[RP] Quando o Florescer é Frutífero

O silêncio voltava a se instaurar após o breve embate. Takashi estaria todo sujo de sangue com outros machucados também, mas ele estava pouco se fodendo para aqueles dolorosos ferimentos, sangue estava manchado sobre seus lábios, até a ponta do queixo. Havia um corte no meio da bochecha, além de sangue que escorria por debaixo da bandana, manchas roxas pela bochecha e pelo pescoço, e também pelo corpo todo, porém, estava escondido pela roupa que estava suja. Mas lá estava ele, tranquilo como sempre, com as mãos nos bolsos e o olhar distante para outras coisas, ainda a alguns passos atrás de Angelise, que havia ido na frente, furiosa.

O garoto então finalmente fixou o olhar na garota, erguendo as sobrancelhas enquanto entreabria os lábios, finalmente então deixando de olhar ao redor para observar a garota. — Ah. Não se preocupe. São alguns garotos repetentes que nunca conseguiram sair da academia, mesmo tendo o nível de Gennin, eles nunca conseguiram avançar mais que isso, mas não me revelaram mais porque ainda não está no tempo. — Explicou Takashi, calmo como sempre. — Mas o fato é que um dia, o meu desempenho irritou um deles; tudo porque segundo meu professor, estava acima da média, enquanto a do ser, era uma das piores. Não demorou muito para terem preconceito comigo. — Ele sorriu para ela após dizer isso, aquele sorriso simples e pequeno. — Então, o fato de ter passado e avançado nas missões só tornou o que acontecia pior. E uma vez me encurralaram. Virei o casaco deles, e então, juraram que iriam se vingar. Bem, foi o que você viu. — Terminou ele.

Então, ele parou ao lado dela, observando-a de lado após a pergunta dela. Ele fechou os olhos e então sorriu, talvez aquele fosse o maior sorriso que ele havia dado na vida, mesmo que seu maxilar doesse pelo esforço do sorriso naquela magnitude. — Há há há! Eu tô bem. Sua boba!  Talvez fosse eu quem devesse carregar você princesa, mas acho que o príncipe aqui está meio derrotado, e não possa salvá-la do seu castelo!— Ele estenderia o punho, tocando-lhe o topo da cabeça da garota. Os fios louros escorregavam por entre os dedos. — Não se preocupe. — Diria ele, calmo como sempre, e sua mão desceu, tocando lhe a testa delicadamente com o indicador e o médio. Após isso, ele continuou andando enquanto algo o chamou atenção, o que fez com que ele erguesse as sobrancelhas. — Ahn... Angie... O que será aquilo ali...? — Ele estenderia a mão para uns papeis na parede. Dando alguns passos, seu corpo travou e ele então, se agachou um pouco. — Gah... Ah, ai. — Ele fechou so olhos, respirando fundo.

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— Ai au, não precisa doer tanto corpo... Pare de doer, pare de doer... — Diria para si mesmo enquanto fechava os olhos com um pouco de força, abraçando a própria barriga. Por um instante, ele se esqueceu de tudo, respirando fundo enquanto sua mente esvaziava todo o peso que estava sentindo, somente para que pudesse ignorar a dor mais um pouco. “Ai, droga, me esqueci de que estou todo arrebentado... Acho que preciso tratar de uma cura urgente, tô todo dolorido...” Pensou para si mesmo enquanto estava meio curvado em frente á parede. Mas, Angie pareceu segui-lo novamente, parando ao lado dele ara observar o que ele havia apontado. Logo ela voltou com mais perguntas. Sério, ela era muito curiosa, de trinta palavras, vinte e nove eram perguntas sobre alguma coisa. Bem, espalhar o conhecimento nunca é tarde, ou ao menos o que se sabe.

— O quê? Não. — Logo ele se ergueu, voltando a ficar ereto e erguendo uma sobrancelha para ler mais de perto. — Vivo ou morto. Irmãos Taki. Não, definitivamente, eu nunca ouvi falar. E não também... Eu sou mais aprofundado no meu clã, porque meio que é onde eu cresci, na área residencial dos Uchiha, então, acho que não sei sobre outros clãs, e se sei, acho que deve ser o fino do fino, básico no básico. — Diria ele, voltando a por as mãos nos bolsos. Mas ele pareceu se tocar de algo. — Espera aí. — Takashi se virou para ela, curioso, como se houvesse algo que ela chamasse atenção. Estendeu uma mão novamente e cutucou perto do olho dela. — Você não me disse de que clã você é. Fora que você tem aquele negócio maneiro com os olhos. O que você é? De que clã? — Agora quem estava curioso era ele.

“É mesmo, eu provavelmente não estava lembrando mas ela emitiu um negócio estranho nos olhos. O que sei é que geralmente pessoas que tem habilidades com os olhos é chamado de dojutsu... Aquilo seria um? Como o Sharingan?” Perguntou a si próprio. Ele se lembrava, se lembrava claramente dos olhos da mãe e de outras pessoas. O olho sangrento, vermelho com três tomões giratórios que os Uchiha exibiam. Bem, ele ainda não havia despertado aquilo. O Sharingan. Assim, ele voltou a fixar os olhos onixes nos olhos da garota, buscando uma solução para sua pergunta apesar de parecer pensativo segundos antes. — E também o que é aquela pose que você faz? Algum estilo de luta? Não parece comum como os outros ninjas. — Ele coçaria a bochecha, sorrindo minimamente. — Vai me dizer que você é como eu? Que busca quebrar os padrões? — Brincaria ele.

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— Uou. — Foi o que ele fez, estalando a boca quando ela ativou a habilidade que ele havia visto antes. Parecia como se veias finas e delicadas surgissem ao redor dos olhos e da pele, deixando o olho do usuário bem intimidador e imponente. Mas, Angie não pararia por ali, ainda feira meus coisa para mostrar e Takashi viria tudo. Nada como ter suas respostas atendidas, e era tudo tão incrível que dessa vez, só dessa vez ele não conseguiu esconder a surpresa que estava sentindo.


Então, ela voltaria a fazer a pose cuja qual ele não entendera no início do explicar para ele. Os Hyuuga como ela chamou o próprio clã, utilizava daquele estilo em combate e seu jutsu ocular para que pudesse lutar. Takashi já tinha visto alguns membros do Clã Hyūga sem saber. Olhos brancos. Mas por incrível que pareça, s garota também pareceu ler sua mente e emendou isso logo depois.

E foi aí que ele entendeu. Ligando tudo desde o início. Aquilo atingiu Takashi em cheio, eletrocutado como se um raio caísse com mais de trinta mil teravolts. "Essa garota... Ela é como eu..." Pensaria ele. Aquilo logo depois o fez sorrir discretamente. — Bem, é uma bela duma explicação. — Diria Takashi, sorrindo e observando a loura de lado. Tudo fazia sentido, tudo que ele não sabia, ela era então uma Hyuuga.

— Acho que é a minha vez. — Diria ele, voltando a posição das mãos aos bolsos. — Eu sou do Clã Uchiha. O Clã Uchiha é um clã considerado guerreiro, onde, eles costumavam ficar a frente nas batalhas. Eles são ninjas que possuem uma quantidade de chakra anormalmente grande. Não só, também possuem afinidade com o fogo desde o nascimento, e um talento para as práticas de shurikenjutsu. Mas, o que diferencia o Clã dos demais é o dojutsu ocular... O Sharingan. Ele auxilia o usuário em combate. Eu não tenho ele, então não posso te mostrar, mas te mostrei algumas coisas que citei sem ser o Sharingan. — Ele coçaria a nuca .

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— Eu não sei. — Foi a resposta. Ele então desviou os olhos dos dela e passou a fitar os cartazes de procurado dos irmãos Taki. — Foi só que me disseram, talvez seja por isso que eu... Veja isto. — Ele então viu uma criança brincando armas de plástico. O Jonnin que deveria ser o pai da criança, estaria observado tranquilamente. — Senhor, me empreste algumas kunais e shurikens suas? — O Jonnin ergueria as sobrancelhas. — Você não o tem? — Questionaria. Takashi moveria a cabeça, mostrando a calça. Não tinha nenhuma porta-kunai ou shuriken ali. Assim, o Jonnin então lhe daria algumas armas, deixando sobre suas mãos. — Tome cuidado garoto. — Ele voltaria á observar o filho. — Aí, Angie. Vem comigo. — Ele diria, sorrindo para ela e pegando sua mão, levando até uma área pequena de prática ao alvo que algumas crianças praticavam. — Aí... — Soltaria, parando relativamente mais longe do que as crianças.

Assim, ele fechou os olhos. Primeiro, na mão esquerda, surgiria então as shurikens, todas emparelhadas e bastante arrumadas, enfileiradas entre os dedos. Ele então, moveu o braço, como se as arremessasse, o que fez com que todas fossem arremessadas de uma só vez. Assim, todas formavam um círculo conjunto, assim, atingiram só o centro da tábua com perfeição. Assim, seria a vez da outra mão, com o braço flexionado, ele então moveu o braço e soltou as kunais emaprelhadas entre os dedos, e elas se deslocaram dessa vez, mais espessas e então, se ficariam na linha circular acima do círculo vermelho, preenchendo ao redor das shurikens, como um anel de kunais ao redor. — Tenho uma habilidade maior com as armas, acho que isso é shurikenjutsu, não sei... Mas os Uchihas tem. Mas certo, apesar de eu não ter certeza, eu te mostrei uma das coisas que posso fazer. Não que eu seja excepcional, porque não sou, eu preciso melhorar muito. — Explicaria.

— Agora, sobre o Sharingan, eu não sei o que ele faz. Mas... Eu sei bem como ele é... — Diria o garoto, pensativo. Os olhos vermelhos da mãe voltariam a se instaurar em sua memória, assim como o s dos pai, quando ele lhe mal tratava. Outras pessoas do clã quando discutiam entre si, todas elas com os olhos vermelhos. — São olhos vermelhos, com um anel central na pupila... E pontos ao redor desse anel. É um dojutsu poderoso, mas ninguém até hoje não me disse como ele age. Também não despertei, e não tenho a mínima ideia de como fazer. — Diria ele, colocando a mão no queixo. — Já tentei descobrir, mas as pessoas geralmente me ignoram ou mudam de assunto. — Ele ergueria os ombros. Tocando o ombro da loura também.

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Então, Takashi havia demonstrado tudo que sabia sobre seu clã. Mas a questão era que ele estaria sabendo muito pouco sobre ele mesmo. Desde sua infância, tudo que passava diante dos olhos do garoto, mesmo que ele não entendesse, ele buscava então perguntar sobre o que era. Na maioria das vezes eram perguntas vagas, que praticamente não respondiam o que ele perguntava. Aquele comportamento sempre casou estranheza no menino, porém ele deixava passar.

Então, após um tempo, Angelise falou que eles tinham mais do que o comum do que imaginavam. Takashi sorriu. — Sim. Dois exilados. Dois que criaram dois laços mesmo estando a mercê da sociedade. Já pensou nisso? Talvez por isso que nós damos tão bem afinal de contas. Eu gosto de você. E vamos descobrir todos os nossos segredos que nós abarca juntos. Nunca iremos ficar sozinhos. — Diria ele, enquanto uma ventania tomava conta do local.

Assim, Angelise naturalmente voltaria a tomar conta do assunto anteriormente, o que fez com que ele se ressituasse e pudesse então, erguer as sobrancelhas. — Bom, sim. É, eles são uma família ao invés de um Clã. Como eu era burro. Eu não pensei nisso. — Diria ele colocando a mão sobre a testa. — Angie. Vem comigo, vamos pro Conselho. Talvez eles saibam do ocorrido. Normalmente nada que sai aqui passa em branco, tem que ir com eles antes. Talvez tudo esteja lá. Vamos. — Ele seguraria a mão dela para correr junto com ela, rumo ao Gabinete do Conselho.

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