha mãe vai me matar... —

Concluir em uma ultima frase sentindo todo o calor do meu rosto desaparecer assim como a cor mudar para um azul doentio.

Equipamento:

O quente bolinho aqueceu sua boca junto ao corpo todo, a macia textura junto ao adocicado sabor do alimento tornava a rubra feliz, como se fosse acolhida por um abraço caloroso de uma mãe. – Meu melhor investimento até aqui – Olhava para as 7 unidades restantes – Agora devo procurar a Umeko-Sama, sempre quis vê-la pessoalmente – Seus olhos percorreram a extensão do festival admirando tamanha união que o evento causou, não que isso fosse o real foco da uzumaki, apena queria comer o máximo que pudesse, desde doces até salgado ou comidas atípicas. Com a destra pegou mais um e pôs na sua boca mastigando-o e degustando lentamente aproveitando cada segundo... – Isso é delicioso demais – Voltava a olhar para o recipiente que carregava com sua mão.

Os momentos de devaneios e admiração pelo takoyaki foram subitamente interrompidos por uma genin que treinou alguns dias atrás.  A menina de fios negros fez uma abordagem cujo Yuuki não iria corresponde-la formalmente – Yume-chan, abra a boca – com um palito, levaria o bolinho até a boca da garota alimentando-a – Isso aqui é muito bom e merecia ser compartilhado – Daria um simples sorriso antes de responder as questões impostas – Bem, pretendo participar para enfrentar uma certa pessoa. Minha família você saberá logo, mas não gosto de falar o sobrenome em público... – Olharia os arredores por precaução. Finalizou levando um bolinho a sua boca, assim, restando 4 unidades

Considerações:

Haled parecia ser uma pessoa boa. Apesar de ter se chocado comigo, parou para prestar ajuda e ainda se desculpou pelo que fez. Mas o que mais me chamou atenção, foi o fato dele estar procurando seus irmãos e ainda gastar tanto tempo com uma desconhecida. Eu com certeza deduzo que ele seja muito gentil. Seu rosto de preocupado me deixava um pouco angustiada, embora não tivesse irmãos, imaginava que não deveria ser fácil cuidar de duas crianças, ainda mais quando você também é uma.

Não disse nada para ele sobre soltar minha mão, nem mesmo quando me arrastou junto com ele por uma curta distância.Vendo-o tão agoniado e com um olhar triste, decidi ajudá-lo em sua procura. Meu lado sensível não permitiria o contrário. Estufei os peitos e levei a mão que estava solta à frente deles, um gesto para indicar-me enquanto falava algumas palavras. Tudo bem, eu irei te ajudar a encontrar seus irmãos. Não precisa se preocupar. Tem alguma ideia de por onde começar a procurar?

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Considerações:

@Haled

A garota tinha suas surpresas. De forma repentina em minha chegada, pede para que eu abra minha boca com um sorriso que não sugere nada malicioso. Por estar a vontade com mesma, eu aceito sem muitos receios, recebendo no que se segue um dos alimentos que por ali eram vendidos. Meu semblante não demora a transformar-se do susto do primeiro ato para algo mais cálido. Estava encantada com a forma carinhosa da mesma, para quem sequer trocou um cumprimento com seus colegas de classe na academia.

- Está... uma delícia...

Um sorriso intenso em minha face, meus olhos umedecem um pouco antes de eu desviar o olhar para o chão, visando que a mesma não perceba. Quando ela responde sobre sua família sinto algo estranho, um certo ciúme sem alvo, algo como tristeza de ela não me contar e também as lembranças do outro dia onde não falei tudo que poderia quando a mesma perguntou.

- Sabe... sobre isso, a questão da família... no outro dia eu disse que não fazia parte de nenhum clã. De fato isso é verdade, mas...

Caminhando até seu lado, levantando meu olhar um pouco menos em princípio de lágrimas como antes, tomaria algum ar antes de continuar como se expulsasse um pouco do rancor por aquele sangue que herdei.

... Neste evento estarei representando os Uchiha... Digo em tom bem mais baixo que antes, meio que assimilando o temor da mesma por dizer nome de família em público ... a família que negou nossa existência e que eu também os nego.

Inclino meu rosto a para a mesma, passeando meus olhos nos seus, em sua boca, desviando do medo de que a mesma me repreenda guardar tal sentimento. Em vista como foi dedicada até ali.

- É errado guardar rancor? Minha mãe disse uma vez que não deveria fazê-lo...

Perdoar tudo, todos, pensei que sempre conseguiria fazê-lo como ela.


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Notavelmente fui incapaz de perceber que havia arrastado cada vez mais fundo outra pessoa em minha busca. Enquanto mantinha a mão de Laska apertada, minha expressão mudou rapidamente diversas vezes pela ciência de ter perdido algo de extrema importância; medo, agonia, tristeza. Em minha curta vida aquilo com todas as palavras havia se tornado a maior ameaça - Até mesmo o combate que recentemente havia experimentado não havia me desgastado tanto. Simplesmente esta era a pior sensação que eu já havia passado. Enquanto cada vez mais eu me culpava em não ter feito diferente a menção de uma ajuda extra fora mais que o suficiente para quebrar aquela espiral depressiva, oferecendo-se para ajudar se mostrou como um brilho em meio aquele evento obscuro onde eu mal sabia por onde começar.

— Mesmo, mesmo? Mesmo eu tendo seguido para a barraquinha de Dango e feito uma besta acertando você? Mesmo eu tendo lhe derrubado e ter lhe feito perder seu último Dango? O festival é quando a gente faz memórias que podem durar toda uma vida não posso lhe tirar isso Laska! —

Verdadeiramente eu nem saberia achar um jeito para recusar sua proposta, simplesmente estava grato e talvez tentando poupar a garota de perder os fogos e novas pessoas. Mas por ter alguém para contar naquele momento de dificuldade... Simplesmente agradeci do fundo meu coração pela sua ajuda.

— Sim! Muito obrigado!. —

Respirei fundo enquanto contava a breve história de como tudo começou, embora teria de continuar na procura acabei julgando que ela talvez tivesse uma perspectiva diferente para a busca.

— Eles são teimosos e cada um queria para uma barraquinha diferente; então como o que estava para a barraca de Dango era o mais novinho eu decidi correr e parar aqui pois ele ainda não é muito acostumado com muitas pessoas. —

Contar sobre meus irmãos pelo meu ponto de vista nunca seria uma experiência de verdade absoluta, mas estava certo que deveria ser eu mesmo. Sendo assim ocultei que havia perdido ambos por simplesmente ir para a barraca de Taiyaki! Não era mentira, simplesmente omitir.

— Já a minha irmã ela é  mais inteligente do que eu, então eu não me preocupo muito. Mas até mesmo a sacerdotisa piolhenta pode se perder com tanta gente. —

Meu queixo desceu e subiu diversas vezes dando ainda mais ênfase em minhas palavras, tudo era verdade, tudinho.

— Mas eu não sei por onde começar, talvez eu deva ir para a barraquinha dos clãs? Ou voltar para onde a gente estava? Ou ir para onde o Takoyaki estava sendo vendido.. —

Equipamento:

Levei um pequeno susto. Não imaginava que o garoto estivesse tão preocupado. Mas acho entendível o medo dele, eu também não gostaria de perder alguém que amo. Dei uma longa suspirada, onde duas crianças poderiam ter ido parar no meio de tanta gente? Haled mencionou que sua irmã é inteligente, será que ela seguiu seu outro irmão ou fora sozinha para a tenda de Takoyaki.

Sua irmã está levando dinheiro com ela, ou talvez seu outro irmão? Eles iriam precisar para pagar a comida. Eu não era muito inteligente também, mas sabia que era preciso pagar para conseguir os alimentos. Ou será que a irmãzinha dele é muito fofa e pode acabar conseguindo isso com algum jeitinho? São muitas perguntas em minha cabeça, mas ficar parada sem fazer nada é o pior possível. Eu também começava a ficar preocupada, mas tentava ao máximo não demonstrar isso.

Haled, você é de algum clã? Já que disse algo sobre as barraquinhas deles. Acho que podemos começar por lá. Realmente acredito que esse possa ser um bom lugar para iniciar a busca. Quem sabe a irmã dele tenha ficado com o menorzinho e os tenham levado para lá após se separarem de Haled. Podemos tentar os banheiros também! Meio que gritei nessa última frase, corando um bocado.

hp: 10 | ck: 10 | st: 5

Considerações:

@Haled

Yuuki percebeu que a garota também gostou dos takoyaki, de fato eram saborosos e quentinhos, possivelmente não haveria outro lanche que se assemelhasse. Olhando fixamente para o pequeno recipiente de papel – Isso está muito bom, podia ter mais festivais assim -- retrucou enquanto percebeu a garota se aproximar e falar a respeito de seu clã, denominado como clã Uchiha – “Uchiha?” – Pensou a respeito, mas nada viera a sua cabeça, nunca ouviu falar algo a respeito dele, ao menos nada que fosse digno de sua atenção. Gentilmente aproximava sua boca próxima ao ouvido de yume, afinal deveria retribuir a confiança depositada – Sou uzumaki – Afastou depressa após dar a informação de seus familiares. A rubra seria surpreendida por uma nova indagação que tratava dobre guardar rancor, de fato era complicado responder, talvez pela inexperiência de uma curta vida não fosse o melhor detentor das respostas...

Se lembrou de um evento que ocorreu semanas atrás, parecia ter uma certa familiaridade, ao menos na questão de rancor – Yume-chan, acho que deixar de lado seria bom, você oide se sentir até melhor e mais livre e com maior liberdade – Pegaria um novo bolinho com o palito – Coma um desses, vai se sentir melhor – Estendeu o braço levando o alimento até a boca da garota.

Considerações:

O sussurro no meu ouvido poderia parecer simples, mas, tirava de mim um sorriso singelo e alegre. Aquela confiança mútua não era algo que eu estava acostumada. Fora isso, seu clã, não era nada que eu pudesse aferir ou determinar apenas ouvindo, apenas que, nunca escutei nada de mal deles e isso já parecia algo bom. No que seguia a mesma me aconselhava a respeito de minhas indagações, que poderia ser bom que eu reconsiderasse pensar nisso e que poderia me fazer bem só esquecer. Não discordo, apenas parece mais difícil na prática que na teoria.

- Acho que se eu tivesse uma irmã mais velha, iria querer que fosse assim. Obrigada.

Novamente, e, repentina, a mesma me dava mais um pouco de seu lanche. Aquilo estava mesmo bom, mas por minhas condições tinha um pouco de receio por ela.

- Não tem problema? Gastar seu lanche assim comigo? Diria um pouco sem graça deslizando a ponta de meus pés contra o solo. - Não quero dar problemas.

Caminhando em volta, também deslocando um pouco da área em que clientes aproximavam-se para não causar problemas, penso que talvez deveria ter levado dinheiro para retribuir as gentilezas. Estava me sentindo um pouco mimada, sempre recebendo sem retribuir a ela.

- Se desejar ir a minha casa após aqui. É bem simples, mas, posso preparar algo e treinarmos um pouco, a seu critério.


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— Não. A ideia seria eu que pagaria pelos petiscos e mostraria o quão independente eu havia me tornado. Embora eu não saiba se a mamãe tinha entregado algo para eles. —

Levei a mão esquerda até o queixo pensando um pouco enquanto caminhava, sinceramente eu deveria me acalmar mas o festival deixava tudo um pouco diferente para se lidar com tal situação. Em determinado momento outra pergunta de Laska me fez soltar um grande sorriso, realmente não havia me apresentado.

— Realmente… Esse hábito que a Era dos combatentes tem de não dar o nome de seu clã com medo de retaliação… —

Finalmente notei que havia passado grande parte segurando sua mão, assim a larguei com um grande sorriso enquanto dava prosseguimento para a resposta um pouco envergonhado.

— Eu sou Shimura Haled. É um prazer conhecê-la Laska. E, sim! Começar pela barraca dos Shimura é uma ideia muito boa, Obrigado por me dar tal direção. —

Ainda levaria algum tempo enquanto caminhávamos até lá, assim que ouvir sua sugestão dos banheiros sorrir de maneira inocente, realmente ela estava sendo uma ajuda preciosa em minha busca e este seria a primeira parada que eu faria.

— Então Laska, não sei quase nada sobre você. Existe algo que você busque para no festival? Ainda me sinto mal por ter lhe derrubado, desculpe-me. —


Assim como dito a primeira parada seria nos banheiros disponibilizados pelo meio do caminho, assim faria menção de entrar na maior cara dura no banheiro feminino mas então lembrei-me que como não estava sozinho não necessitava de tal coisa indecorosa.

— Acho melhor eu procurar no masculino... — Disse enquanto abria um grande sorriso de vergonha enquanto coçava a parte de trás de minha cabeça muito encabulado com os meus pensamentos... Infelizmente não havia descrevido as crianças para Laska sendo assim, talvez fosse uma oportunidade melhor para tocar em tal assunto.

Equipamento:

Pouco depois de sair da academia, andava pelas ruas da vila muito entusiasmada com o resultado. Sentindo em meu coração uma das minhas primeiras conquistas em minha jornada ninja. Acreditando que nada poderia chamar mais minha atenção do que os meus próprios pensamentos acerca do que estava vivenciando no momento — bom, era o que eu pensava até o momento.

Avistei várias pessoas reunidas em um certo local, pareciam muito felizes, comemorando alguma coisa. Certamente indaguei o que poderia ser. Em um dia qualquer, eu simplesmente passaria reto nem dando atenção, afim apenas de chegar em casa e ler mais algumas páginas de um livro. Mas, hoje não era um desses dias, eu estava tão feliz que sabe, o que teria de ruim?

Contendo certa cautela em meus passos, comecei a aproximar-me do local e das pessoas, tentando a entender do que se tratava aquilo. Contudo, meu olhar estava meio direcionado ao chão, eu tinha ainda um certo receio ou vergonha de poder estar me metendo aonde não sou chamada.

Considerações:

HP: 10 | CH: 20 | ST: 05

-- Ei Tenma! Não acha que está atrasado? -- Disse a mãe cutucando o garoto que dormia feito um bebê em sua cama. Não era pra menos, o treinamento intensivo de outrora esgotou todas as suas reservas, aquele sono era muito bem merecido, mas não era hora para tal. Após algumas cutucadas da mãe o garoto acordou, olhou pela janela e viu que havia passado bastante tempo desde que este apagou em seu quarto -- Preciso ir mãe! -- Foi o que disse antes de sair correndo pelas ruas da União. Para sua sorte já estava devidamente trajado e equipado.

Não demorou muito para alcançar o centro da vila, que brilhava como nunca. Um aglomerado de pessoas atrapalhavam a locomoção de qualquer um, nunca se viu tantas pessoas assim na União do fogo. O genin se vislumbrou com tanto brilho e tanta gente. Nenhum rosto em comum pode ser alcançado, pelo menos a primeira vista. Adentrou assim pelo meio do festival na esperança de encontrar alguém conhecido ou a barraca de seu clã -- Será que Kafka já está aqui? -- Sussurrou consigo mesmo quando seu estômago grunhiu tão alto que abafou o discurso do líder ao palco. Foi quando se deu conta de que estava de barriga vazia a horas, mas para sua sorte estava no local ideal para saciar sua fome.

Adentrou a primeira barraca que viu - " Takoyaki! Será essa mesmo " - Uma vez dentro do local, alcançou não só o balcão como um rosto conhecido -- Uzumaki Yuuki. Que bom te encontrar por aqui. Você não cansa de me seguir -- Proferiu lentamente enquanto moldava um sorriso irônico em seu rosto e erguia a destra para o atendente lhe trazer alguma refeição, não importava qual fosse, queria apenas tapar o buraco em seu estômago -- Quem é esta? Sua irmã? -- Interpelou mirando o olhar na garota ao lado. Certamente não eram parentes, afinal as características físicas eram muito distintas.

Considerações:

Os elogios da pequena Yume faria com que a rubra ficasse levemente encabulada com a situação – Obrigada. – Foi a única palavra que saiu antes de ser bombardeada com novos questionamentos -- Não se preocupe, eu não tenho muita fome – Fuçaria mais um de seus bolinhos prendendo-os no palito – Podemos ir assim que der tempo, mas hoje pode acabar tarde o festival... – No local uma menina baixa adentrou, aparentava ter seus 10 anos, mas algo chamaria a atenção. Os longos cabelos combinavam com a estatura e porte físico da mesma, parecia uma boneca simples de porcelana e isso a chamava a atenção de yuuki a ponto de esquecer o que iria comentar com Yume...

Uma voz cruzaria o ambiente, e como sempre, seria a voz familiar de tenma junto com suas palavras um tanto ásperas – Eu estou aqui faz tempo, acho que você é o perseguidor – Apontaria de forma escandalosa para o albino– Abre a boca – Levaria o palito com o bolinho até o rapaz – O doce sabor do takoyaki vai tirar o amargo da sua vida – Um sorriso de canto junto ao braço esticado fazia a cena um tanto diferente. O garoto havia soltado uma pergunta a respeito de que seria a menina, ou melhor, palpitou ser sua irmã menor – Ela é uma amiga, treinamos juntas. Yume esse é Tenma e não ande com ele em hipótese alguma... – Mostrava uma feição irônica quanto a sua fala

Considerações:

Havia partido diretamente de meu isolamento de volta para a liberdade após o treino pela manhã. Havia alguns meses que não via Takeda ou Kowen, que respeitaram de forma sábia minha decisão para me retirar em solidão buscando aperfeiçoamento. O tempo que passei nos ventres da floresta do clã, morando naquela caverna e pondo meu esforço incondicional em cada gota de suor, valeu a pena, sentia claramente que havia evoluído e estava preparado para o início desta jornada, onde se começaria o real caminho shinobi. -Que bom que resolveu vir ver seu pai. Depois de alguns meses resolveu lembrar de casa. Kowen era muito protetor por ter me criado sozinho e não se esforçava para ser frio comigo em tempo integral, de certa forma gostava de demonstrar carinho. Abaixei a cabeça enquanto me sentava junto à ele na varanda. -Você anda sempre ocupado com as coisas da inteligência, eu andei ocupado com meu treinamento. Não é como uma missão ou algo do tipo. Suspirei levantando somente o olhar. -Como estão as coisas? Melhorando? Sua resposta foi espontânea e isso me trouxe alívio. -As coisas estão ótimas, o Festival veio para dar uma acalmada na pouco tensão que estava tendo. Hoje o clima é de festa, inclusive pra você. Ele obviamente entendia minha ausência apesar de se preocupar, talvez por isso não tenha persistido na bronca; realmente era dia de festa. Sua mão afagou meus cabelos e ele riu. -Você não andava tão preocupado assim. Ele era um gênio e me conhecia desde antes da minha própria consciência, enxergava coisas na minha face que eu ocultava do mundo. -Não estou tão preocupado assim. Me levantei alongando meu corpo. -Estou cansado. Passei a madrugada toda treinando, e estou extremamente ansioso também. Quero saber logo como as coisas irão funcionar na prática. Eu gostava de estar ali, aquela varanda foi meu quintal quando criança, costumava brincar com meu bonecos shinobi em cima do corrimão e sobre o chão; mas não poderia tardar muito a partir. -Eu não vou participar do evento hoje, estou coordenando a equipe interna de defesa do local. Vou estar na central monitorando as coisas, mas seu tio estará lá, diz ele que já reservou uma surpresa para você. Takeda era imprevisível e isso me assustava as vezes, aquele sujeito era louco, um velho engraçado e louco. -Tudo bem, eu vou agora e depois do evento eu volto pra casa, gostaria de treinar com você antes do exame. Ele sorriu e acenou positivamente com a cabeça, então parti para que meu coração se aquietasse um pouco.

No caminho até o local a atmosfera era de alegria, todos sorridentes, alguns bêbados antes mesmo da cerimônia começar. Segurava a alegria em meu âmago, não era de meu feitio externizar aquilo, mas também não estava aparentemente descontente com a festa, não tinha como estar infeliz de nenhuma forma com aquela cerimônia. Antes mesmo de alcançar o portal que me guiaria diretamente para dentro do evento, ao centro do que eu já podia visualizar como sendo as barracas de cada clã, com emblemas e ornamentos. -Onde você acha que está indo seu pirralho? Um obstáculo repentino surgiu frente aos meus pés, de relance vi uma bota preta, no segundo seguinte estava no chão. Essa voz! -Você é péssimos com essas brincadeiras. Suas artes me irritavam, não só isso mas como também todas as brincadeiras de estudantes que ele fazia. Mas eu adorava aquele sujeito. Levantei do chão limpando a roupa do pouco de poeira que continha. -Venha,! Venha comigo. Takeda era um dos sujeitos que já estava bêbado antes da cerimônia. Pegou meu pulso e me arrastou para o lado de uma barraca de salgado em frente a entrada. -Você já está caindo né tio? Ele riu alto, e quase caiu. -Um bom guerreiro esta pronto em qualquer momento. Isso que importa. Acariciou as duas katanas em sua cintura como se fossem suas amantes. Ele realmente era o melhor guerreiro que eu conhecia. Um shinobi altamente capacitado e requisitado, junto de meu pai eram um dos, se não os maiores orgulhos do clã Nara. Eficiente, letal, silencioso, discreto, e dizem todas as dezenas de lendas em torno de si que suas capacidades com ninjutsu são grandiosas. Mas não deixava de ser um bêbado. -Vamos rápido, Olívia está me esperando. Se encostou na parede e escorregou até chegar no chão. -Olívia? Quem é Olívia? Quem era Olívia? Aquele homem não sabia o que falava. -Isso não importa. A Kaya não liga que eu me atrase. Após fuçar seu bolso como todo bom bebum faria, retirou um ziplock de plástico que mais parecia conter drogas do que alguma coisa que você daria ao seu sobrinho de oito anos. Olhei aquilo e segurei o entusiasmo. -Ta viajando né? Quem é Kaya? Que porra é essa? Não acreditava que fosse verdade. -Pega logo isso. Soluçou. -Os líderes dos clãs estão dando presentes específicos para serem utilizados durante o exame chunin. A frequência com que ficava bêbado lhe dava uma certa fluência na fala, era impressionante. Entendi do que se tratava, mesmo na beira do abismo para outro mundo ele ainda era um sujeito muito afrente de nosso tempo. -Peguei algumas do estoque, e essas aqui para você não precisar enfrentar fila, sei que odeia essas chatices. Ele realmente me conhecia. Apanhei o plástico e coloquei em um bolso menor, fechado dentro da bolsa de armas. Se levantou com dificuldade, e sem fazer questão de ajuda-lo ri de sua situação. -Até mais Derek, aproveite a festa, nos vemos no fim da comemoração. Saiu andando e balbuciando -Onde será que está Olívia? Ele era insano.

Já havia perdido as falas inciais de Shimitsu que abriria a cerimônia, não que eu fizesse questão de todo aquele assunto burocrático e demorado, é bom quando se tem um familiar bêbado para tornar as coisas mais engraçadas e resumidas. Bom, pelo o que havia sido dito até então, até mesmo por Takeda, daquele momento em diante era só comer e aproveitar a festa, e por isso teria que encontrar os dois sujeitos de dias anteriores; Rumpel e Koujiro. Ao som de fogos, música e festa, caminhei deliciando um bolinho, até sentar-me em um banco no centro do local, como combinado com os dois sujeitos.

o.b.s.:

Takeda;
Vestimenta;

Kage no Gan'yaku
Descrição: As Kage no Gan'yaku são pílulas que fazem parte do segredo medicinal do clã Nara, especificamente atingindo o uso do hijutsus da grande maioria de seus membros. Esta especificamente desenvolvida por Shikadoki faz com que as sombras do usuário ganhem mais dez metros de alcance durante um turno após a ingestão.

A fome era tanta que o garoto mal pode prestar a atenção nas pessoas que iam e vinham, apenas era inevitável não notar a ruiva Uzumaki, que sem demoras respondeu a provocação do Senju -- Se tem algo que não sou é persegui... -- Foi interrompido por um bolinho que lhe foi rudemente empurrado pela goela abaixo. Ele arregalou os olhos enquanto engoliu seco o doce. Apesar de inusitado, lhe caiu bem, estava com tanta fome que pouco importou, inclusive, pediu mais ao balconista -- Ei não fale assim que ela vai acabar acreditando. Uhum Uhum - rangiu a garganta enquanto escorava os cotovelos no balcão e alfinetava um bolinho com o seu recém entregue palito - Yume não é? É um prazer. Sou Senju Tenma - encheu a boca para dizer o seu sobrenome - Não leve a sério oque essa menina diz. Ela vive me seguindo e diz ser o contrário - olhou de soslaio para a ruiva soltando um leve sorriso - E você? Tem um segundo nome? -- Interpelou mostrando toda a sua curiosidade enquanto levava um dos docinhos até a boca.

Seria normal a garota não querer se abrir com o jovem, apesar de ser uma pergunta corriqueira em tempos como aquele, e era igualmente corriqueiro, muitos se negarem a expor o seu sobrenome, afinal a paz ainda se camufla por dentre a famosa União... Entenderia caso esta optasse por não dizer nada, apesar de tentar parecer o mais carismático possível.

Degustou assim o seu delicioso doce, estava longe de ser sua comida preferida, mas quando se está com fome o pior dos alimentos acaba por se tornar o mais saboroso de todos eles. E não era diferente com aquele takoyaki, apesar da glicose não cair tão bem no paladar do Senju, degustava o açúcar como se fosse um suculento pedaço de camarão. Não se limitou a um ou dois bolinhos, seu estômago tinha um vácuo tão grande que foram necessários de três a quatro pedaços para o satisfazer completamente. Chegou até a oferecer alguns as garotas -- Fiquem à vontade. Mas não se acostuma viu, Yuuki! -- Falou enquanto erguia o cenho e cerrava os olhos em um semblante inusitado...

Considerações:

O ambiente mudaria um pouco, cada vez mais cheio, preenchido por ninjas que eu desconhecia e outros que me davam uma sensação sutil de dejavu. Um garoto, que parecia conhecer e ter uma boa amizade com Yuuki pela forma com que conversavam entre si, tomava sua atenção e eu seguia apenas assistindo em silêncio sem me esforçar muito para interferir ou fazer parte. Isto até que o mesmo se dirigisse direto a mim e não fosse mais uma opção fazer cara de paisagem.

- Não se preocupe, vocês parecem dar-se muito bem. Aguardaria em silêncio sua segunda pergunta, sorrindo, e, respondendo sem exitar quando o mesmo pergunta sobre meu sobrenome. Ao, meu nome é Ao Yume. Tenho orgulho de carregar o sobrenome de meu pai o qual se esforçou tanto para que hoje eu estivesse aqui.

Volto então a atentar para a garota que antes Yuuki havia mostrado. Aquele cabelo longo e olhos despreocupados, meigos. Já os tinha visto antes, mas, onde? Levo a mão ao queixo pensativa, me balanço um instante e resolvo arriscar, ainda que pudesse estar errada e ser apenas uma completa estranha.

- Hey você! Você estava na academia algumas semanas atrás quando visitei o sensei? Se não me desculpe, é apenas curiosidade de como ele tem passado. Se superou o álcool finalmente. Sou Yume, Ao Yume. (direcionada a @Haru)

Indagaria a mesma por perto sem afastar-me do grupo de antes para não perdê-los de vista em meio a multidão. Me mantinha um pouco receosa quanto ao senju também. A forma com que apresentou-se e comporta-se, aberto de mais, a vontade de mais e mesmo sua aura, sinto como se fosse alguém que não devesse confrontar por hora descuidosamente.

Considerar ás na xp

         "Acorde, Kishin, você está nos atrasando!", o grito da velha cega ecoou pelos ares alcançando o cômodo do garoto que até então estava imerso em seu seu sono mais profundo ━ "até então" porque aqueles dizeres impetuosos foram o suficiente para instantaneamente despertá-lo com um enorme susto. Por reflexo, acabou se embolando nos lençóis e caindo de cara no chão. Realmente, nada era mais amedrontador do que sua avó brava. Enquanto beijava o piso de madeira, tentou processar as informações do que estava acontecendo; ainda estava confuso, mas se lembrou: ━━ Droga! O Evento! ━━ Embora não gostasse muito daquele tipo de festival, sabia que aquele da importância daquele em especial; porque simbolizava a paz. A guerra havia deixado marcas profundas na família de Kishin; ainda sangrava muito, doía, mas eles estavam sempre esperançosos de que um amanhã melhor estava por vir. Era cinco anos de paz para uns; um mês de prosperidade para outros. Todo mundo tinha pelo menos uma razão para comemorar, e aquele era o momento correto para esquecer do sofrimento e distrair-se com as coisas simples, efêmeras e boas que a vida às vezes proporcionava. Assim que percebeu que havia cochilado demais após seu treinamento, Kishin se recompôs e correu para se arrumar. Vestiu suas roupas usuais, com todos os utensílios ninja e um poncho branco que lhe cobria a maior parte do corpo. Em seus trajes, o que mais chamavam atenção eram os detalhes; um par de brincos grandes redondos acoplados na orelha e luvas, ambas com detalhes em formato de estrela. Não demorou para se arrumar, sua roupa simples facilitava vestir-se. Estando arrumado, correu para a porta de sua casa, apressado, tentou ainda se desculpar: ━━ Perdão pela demor-... ━━, antes que concluísse a frase, algo lhe acertou o rosto.

         O impacto foi tamanho que propulsionou o corpo do garoto para a parede, fazendo-o se chocar e ficar sem nenhuma reação. Foi um golpe surpresa; uma covardia da vovó cega. Deu-lhe um forte tapa para puni-lo pelo atraso; ela vestia as roupas típicas de uma sacerdotisa e possuía óculos escuros que escondiam seus olhos vazios e escassos da visão. Ainda que fosse cega e baixinha, a velha conseguiu acertá-lo em cheio; Kishin se sentia um idiota por não ter previsto o golpe. Só notou o que tinha acontecido após sentir a pancada. Ela ainda verbalizou sua insatisfação: ━━ Baka Kishin! Temos que ir logo para o evento, temos que fazer nosso dinheiro. Estamos em crise! ━━ Aquilo não era tão verdade assim, a crise só implicava nos aspectos religiosos, era verdade que haviam apenas poucos devotos frequentando o santuário e contribuindo financeiramente; mas eram as economias dos irmãos mais velhos e aposentadoria da velha que sustentavam aquela casa, e muito bem por sinal. Foi aí que Kishin percebeu: a velha não se importava com paz ou com coisa nenhuma, aquele ânimo todo e pressa para ir ao evento eram frutos de seu orgulho como sacerdotisa. Queria conseguir mais devotos, queria vender seus objetos sagrados, queria realmente se mostrar como uma sacerdotisa na frente de todos. É óbvio que os irmãos mais novos obraram. ━━ O seu irmão, Hoshin, já está lá! Mandei ele ser o nosso vendedor ambulante, vai sair pelo evento vendendo meus amuletos da sorte e os demais itens santos que eu abençoei. ━━ É óbvio que tudo aquilo era meramente simbólico; mas ela não se importava em usar aqueles termos para enganar os mais vulneráveis e propensos a acreditar naquilo; às vezes Kishin não sabia diferenciar um charlatão da sua avó. ━━ Hoje a vontade do fogo incendiará! ━━ Ela exclamou alegre; mas o que flamejava mesmo era a sua ambição.

         Eles logo seguiram rumando à praça onde ocorreria o evento.

         [ . . . ]

         Estavam um tanto atrasados, mas se aconchegaram em uma barraca nos arredores que já estava pronta; esperando pelos dois.  Algum dos irmãos haviam armado ela anteriormente. Enquanto a velha ficava dentro de uma tenda escura e fechada, Kishin ficava à frente recepcionando com as pessoas. A barraca era até mesmo um tanto espaçosa e requintada, com vários detalhes adornando-a; chamava bastante atenção. Ideogramas majestosos indicavam-a "Senju Keiko, a Sacerdotisa do Fogo", o marketing criativo não parava por aí, alguns símbolos menores registravam: "Ilumine sua alma por somente mil ryõs!", era um valor extremamente humilde. É claro que os papeis dos dois eram diferentes, mas se assemelhavam; Kishin era dito como "a fagulha", ele tentava chamar atenção de possíveis clientes, falando com eles, mostrando objetos e também colhendo informações pessoais. Ele buscava ser carismático para fazer a pessoa confiar nele e optar em ser atendida pela sacerdotisa. Estava com um sorriso estampado no rosto, alegre ao ver todos ali comemorando e se empenhando; era raro ver as pessoas da união daquela forma.  Ele tentava chamar a atenção de todos que passavam, para que pelo menos se interessassem em averiguar sua singela cabana; muitos objetos estranhos também seriam vendidos ali.




HP: 22/22 || CH: 32/32 || ST: 5/5

Equipamentos:

O ambiente se tornava cada vez mais cheio, talvez pelo fato de que o horário estava correndo e isso implicava na chegada de mais pessoas, não só nos arredores da Uzumaki, mas sim no festival como um todo. Responderia Yume antes da mesma ter uma imagem errada... – Não nos damos na forma como pensa e nem vamos – Tentou deixar o mais explicito possível para que a pequenina não entendesse as coisas de forma errônea. Yuuki, como gostava de amolar a vida do pobre tenma, aproximou-se dele ao receber a oferta de um bolinho, mas iria abusar da boa vontade e comer dois, posteriormente mais um – Quanta gentileza meu nobre cavalheiro senju – Debocharia enquanto observava Yume abordando uma terceira pessoa, aquela cujo parecia uma boneca. – “Elas se conhecem? ” – Indagaria mentalmente a respeito daquilo antes de voltar a sua atenção para o albino. Em um movimento ligeiro roubaria outro bolinho do garoto – Acha que sairemos bem nesse exame? – Levaria o alimento em sua boca mastigando-o lentamente, talvez por estar quente demais para comer com pressa.

Uma outra questão viria a sua mente – Seu irmão irá participar? – Escorou no balcão bocejando. O corpo demonstrava sinais de sono, afinal uma criança não estava acostumada a ficar acordada até muito tarde. Subitamente calou-se e ficou a observar os arredores, a forma como algumas pessoas desfrutavam aquele momento, seja jogando alguns jogos ou até mesmo comendo em meio as barracas aquecidas pelo vapor da comida. As vezes notava famílias unidas aproveitando a paz que a união proporcionava -- Como nossos pais aproveitavam a vida antes da união? – Faria uma indagação aberta ao companheiro de treino.

Continuaria dispersa refletindo e desfrutando a paz que sentia, sem quaisquer resquícios de preocupações com a vida ou outra coisa. A frívola brisa balançou sua madeixa enquanto observava alguns membros de seu clã que estavam a transitar entre as inúmeras barracas – “O que será que eles estão fazendo?” – Se questionaria se deveria segui-los ou não.

Considerações:

Mesmo que com a cabeça meio baixa, pude notar alguns olhares direcionados a mim, talvez questionando quem seria eu. Todavia, uma garota, de cabelos escuros e olhos negros, ligeiramente avermelhados, aproximou-se de mim me abordando com alguns questionamentos — será que ela teria me visto mesmo na academia? Não acho que seria algo tão difícil, afinal passei boa parte de meu tempo lá.

— E-er... não sei. Mas é possível, pois estive boa parte de meu tempo lá nas últimas semanas... — Podia sentir minhas bochechas corando, não estou acostumada a socializar. — Sou Haru, Yamazaki Haru. Prazer em conhecê-la.

Sinceramente, eu devo estar parecendo uma boba com esse jeito todo atrapalhado de me comunicar. Será que ainda dá tempo de voltar à direção da minha casa e ir de encontro ao meu coberto ao lado do meu bom livro? Mas preciso respirar fundo, afinal, não quero além de boba parecer uma tonta.

— A-ah propósito, do que se trata essa reunião? Há algum motivo especial? — Aproveitei a deixa da garota para me inteirar do que estava acontecendo.

Considerações:

Haru
HP:10 | CH:20 | ST:05

              O dia do grande evento finalmente tinha chego. Estava pronto pra encher a barriga de comida e com sorte, se Derek, o menino do clã Nara estivesse com seu baseado, fumar um pouco pra relaxar. Um dos serventes da família principal fez o favor de me avisar do horário, e que se eu não fosse rápido, perderia o começo do discurso. Por ser uma data tão importante não só pra vila mas como pro clã também, chegar atrasado estava fora de cogitação. O clã Hyuuga precisava estar em peso. Parti junto com alguns membros de baixo escalão. Durante todo o caminho, pude presenciar pessoas felizes, muito dessas bêbadas. Já haviam começado antes mesmo do festival.

              Já no local da festa, várias barracas com comidas gostosas, bebidas e fila, muita fila. Odiava fila, não gostava de esperar momento algum. Mais adiante, ao passar por um portal retangular de concentro e madeira, um aglomerado de quatorze barracas. Cada uma com o símbolo de um clã. Direcionei-me a barraca dos Hyuuga. Parecia que os membros de mais alto escalão do clã estavam distribuindo presentes, e um deles veio na minha direção com um par de lentes. Estas são um presente do clã pros participantes do próximo Chunin Shiken, Koujiro. São lentes que vão auxiliar seu doujutsu. Consenti, enquanto guardava o presente dentro do bolso de minha calça.

              Esta na hora de encontrar aqueles dois. Pensei, caminhando vagarosamente em direção do centro. Pude ver de longe Derek, sentado em um dos bancos ali presente. Tomei a liberdade de sentar ao lado dele, tocando em seu ombro. Eai Derek, como vai? Bom ver que você já chegou. No treino eu havia dito ser um membro do clã Hatake, porém, agora ele estava preste a descobrir tudo, afinal, na minha vestimenta um símbolo borado do clã se encontrava no centro da camisa preta.

CH; 10 l HP; 10 l ST; 5