- AoYumeGenin
[Do] Aka Yume
20.02.19 21:18
The Ghost of Fire
Ao Yume
O calor da fogueira aquecem minhas mãos, meus cabelos balançam com a brisa fria e iluminadas pela lua. Com meus olhos fechados podia sentir o toque sutil do vento úmido relaxando meu corpo. Eram raras as oportunidades que tinha de ter um tempo com minha mãe, aproveitava cada uma delas e aquela não seria diferente. Ainda que permanecemos em completo silêncio sob aquele grande luar por algumas horas apenas apreciando a paisagem noturno do campo que nos cerca.
Meu pai estaria longe, levando consigo os frutos daquela terra. Ainda que no arado nosso alimento era certo, ainda precisamos dinheiro para outros cunhos. Remédios, móveis, as roupas caras que minha mãe insistia manter mesmo nestes dias. Por sorte, as coisas mostraram melhor com o tempo e com sua ajuda, expandiram bastante o quanto conseguiam produzir e fazer comércio.
Caminho de forma lenta, após saltar da grande rocha que existe ali no local para o solo, limpando a poeira de minha veste de tons brancos. Muito se assemelha a um baby doll de mangas longas, com um tecido ligeiramente mais pesado que o normalmente usado para a roupa de descanso. Minhas mãos jogadas para trás, em minha cintura, segurando-as uma a outra e me apoiando na lateral da grande cadeira de balanço onde ela descansava.
- Mãe… a senhora está acordada? - Me inclino para ver melhor seu rosto, suas pálpebras fechadas e um semblante neutro que logo se faz sorriso. Minha curiosidade parecia de alguma forma divertida para si. - Sim, estou Yume. - Sua voz grave no silêncio contemplado no ambiente, carregada de gentileza é deveras bela. Quase como se fosse entoada para que fosse normal apreciá-la.
Encosto minha cabeça em seu colo, apoiando meus joelhos sobre o chão e sentindo o toque de sua mão sobre os fios negros e curtos do cabelo normalmente aparado por meu pai. - Pode parecer estranha a pergunta que farei… mas… como você descobriu que amava o papai? - No mesmo momento, sinto no afago a paralisia de seus dedos, atônita pela pergunta nunca antes mencionada. Ergo minha face para ver seu rosto, clara a confusão e também um leve rubor nas maçãs de seu rosto.
Após uma leve tosse, perceptivelmente forçada, com a sua mão a frente da boca seus olhos iam para os meus que estavam fixos sobre si. A minha determinação em saber era clara. - Bem… por que deseja saber? - Pergunta a mesma erguendo a mão esquerda em sinal de questionamento, sendo também canhota como eu. Em verdade é provável que herdei isso dela. Fazer o sinal junto a sua fala mostrava o quão nervosa estava, visto que era mais comum que ela fizesse isso com meu pai. - Apenas, venho com essa curiosidade já faz algum tempo… pareceu uma boa oportunidade para perguntar.
Um longo suspiro pode ser escutado por mim, talvez, a mesma procurasse as palavras certas. Talvez procurasse coragem para falar sobre aquilo. - Sabe… eu não percebi que o amava assim que aconteceu - dizia ela erguendo meu corpo e sentando-me no braço da cadeira, enquanto a mesma deslocava-se para o canto oposto buscando ter uma visão clara de mim - Seu pai era um homem diferente. Ele era alegre quando tinha todas as razões para não ser - Seus olhos negros perdiam-se um pouco como se olhassem para o passado, e, um sorriso disfarçado brincava em seus lábios, como uma adolescente apaixonada - Ele não tinha voz como os demais, desde bem jovem arcava com seu próprio sustento sem ajuda e acabei o defendendo quando ele estava sendo incomodado por algumas crianças que não tinha o que fazer… acho que foi nesse momento.
Erguendo seu joelho e apoiando o queixo sobre este, seus olhos indo até a lua cheia no horizonte e seu pé inquieto balançando. - Ele deveria estar triste, talvez frustrado e eu estava pronta para dizer que ele não deveria se importar com aquilo. Quando virei porém ele possuía um largo sorriso olhando em minha direção. Me perguntei se estava louca ou se ele estava mesmo alegre. - Seus lábios tinha o mesmo sorriso que devia descrever naquela fala - Acabamos nos vendo de novo, e de novo, e eu sempre ficava brava por eles estar sorrindo nas situações mais estranhas...
Podia notar que seu semblante mudou um pouco, talvez, aquela parte da história não era tão alegre quanto a de antes. - Eu apenas percebi que o amava quando cheguei ao meu antigo clã… lá, meu pai me chamou para o canto e disse que não podiam ficar quietos sobre meus encontros com o garoto mudo sem clã… que eu nunca mais o veria… - Já tinha certa ciência daquilo por outro diálogo com ele. Que os dois passaram um longo tempo sem se verem, e, que ainda assim se amavam. Ele usou isto para dizer que ainda sentia o mesmo por mim e que me protegeria após todos os anos no templo.
- Eu apenas o vi depois de um longo tempo. Eu era apenas uma criança, achei que teriam feito algum mal a ele. Bem. Fizeram… - Dizia ela engolindo seco. Apesar de por vezes ser bastante positiva falando de sua família tentando não criticá-los, alguma mágoa ainda parecia ser guardada. - O ameaçaram antes, e, quando o vi seus olhos pareciam tão preocupados. Meu pai logo apareceu quando tentava saber se ele estava bem e ele pareceu tentar assumir a culpa de algo. Hahaha. Ele estava preocupado comigo e não com ele mesmo naquela situação.
- Meu pai o pôs para correr… - dizia ela exemplificando com um movimento bobo de suas mãos como se fossem pernas. - … mas eu desconfiava que algo estaria errado, e quando fui atrás um de seus capangas estava batendo nele. Meus olhos mudaram na hora, me jogando sobre ele e recebendo o golpe em seu lugar. Apenas um. De novo ele sorriu, mas havia melancolia em seus olhos. - Novamente a mesma soltava uma grande massa de ar como se segurasse as lágrimas que umedeciam seus olhos. - Apenas muito tempo depois deixei o clã, tive coragem para isso, e, ainda assim ele estava esperando por mim…
Sentia um longo calafrio em meu corpo, arrepiada por sua história. Ainda assim não sabia dizer sobre mim, eu sentia algo como ela? Os eventos que passaram me deixaram confusa sobre meus sentimentos. Ao mesmo tempo que quero estar perto deles, sentir-me bem, me pego com medo e confusa as vezes. As lembranças daquele lugar que as vezes me assombram, parecem mais fortes que quando de fato as vivi.
- Vamos para dentro? Está tarde. - Levantando-se da cadeira e inclinando a cabeça me convidando a seguí-la segue na direção da entrada. Observo seus passos um pouco pesados, talvez eu tenha forçado muito as coisas e ela não sentia-se bem esta história, mas, por alguma razão o pedido de desculpas não saía de meus lábios. Apenas permaneço em silêncio. Deito sobre a cama e ela ajeita os lençóis, um beijo em minha testa e um afago em meus cabelos. - Boa noite filha - Boa noite mãe.
Abro meus olhos encharcados de lágrimas, minha respiração ofegante, pesada, como se não houvesse ar o bastante naquele quarto. Um sonho? Parecia tão real. Caio da cama para a esquerda quando tento me mover com meu corpo pesado, engatinho em primeiro momento antes de me levantar por completo. Minhas costas pareciam tão doloridas. Olho em volta mas não reconheço o local em que estou a priori. Quando desloco a maçaneta, escutando o chiado que ela faz e abrindo a porta vejo o longo corredor do templo minha respiração para. Olho para trás e entendo qual quarto é aquele. Corro, para ver-me no espelho mais nova, o que geralmente me tira daquele pesadelo.
Minhas mãos ensaguentadas pelo soco que dou no vidro sobre o móvel, não estava mais nova, aquela era a eu de agora. Como era possível? Saio, caminhando até a grande escadaria que dava no jardim central e o reverendo me aborda de maneira discreta - O que houve com sua mão? Não pode andar com isso aqui desta forma. - O olho incrédula, com a voz trêmula - Onde está o líder? - O homem apenas aponta para a ponta do jardim.
A silhueta de suas costas, as lembranças como flash de sua face suja, o peso de seu corpo me fazem apertar meus braços contra o meu corpo, cruzados. Me direciono a ele contornando o banco circular em que estava sentado, vendo algumas abelhas nas flores. Sua face se volta para mim, com um sorriso cínico e parecendo querer me provocar de alguma forma por sua face. - Finalmente acordou? - Me pego confusa por sua pergunta, balançando a cabeça sem entender - Finalmente acordei, eu dormi muito tempo?
Uma longa gargalhada era dada pelo homem que parecia divertir-se com a situação. - Bem, imagino que tenha esquecido. Depois que demos um jeito naquelas fedelhas que estavam te distraindo, você ficou em choque e desmaiou… - Vê-lo comer alguma fruta que não conhecia, parecia de alguma forma mais nojento do que deveria ser. Talvez por minha repulsa normal. - Um jeito? Como assim? - Conseguia a atenção de seu olhar de novo, com a mesma feição de diversão - Não lembra mesmo? Você estava desobedecendo por sua “nova amizade” e então nós as sacrificamos em nome do nosso Deus. Você ficou inconsciente por um mês desde então.
Minha mente fervia de pensamentos, um mês? isso seria tempo o bastante para imaginar todo resto? Não, eu as conheci. Quando? O homem novamente voltava a uma risada e nada do que eu fazia parecia me acordar. Qual parte era o verdadeiro sonho? - Não…- desesperada, levando a mão a cabeça, começo a correr na floresta em direção a onde seria meu lar ouvindo as minhas costas - não a deixem ir!
Eu estava mais rápida ainda que um pouco, confusa, aflita. Conseguia deixá-los para trás antes de tropeçar em uma raiz alta e cair em um barranco inclinado e bater a cabeça desmaiando por alguns instantes. Quando acordei, já era quase manhã do dia seguinte, um filete de sangue seco em minha testa e uma enxaqueca que me tomava. Meu joelho sangrava e eu ainda estaria na floresta. Não podia ser que tudo era uma mentira, abraço meus joelhos tremendo em desespero olhando em volta.
Apenas quando a luz do sol toca minha face, parte de minha lucidez volta, apesar que em prol do desespero. Tudo era mesmo uma mentira? Lembro de conversar com Haru antes daquilo, sobre ela treinar no campo de treino junto com Yuuki, seria naquela manhã. Ou eu estava louca, Me levantava com dificuldade, mancando pela perna machucada e andaria o mais rápido que podia até aquele local, atormentada pelas minhas vestes de sacerdotisa a qual não lembrava ter colocado antes de dormir.
Ainda havia alguma esperança de fato? Quando finalmente cruzava o bosque, estava tonta e com fome. Havia perdido um pouco de sangue e isto agrava as coisas. Reluto em olhar na direção que deveria. Se elas não estão lá. Se elas estão mortas, o que me sobra se não esperança vã findada em um novo fracasso? A conversa com minha mãe também era uma mentira e eu idealizei meus pais? Uma tosse seca escapa de meus lábios enquanto novamente caio no chão exaurindo a minha força. Em ênfase a psicológica.
Consciente, as lembranças de Yuuki me incentivando, de Haru me ajudando com os treinos e com a taxa, da garota Yuuki sempre confiante e forte. Podia ser que nunca mais fosse mesmo vê-las? Como um sussurro que me motiva, apoio a palma de minha mão sobre o chão empurrando meu corpo para cima e novamente em pé cambaleando para o campo de treino com minha visão turva e comprometida pelo inchaço em meu supercílio.
Quando os vultos centravam-se em um único cenário, as lágrimas lavavam o sangue em minha face. O gosto salgado em meus lábios e as gotas sobre o colo de meus seios que ainda mal formaram-se. Meus lábios sorriam sem força em um misto de cansaço e alívio, trêmulos e antes de perder a força e cair sobre meus joelhos, os olhos antes negro avermelhados, cintilavam em um tom rubro como o sangue ainda que eu não percebesse nada daquilo.
Chorei, como um bebê, sem entender como tudo aconteceu, o que era real, e, o que era mentira. Qual parte foi sonho? Como parei no meio daquela floresta se eu não voltei ao templo, não era o mais importante. Vê-la ali, bem à minha frente, bem. Não havia mais nada que importasse. Então é assim que é descobrir que ama alguém mãe? Acho que encontrei aquele sentimento.
Considerar ás na xp
Dojutsu: Sharingan
Despertando em razão de @Haru :
Primeiro encontro - O festival
Segundo encontro - Exame chunin
Terceiro encontro - duo das nerds
Quarto encontro - Loja de armas
Quinto encontro - Mommy teacher
Sexto encontro - Aqui
Meu pai estaria longe, levando consigo os frutos daquela terra. Ainda que no arado nosso alimento era certo, ainda precisamos dinheiro para outros cunhos. Remédios, móveis, as roupas caras que minha mãe insistia manter mesmo nestes dias. Por sorte, as coisas mostraram melhor com o tempo e com sua ajuda, expandiram bastante o quanto conseguiam produzir e fazer comércio.
Caminho de forma lenta, após saltar da grande rocha que existe ali no local para o solo, limpando a poeira de minha veste de tons brancos. Muito se assemelha a um baby doll de mangas longas, com um tecido ligeiramente mais pesado que o normalmente usado para a roupa de descanso. Minhas mãos jogadas para trás, em minha cintura, segurando-as uma a outra e me apoiando na lateral da grande cadeira de balanço onde ela descansava.
- Mãe… a senhora está acordada? - Me inclino para ver melhor seu rosto, suas pálpebras fechadas e um semblante neutro que logo se faz sorriso. Minha curiosidade parecia de alguma forma divertida para si. - Sim, estou Yume. - Sua voz grave no silêncio contemplado no ambiente, carregada de gentileza é deveras bela. Quase como se fosse entoada para que fosse normal apreciá-la.
Encosto minha cabeça em seu colo, apoiando meus joelhos sobre o chão e sentindo o toque de sua mão sobre os fios negros e curtos do cabelo normalmente aparado por meu pai. - Pode parecer estranha a pergunta que farei… mas… como você descobriu que amava o papai? - No mesmo momento, sinto no afago a paralisia de seus dedos, atônita pela pergunta nunca antes mencionada. Ergo minha face para ver seu rosto, clara a confusão e também um leve rubor nas maçãs de seu rosto.
Após uma leve tosse, perceptivelmente forçada, com a sua mão a frente da boca seus olhos iam para os meus que estavam fixos sobre si. A minha determinação em saber era clara. - Bem… por que deseja saber? - Pergunta a mesma erguendo a mão esquerda em sinal de questionamento, sendo também canhota como eu. Em verdade é provável que herdei isso dela. Fazer o sinal junto a sua fala mostrava o quão nervosa estava, visto que era mais comum que ela fizesse isso com meu pai. - Apenas, venho com essa curiosidade já faz algum tempo… pareceu uma boa oportunidade para perguntar.
Um longo suspiro pode ser escutado por mim, talvez, a mesma procurasse as palavras certas. Talvez procurasse coragem para falar sobre aquilo. - Sabe… eu não percebi que o amava assim que aconteceu - dizia ela erguendo meu corpo e sentando-me no braço da cadeira, enquanto a mesma deslocava-se para o canto oposto buscando ter uma visão clara de mim - Seu pai era um homem diferente. Ele era alegre quando tinha todas as razões para não ser - Seus olhos negros perdiam-se um pouco como se olhassem para o passado, e, um sorriso disfarçado brincava em seus lábios, como uma adolescente apaixonada - Ele não tinha voz como os demais, desde bem jovem arcava com seu próprio sustento sem ajuda e acabei o defendendo quando ele estava sendo incomodado por algumas crianças que não tinha o que fazer… acho que foi nesse momento.
Erguendo seu joelho e apoiando o queixo sobre este, seus olhos indo até a lua cheia no horizonte e seu pé inquieto balançando. - Ele deveria estar triste, talvez frustrado e eu estava pronta para dizer que ele não deveria se importar com aquilo. Quando virei porém ele possuía um largo sorriso olhando em minha direção. Me perguntei se estava louca ou se ele estava mesmo alegre. - Seus lábios tinha o mesmo sorriso que devia descrever naquela fala - Acabamos nos vendo de novo, e de novo, e eu sempre ficava brava por eles estar sorrindo nas situações mais estranhas...
Podia notar que seu semblante mudou um pouco, talvez, aquela parte da história não era tão alegre quanto a de antes. - Eu apenas percebi que o amava quando cheguei ao meu antigo clã… lá, meu pai me chamou para o canto e disse que não podiam ficar quietos sobre meus encontros com o garoto mudo sem clã… que eu nunca mais o veria… - Já tinha certa ciência daquilo por outro diálogo com ele. Que os dois passaram um longo tempo sem se verem, e, que ainda assim se amavam. Ele usou isto para dizer que ainda sentia o mesmo por mim e que me protegeria após todos os anos no templo.
- Eu apenas o vi depois de um longo tempo. Eu era apenas uma criança, achei que teriam feito algum mal a ele. Bem. Fizeram… - Dizia ela engolindo seco. Apesar de por vezes ser bastante positiva falando de sua família tentando não criticá-los, alguma mágoa ainda parecia ser guardada. - O ameaçaram antes, e, quando o vi seus olhos pareciam tão preocupados. Meu pai logo apareceu quando tentava saber se ele estava bem e ele pareceu tentar assumir a culpa de algo. Hahaha. Ele estava preocupado comigo e não com ele mesmo naquela situação.
- Meu pai o pôs para correr… - dizia ela exemplificando com um movimento bobo de suas mãos como se fossem pernas. - … mas eu desconfiava que algo estaria errado, e quando fui atrás um de seus capangas estava batendo nele. Meus olhos mudaram na hora, me jogando sobre ele e recebendo o golpe em seu lugar. Apenas um. De novo ele sorriu, mas havia melancolia em seus olhos. - Novamente a mesma soltava uma grande massa de ar como se segurasse as lágrimas que umedeciam seus olhos. - Apenas muito tempo depois deixei o clã, tive coragem para isso, e, ainda assim ele estava esperando por mim…
Sentia um longo calafrio em meu corpo, arrepiada por sua história. Ainda assim não sabia dizer sobre mim, eu sentia algo como ela? Os eventos que passaram me deixaram confusa sobre meus sentimentos. Ao mesmo tempo que quero estar perto deles, sentir-me bem, me pego com medo e confusa as vezes. As lembranças daquele lugar que as vezes me assombram, parecem mais fortes que quando de fato as vivi.
- Vamos para dentro? Está tarde. - Levantando-se da cadeira e inclinando a cabeça me convidando a seguí-la segue na direção da entrada. Observo seus passos um pouco pesados, talvez eu tenha forçado muito as coisas e ela não sentia-se bem esta história, mas, por alguma razão o pedido de desculpas não saía de meus lábios. Apenas permaneço em silêncio. Deito sobre a cama e ela ajeita os lençóis, um beijo em minha testa e um afago em meus cabelos. - Boa noite filha - Boa noite mãe.
Abro meus olhos encharcados de lágrimas, minha respiração ofegante, pesada, como se não houvesse ar o bastante naquele quarto. Um sonho? Parecia tão real. Caio da cama para a esquerda quando tento me mover com meu corpo pesado, engatinho em primeiro momento antes de me levantar por completo. Minhas costas pareciam tão doloridas. Olho em volta mas não reconheço o local em que estou a priori. Quando desloco a maçaneta, escutando o chiado que ela faz e abrindo a porta vejo o longo corredor do templo minha respiração para. Olho para trás e entendo qual quarto é aquele. Corro, para ver-me no espelho mais nova, o que geralmente me tira daquele pesadelo.
Minhas mãos ensaguentadas pelo soco que dou no vidro sobre o móvel, não estava mais nova, aquela era a eu de agora. Como era possível? Saio, caminhando até a grande escadaria que dava no jardim central e o reverendo me aborda de maneira discreta - O que houve com sua mão? Não pode andar com isso aqui desta forma. - O olho incrédula, com a voz trêmula - Onde está o líder? - O homem apenas aponta para a ponta do jardim.
A silhueta de suas costas, as lembranças como flash de sua face suja, o peso de seu corpo me fazem apertar meus braços contra o meu corpo, cruzados. Me direciono a ele contornando o banco circular em que estava sentado, vendo algumas abelhas nas flores. Sua face se volta para mim, com um sorriso cínico e parecendo querer me provocar de alguma forma por sua face. - Finalmente acordou? - Me pego confusa por sua pergunta, balançando a cabeça sem entender - Finalmente acordei, eu dormi muito tempo?
Uma longa gargalhada era dada pelo homem que parecia divertir-se com a situação. - Bem, imagino que tenha esquecido. Depois que demos um jeito naquelas fedelhas que estavam te distraindo, você ficou em choque e desmaiou… - Vê-lo comer alguma fruta que não conhecia, parecia de alguma forma mais nojento do que deveria ser. Talvez por minha repulsa normal. - Um jeito? Como assim? - Conseguia a atenção de seu olhar de novo, com a mesma feição de diversão - Não lembra mesmo? Você estava desobedecendo por sua “nova amizade” e então nós as sacrificamos em nome do nosso Deus. Você ficou inconsciente por um mês desde então.
Minha mente fervia de pensamentos, um mês? isso seria tempo o bastante para imaginar todo resto? Não, eu as conheci. Quando? O homem novamente voltava a uma risada e nada do que eu fazia parecia me acordar. Qual parte era o verdadeiro sonho? - Não…- desesperada, levando a mão a cabeça, começo a correr na floresta em direção a onde seria meu lar ouvindo as minhas costas - não a deixem ir!
Eu estava mais rápida ainda que um pouco, confusa, aflita. Conseguia deixá-los para trás antes de tropeçar em uma raiz alta e cair em um barranco inclinado e bater a cabeça desmaiando por alguns instantes. Quando acordei, já era quase manhã do dia seguinte, um filete de sangue seco em minha testa e uma enxaqueca que me tomava. Meu joelho sangrava e eu ainda estaria na floresta. Não podia ser que tudo era uma mentira, abraço meus joelhos tremendo em desespero olhando em volta.
Apenas quando a luz do sol toca minha face, parte de minha lucidez volta, apesar que em prol do desespero. Tudo era mesmo uma mentira? Lembro de conversar com Haru antes daquilo, sobre ela treinar no campo de treino junto com Yuuki, seria naquela manhã. Ou eu estava louca, Me levantava com dificuldade, mancando pela perna machucada e andaria o mais rápido que podia até aquele local, atormentada pelas minhas vestes de sacerdotisa a qual não lembrava ter colocado antes de dormir.
Ainda havia alguma esperança de fato? Quando finalmente cruzava o bosque, estava tonta e com fome. Havia perdido um pouco de sangue e isto agrava as coisas. Reluto em olhar na direção que deveria. Se elas não estão lá. Se elas estão mortas, o que me sobra se não esperança vã findada em um novo fracasso? A conversa com minha mãe também era uma mentira e eu idealizei meus pais? Uma tosse seca escapa de meus lábios enquanto novamente caio no chão exaurindo a minha força. Em ênfase a psicológica.
Consciente, as lembranças de Yuuki me incentivando, de Haru me ajudando com os treinos e com a taxa, da garota Yuuki sempre confiante e forte. Podia ser que nunca mais fosse mesmo vê-las? Como um sussurro que me motiva, apoio a palma de minha mão sobre o chão empurrando meu corpo para cima e novamente em pé cambaleando para o campo de treino com minha visão turva e comprometida pelo inchaço em meu supercílio.
Quando os vultos centravam-se em um único cenário, as lágrimas lavavam o sangue em minha face. O gosto salgado em meus lábios e as gotas sobre o colo de meus seios que ainda mal formaram-se. Meus lábios sorriam sem força em um misto de cansaço e alívio, trêmulos e antes de perder a força e cair sobre meus joelhos, os olhos antes negro avermelhados, cintilavam em um tom rubro como o sangue ainda que eu não percebesse nada daquilo.
Chorei, como um bebê, sem entender como tudo aconteceu, o que era real, e, o que era mentira. Qual parte foi sonho? Como parei no meio daquela floresta se eu não voltei ao templo, não era o mais importante. Vê-la ali, bem à minha frente, bem. Não havia mais nada que importasse. Então é assim que é descobrir que ama alguém mãe? Acho que encontrei aquele sentimento.
Considerar ás na xp
Dojutsu: Sharingan
Despertando em razão de @Haru :
Primeiro encontro - O festival
Segundo encontro - Exame chunin
Terceiro encontro - duo das nerds
Quarto encontro - Loja de armas
Quinto encontro - Mommy teacher
Sexto encontro - Aqui
- Considerações:
- Parte é apenas um sonho, porém ela realmente foi para a floresta sonâmbula e acabou se machucando, quando caiu não sabia bem o que era real ou não.
2k+ palavras
5/13 17/17 02/05
I forgive my past, and believe in her. Maybe, i love this girls too. So strange.
- HaruGenin
Re: [Do] Aka Yume
21.02.19 9:41
So here it is!
The Sharingan!
O dia que combinamos de treinar chegou. Por isso, caminhava ao local escolhido pensando no que faríamos no dia. Trajada com um simples kimono de cor roxa escura e levando comigo minha bolsa de armas, esperava encontrar as garotas. Acordei bem cedo, por isso não ficaria surpresa se fosse a primeira a chegar.
Já no local, posso constatar que elas ainda não chegaram, como eu havia presumido. Olhava para os lados procurando conhecer o cenário que me cercava — um belo campo de folhagem de um tom verde avivado, que acabava por combinar com o céu azul tão lindo.
Tudo mudou em um lapso de momento que levou-me a uma reação atônita ao enxergar o que parece ser a obra de um desastre. — Yume! — Gritei após um breve momento boquiaberta, em seguida correndo em direção a garota.
— O que aconteceu com você?! — Tentava entender o que levou-a àquela situação. Estava muito machucada, e infelizmente não havia muito o que eu poderia fazer. Quanto mais coisas acontecem mais chego a conclusão que devo aprender as habilidades medicinais. Por fim, restava-me abraçar a garota, deitando-a em meu colo enquanto tento acalma-la.
— Está tudo bem agora... — Ao olhar em seus olhos, observei algo fora do comum, como se já não bastasse toda a cena. — Yume, seus olhos estão diferentes. Mais vermelhos do que o comum.
Já no local, posso constatar que elas ainda não chegaram, como eu havia presumido. Olhava para os lados procurando conhecer o cenário que me cercava — um belo campo de folhagem de um tom verde avivado, que acabava por combinar com o céu azul tão lindo.
Tudo mudou em um lapso de momento que levou-me a uma reação atônita ao enxergar o que parece ser a obra de um desastre. — Yume! — Gritei após um breve momento boquiaberta, em seguida correndo em direção a garota.
— O que aconteceu com você?! — Tentava entender o que levou-a àquela situação. Estava muito machucada, e infelizmente não havia muito o que eu poderia fazer. Quanto mais coisas acontecem mais chego a conclusão que devo aprender as habilidades medicinais. Por fim, restava-me abraçar a garota, deitando-a em meu colo enquanto tento acalma-la.
— Está tudo bem agora... — Ao olhar em seus olhos, observei algo fora do comum, como se já não bastasse toda a cena. — Yume, seus olhos estão diferentes. Mais vermelhos do que o comum.
- Considerações:
- • Interagindo com @AoYume.
- Bolsa de Armas:
- • Localizada na cintura.
— Kunais 5|5
— Kemuridama 5|5
— Fios de Aço 25|25m
— Kibaku Fuuda 25|25
— Senbons 30|30
- Técnicas Utilizadas:
- AoYumeGenin
Re: [Do] Aka Yume
21.02.19 9:53
The Ghost of Fire
Ao Yume
Minha lucidez aos poucos volta para mim, ainda sentindo um pouco de dor e abrindo os olhos com dificuldade para ver a garota que tinha me disposto sobre seu colo. Haru era realmente carinhosa, me pergunto se tem mais daquelas faixas com ela, as de seu clã, mas acho que a líder não deve ficar dando assim o tempo todo algo tão precioso. - Estou bem agora... eu acho. Digo levando a mão em seu rosto com alguma dificuldade e tocando sua face com a ponta dos dedos, evitando o resto da mão para não sujar seu rosto de terra.
Escuto sobre o que ela tem a dizer, me contando sobre alguma mudança em meus olhos, que estes estariam vermelhos. Me pego surpresa, ao mesmo tempo feliz, foi em algo assim que minha mãe despertou também e isto confirmava o que antes senti. - Acho que isso quer dizer que eu te amo Haru...
Uma risada sem força, um pouco engasgada é feita por mim enquanto levanto meu corpo. - Acho que eu deveria voltar para casa... Estava faminta e um pouco tonta ainda, precisava descansar e recuperar daquelas feridas.
Dojutsu: Sharingan
Despertando em razão de @Haru :
Primeiro encontro - O festival
Segundo encontro - Exame chunin
Terceiro encontro - duo das nerds
Quarto encontro - Loja de armas
Quinto encontro - Mommy teacher
Sexto encontro - Aqui
Escuto sobre o que ela tem a dizer, me contando sobre alguma mudança em meus olhos, que estes estariam vermelhos. Me pego surpresa, ao mesmo tempo feliz, foi em algo assim que minha mãe despertou também e isto confirmava o que antes senti. - Acho que isso quer dizer que eu te amo Haru...
Uma risada sem força, um pouco engasgada é feita por mim enquanto levanto meu corpo. - Acho que eu deveria voltar para casa... Estava faminta e um pouco tonta ainda, precisava descansar e recuperar daquelas feridas.
- Dojutsu:
Sharingan - 1 tomoe
Requerimentos:
Descrição: O Sharingan (写輪眼; Lit. "Olho Copiador Giratório") é um dōjutsu kekkei genkai, que aparece em alguns membros do clã Uchiha. Apesar de seus poderes serem vistos pela primeira vez em Kaguya Ōtsutsuki, com o Rinne Sharingan, sua verdadeira forma se manifestou pela primeira vez em Indra Ōtsutsuki, o ancestral mais antigo do clã Uchiha, e mais tarde veio a ser considerado como um dos Três Grandes Dōjutsu (三大瞳術, Sandai Dōjutsu; Literalmente significa "Três Grandes Técnicas Oculares"), juntamente com o Byakugan e o Rinnegan.
Dojutsu: Sharingan
Despertando em razão de @Haru :
Primeiro encontro - O festival
Segundo encontro - Exame chunin
Terceiro encontro - duo das nerds
Quarto encontro - Loja de armas
Quinto encontro - Mommy teacher
Sexto encontro - Aqui
5/13 17/17 03/05
I forgive my past, and believe in her. Maybe, i love this girls too. So strange.
- HaruGenin
Re: [Do] Aka Yume
21.02.19 10:05
So here it is!
The Sharingan!
Não estava entendendo muito bem o que aconteceu, mas de toda forma a garota parece estar em paz comigo. Ao tocar minha face, Yume me deixou mais surpresa ainda ao assumir um sentimento que não tinha reparado ainda.
— Yume... pelo visto, eu também te amo. — Respondi, expressando meus sentimentos pela garota. — Vamos, deixe-me te ajudar. — Deixo o local junto a Yume, e logo mais saindo.
— Yume... pelo visto, eu também te amo. — Respondi, expressando meus sentimentos pela garota. — Vamos, deixe-me te ajudar. — Deixo o local junto a Yume, e logo mais saindo.
- Considerações:
- • Interagindo com @AoYume.
- Bolsa de Armas:
- • Localizada na cintura.
— Kunais 5|5
— Kemuridama 5|5
— Fios de Aço 25|25m
— Kibaku Fuuda 25|25
— Senbons 30|30
- Técnicas Utilizadas:
- IllyasvielAdministrador
- Vila : konohatron
Re: [Do] Aka Yume
22.02.19 10:39
Ok
sharingan nd a xp e n tem post o suficiente caracterizando um treino, ou seja, sem xp, mas o despertar ocorreu
sharingan nd a xp e n tem post o suficiente caracterizando um treino, ou seja, sem xp, mas o despertar ocorreu
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