Trama do RPG - Resumo
Prólogo
Houve um tempo de guerra que assolou o País do Fogo por inteiro, dizimando famílias, campos e gerações a fio fosse a mando da honra ou do dinheiro. Esta era ficou conhecida como a Era dos Estados Combatentes. Cansados do derramamento de sangue intenso recorrente dentro das dependências do lar, as gerações passaram a adotar medidas de paz e cessar fogo, gerando um tempo de paz depois de anos em guerra.

Para dar um fim a tudo isso, o Tratado de Wakai foi assinado pelas quatorze cabeças dos clãs combatentes - e restantes - na presença do Daimyo Shimitsu, um termo de posse em uma região específica no interior do País, demarcado em quatorze territórios. Devido a convivência frequente das famílias em função da proximidade, a convergência dos territórios era iminente. Um segundo encontro diplomático entre os líderes resulto no que veio a ser chamado pouco tempo depois de União do Fogo, governada simultaneamente por estes, em uma junta democrática nomeada Conselho do Fogo.

Junto desta união nasceu um sistema de organização militar, hierarquizando aqueles que chegassem em determinados níveis de poder em um modelo de poder guiado e determinado pelo Conselho. Enquanto alguns já ganhavam altos postos, a preocupação com a educação das crianças das famílias surgia igualmente e, com isso, nasce a Academia Ninja e os futuros talentos que protegerão a União no futuro.
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24.01.19 3:02



"Mas um dia... No futuro... Eu sonho com um momento em que todos os shinobi irão cooperar uns com os outros... Um tempo em que os corações de todos estariam juntos, independentemente de seus países. Esse é o meu... sonho do futuro."

SENJU CLAN



Mimir me recebeu com carinho e disse ter uma surpresa para mim. Questionei o que seria essa surpresa e ele me entregou alguns alimentos, similares a chicletes. —— Use-os com cautela. Eles foram feitos da casca de uma árvore muito especial. Com ela você poderá ter suas feridas superficiais fechadas assim que o efeito começar e também perceberá um revigoramento no corpo. —— Guardei os alimentos no bolso da calça e agradeci. Antes que pudéssemos continuar os treinos, Mimir deslacrou um pergaminho e mostrou diversos armamentos. Era uma técnica básica igual a que eu realizava, mas ele conseguia lacrar muitas coisas ali. Ele retirou duas katanas e me jogou uma delas. Tomei um susto ao pegá-la pois pensei que sua lâmina iria me cortar se eu cometesse o erro de pegar errado.

Com um movimento rápido, Mimir começou o ataque. Eu era lento e sem jeito. O rápido para mim era algo que eu conseguiria lidar com dificuldade, mas que parar Mimir era algo lento. Elevei meu braço esquerdo, deixando a lâmina na horizontal acima da linha da minha cabeça. Eu tinha noções básicas por conta dos estudos em taijutsu. Mais um movimento de Mimir e saltei para trás, esquivando do corte em diagonal. De forma surpreendente, Mimir arremessou sua lâmina na minha direção e eu saltei para a esquerda. A velocidade com que ele avançou foi tanta que quase não vi nada. Apenas senti uma forte pancada em meu estômago. Foi tão forte que soltei a lâmina e cai no chão. —— Não estou bem adaptado ao taijutsu ainda. Mas irei melhorar, eu prometo. —— As palavras saíram com dificuldade, mas eu não queria demonstrar fraqueza tão cedo. Me coloquei de pé, mas ao que parecia, o taijutsu tinha terminado.

—— Agora vamos retomar os treinamentos em ninjutsu. Você é usuário do elemento água, certo? Me mostre o que sabe fazer, Kafka. —— Concordei com a cabeça e concentrei chakra em minha mão. Esse movimento embora simples, nunca o era. Concentrar chakra elemental demandava muito do meu físico e da minha concentração. Pouco a pouco um pequeno vórtice de água foi se formando na palma da minha mão. —— É o bastante. Agora te ensinarei um outro elemento e creio que você o domine, veremos. —— Mimir teceu selos e então a terra sobre meus pés começou a tomar forma e se tornou uma espada. Ele novamente a moveu e foi se transformando em outras coisas, como um cachorro que correu na minha direção entre as risadas de Mimir.  —— Esse é o elemento Terra, Doton. Vamos, se concentre, sei que você consegue dominá-lo.

Concordei com a cabeça e fechei meus olhos. Lentamente fui juntando minhas mãos até que as palmas se tocaram e fechei uma na outra. Tentava fluir meu chakra de forma similar a que fazia com o elemento água. Abri meus olhos e olhei para uma porção de terra. Já mentalizava o que tinha que fazer, transformá-la em um cachorro. Rangia meus dentes devido ao esforço, mas acabei parando o movimento. Estava cansado mesmo não tendo saído do lugar. —— O cansaço mental talvez seja ainda mais perigoso, Kafka. —— Relembrei de meu irmão e também da minha família. Certamente eu estava com saudade deles. O que será que Tenma andava fazendo? Será que ele estava forte? Será que eu estaria no mesmo nível dele e vice versa? Muitos poderiam sentir falta de casa e sentir o desânimo pesar. Eu era ao contrário, pensar neles me motivava a continuar e também, eu precisava manter minha promessa. Nunca tinha sentido tão próximo ela. Eu poderia estar caminhando a passar largos para me tornar forte e impedir que qualquer mal assole minha família e a União.

Aquele fogo reacendeu dentro de mim e foi como se eu tivesse tomado um grande chacoalhão. Sorri para Mimir e demonstrei toda a alegria em meu sorriso. Respirei fundo e pude sentir o ambiente ao meu redor, ouvir os pássaros cantando, os animais caminhando mais longe. Fui me concentrando e sentindo o chakra fluir dentro de mim. Abri meus olhos e foquei meu olhar na mesma porção de terra de anteriormente. Gotas de suor começavam a escorrer pelas laterais do meu rosto mas pouco a pouco a terra foi ganhando forma. Suas partes começaram a se unir pouco a pouco até que a obra estava completa e eu tinha conseguido criar um pequeno cachorro de terra. A alegria me inundou. Me deixei cair sentado no chão de tão cansado que tinha ficado. Embora cansado, estava muito contente. Era óbvio que se eu conseguia manipular um cão de terra, conseguiria qualquer outro objeto ou animal e também poderia utilizar o elemento Terra. Era curioso, eu era capaz de dominar dois elementos. Não sabia se isso era raro ou comum, mas até aonde sabia, era um sinal de força.

—— Já cansou? Estamos apenas começando. Aproveitaremos que você conseguiu dominar o elemento Terra e te ensinarei duas técnicas importantes. Ambas são bem versáteis, como você irá perceber. Uma delas consiste em uma grande parede de terra. Em verdade você poderá construir paredes de tamanhos colossais ou mesmo paredes pequenas ou múltiplas delas. Tudo depende da tua quantidade de chakra. Igualmente a segunda que é um pântano de lama. Ah! Essa técnica quando a enfrentei a primeira vez, quase vi minha morte nela. Demorei muito a pesquisando e para dominá-la. Mas você parece ter um dom natural muito forte. —— Mimir retirou dois pergaminhos e me entregou. Me sentei e comecei a ler. Era sobre as técnicas que ele acabava de falar. Sem perder tempo, ele continuou: —— Ambas podem ser usadas de formas ofensivas ou defensivas, dependerá da situação e da tua estratégia. —— Terminei de ler o pergaminho e me levantei. Estava pronto para fazer a primeira tentativa. Eu queria focar em apenas uma técnica, invés das duas. Eu deixaria a parede de terra de lado por enquanto, não sentia necessidade de aprendê-la agora.

Teci alguns selos e comecei a concentrar meu chakra. Ouvi pequenos sons que eram as rupturas no solo. No processo seguinte ele estava começando a se tornar lama e foi aumentando pouco a pouco, mas ainda não passava o tamanho de uma bola de futebol. Novamente me deixei cair no chão exausto e fui respirando com lentidão, tentando controlar a respiração. —— Enquanto você descansa, irei te falando sobre uma outra técnica muito util. Essa é uma técnica do elemento água, então você deve conseguir aprender com mais facilidade. Nessa técnica você deve concentrar uma grande quantidade de água e então disparar em um poderoso jato. —— Me levantei e caminhei até próximo a uma árvore. Separei um pouco meus pés, buscando melhor equilíbrio. Teci alguns selos e expeli uma quantidade de água contra o tronco da árvore. Era forte, mas não o suficiente para quebra-la, nem chegou mesmo a danificar. Não iria desistir fácil, aquele era meu elemento principal e eu deveria usá-lo como tal. Mimir me provocou: —— Parece que nem água nem terra você consegue dominar bem. Acho que estou enganado em relação a você. HAHAHA ——

Não poderia deixa-lo rir de mim daquela forma. Mas sentia o cansaço pesar em meu corpo. Resolvi caminhar um pouco por ali. Novamente eu tomava um tempo para mim. Quando percebi, Mimir estava próximo: —— Eu sei que é cansativo, Kafka. Mas é necessário. Todo o esforço será recompensado. Você sabe, temos que terminar tudo essa noite. Amanhã cedo é o Evento e a qualquer instante poderá ocorrer o Exame Chunin. —— Ouvi as palavras dele e então retruquei: —— Vale mesmo a pena todo esse esforço? Para quê exatamente? —— Ele sorriu. —— Só você pode dizer isso, Kafka. —— Eram palavras sábias, sem dúvida. Eu tinha meus sonhos e desejos. Sem querer, me passou pela cabeça a morte da garota novamente. A imagem continuava vívida como se tivesse ocorrido alguns segundos atrás. Podia ouvir seu sangue gotejando no chão e seu corpo tombando morto... morto? E quem eu tinha visto hoje mais cedo? Certamente eu estava ficando maluco. Estava vendo coisas. Talvez estivesse me esforçando demais. Mas não era hora de reclamar. Se aceitei o treinamento, devo aguentá-lo.

Voltei até a árvore que estava treinando anteriormente e me concentrei novamente na sua frente. Teci os selos e curvei meu corpo a frente, sentindo uma grande quantidade de água sair da minha boca. O fluxo agora era tão forte que foi capaz de quebrar o tronco ao meio. Não apenas aquele, mas o alcance foi tanto que outras atrás também foram quebradas. Aquilo sim era uma injeção de ânimo! Sentia meu corpo vibrar de tanta alegria. O cansaço parecia simplesmente ter ido embora e eu estava revigorado. Olhei para a terra do chão e vi que ela estava úmida por conta da água do jutsu. Resolvi me aproveitar e tentar novamente o jutsu do pântano. Mimir mostrou em selos de forma lenta, eu já os tinha esquecido. Então repeti eles um a um e fui novamente tentando criar o pântano. O solo parecia começar a se alargar mais para os lados e aquilo era uma evolução. Talvez já atingisse dois metros para os lados. —— Concentre na profundidade, Kafka. É essencial. —— Mimir pegou uma pedra grande e aquilo parecia leve para ele. Jogou a pedra dentro da lama e ela foi engolida por completa. —— Muito bem. —— concluiu Mimir. Eu sorri e cambalei um pouco para trás. Tomava uma grande respiração. Olhei para o céu e vi a noite se aproximando. Realmente amanhã começaria o festival na União e sabe lá quando o Exame. Mas eu me sentia preparado.

—— Iremos aprender agora um jutsu interessante, mas muito raro. Como eu disse anteriormente, um genjutsu é uma grande obra de arte. Você ilude seu inimigo sem ele nem mesmo perceber. Você pode controlar a mente dele, fazê-lo enlouquecer e tudo em um piscar de olhos. Esse genjutsu é o que te mostrei anteriormente. O inimigo ficará em uma completa escuridão. Seu oponente não irá ver nada, mas você estará vendo tudo. É uma técnica de Rank A muito poderosa e quase ninguém consegue defende-la. Não sei exatamente quem é seu criador, mas ele deveria ser muito poderoso. —— Eu estava realmente entusiasmado de aprender aquele genjutsu, mas o cansaço estava tomando conta. Pedi alguns minutos para descansar e comer algo. Aproveitei e fui até um rio ali próximo e adentrei nele, tomando um banho. Voltei para nossa cabana após me lavar e troquei de roupa. Iniciaria a última parte do meu treinamento e eu precisava estar preparado. Vasculhei meus pertences e peguei meus pergaminhos de anotações. Tinha um tempo que eu não escrevia neles. Eu acabava vivendo momentos de muito entusiasmo com momentos de baixo entusiasmo com as coisas. Era uma gangorra. Passei os olhos nos pergaminhos e pude ver a história do jovem que parecia não ter poderes e tinha sido o escolhido para ser o salvador do mundo.

Tudo bem que a história parecia um pouco clichê, mas não deixava de ser boa por isso. Eu não tinha muitas similaridades com o personagem. Afinal, eu era de um clã tradicional e minha família era de grandes combatentes. Portanto a expectativa sempre era alta em relação a mim. Tenma também não sofria com isso. Embora nosso sofrimento fosse reverso, embora menor, em outro sentido. Tínhamos que conviver com a pressão de superar sempre quem nos antecedeu. Se não superássemos, ao menos chegar muito perto ou seríamos considerados fracassados. No nosso clã as coisas eram mais flexíveis, mas muitos pensavam assim. Afinal, uma geração fraca pode arruinar a imagem de uma família e coloca-la em risco. Muitos ainda alimentam ódios uns aos outros por conta das guerras de pouco tempo trás. Terminei de ler meus escritos e me levantei, caminhado na direção de Mimir. Respirei fundo e resolvi retomar o genjutsu de antes.

Fechei meus olhos e comecei a concentrar meu chakra. Eu precisaria estar bem atento para realizar o jutsu com perfeição. Teci os selos lentamente. Abri ele e comecei a tentar expelir chakra de mim. Pouco a pouco percebi uma escuridão começar a se manifestar e ir na direção de Mimir. Em realidade apenas ele estava vendo isso. Eu conseguia visualizar em minha mente apenas. Em alguns instantes a escuridão era completa para ele. O velho, mesmo sábio, ficou um pouco impotente. Nem ele sabia que lidar com aquele jutsu. Fui na direção dele e ataque, dando um soco em seu rosto. Ele pareceu assustado, movimentando as mãos de forma desnorteada. Aguardei ele cessar os movimentos e girei meu corpo, lançando meu pé contra seu estômago. Eu não tinha força para causar muito dano, mas não deixava de ser engraçado. —— Ok. Já chega, Kafka. —— Cessei o genjutsu e tudo voltou ao normal para Mimir. O velho parecia cansado. Talvez estar preso em um genjutsu fosse muito cansativo. —— Acho que você está realmente pronto. Continuaremos nosso treinamento depois do Exame. Quem sabe você como um chunin ein. —— Agradeci a ele por todos aqueles dias de treino. Fui para casa e lá chegando chamei por todo mundo. Mas não tinha ninguém em casa. Tomei um banho e troquei de roupa, pegando minha bolsa de arma ninja. Preparado para o festival, sai de casa e fui em direção ao local. Podia perceber a aglomeração do pessoal pelas ruas, todo mundo ansioso pelas festividades. Certamente que eu estava e com muitos outros fatores. Era um dia especial.

hp: 20 | ck: 20 | st: 05

Considerações:






Khada
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[Treinos] Kafka Empty Re: [Treinos] Kafka

24.01.19 19:49
@ 170 de xp e jutsus adquiridos
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