- TenshinEstudante
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Vila : União do Fogo
[RP] Vadios e larápios
31.01.19 0:34
E lá estava ele. O grande dia. "Sua vida vai mudar", diziam. "Se transformará num grande shinobi!". Era o dia em que eu me matricularia na academia ninja, me tornaria um ávido estudante para, eventualmente (ou não), me formar como um Gennin da União do Fogo. Agora, chega mais. Olha bem para a minha cara. Me fala: qual a possibilidade de eu me tornar qualquer coisa meramente acima da média nesse ramo? Zero chances.
Primeiro de tudo: nunca fiz questão de compreender uma só técnica ninja. Malemá compreendia os jutsus de sombras do meu próprio clã, quem dera artes complexas com uma manipulação de chakra e aqueles trocentos selos de mãos. Definitivamente não tenho coordenação motora para aquilo.
Segundo, eu começara tarde demais. Com quinze anos é realmente difícil você se enturmar na academia ninja, onde a média eram crianças de nove a onze anos, pelo que ouvira falar e observara durante a minha caminhada até o local. E, de quebra, seria taxado como burro por ser o mais velho da turma. Não que eu me importasse com que os outros pensassem, a questão era evitar qualquer tipo de olhar tendencioso em minha direção.
E, por fim, mas não menos importante, eu estava empenhado em aprender outro tipo de, digamos... Ofício. Ser um gatuno, um larápio, um fanfarrão, tomava tempo e prática. Claro, havia um quê de ninja naquilo, só que minha opinião continuava a mesma: o mundo shinobi parecia muito fantasioso, cheio de símbolos, explosões e toda sorte de "magias" estranhas.
Então, você me pergunta, por que diabos está se matriculando?
E a minha resposta é simples: não tenho a menor ideia. Talvez seja pressão social, talvez seja simplesmente pelo esporte da coisa. Veja bem, eu gosto de aprender. Não sou muito criterioso, então só saio observando o que me chama atenção. E eu tinha a noção da vastidão que era esse "mundo ninja". Só queria me surpreender com ele, da mesma forma que me surpreendi ao ver a agilidade dos dedos de um ladrão de rua ao retirar a carteira da bolsa de uma mulher sem que ela sentisse seu toque.
E lá estava eu, aproximando-me de meu destino inexorável. Minha jaqueta aberta de mangas curtas se ondulava com o vento, minha bermuda que ia até os joelhos arranhava minhas coxas, levemente desconfortável, e meu chinelão de madeira fazendo seus "clacks" conforme se encontrava com o chão de concreto da academia.
Primeiro de tudo: nunca fiz questão de compreender uma só técnica ninja. Malemá compreendia os jutsus de sombras do meu próprio clã, quem dera artes complexas com uma manipulação de chakra e aqueles trocentos selos de mãos. Definitivamente não tenho coordenação motora para aquilo.
Segundo, eu começara tarde demais. Com quinze anos é realmente difícil você se enturmar na academia ninja, onde a média eram crianças de nove a onze anos, pelo que ouvira falar e observara durante a minha caminhada até o local. E, de quebra, seria taxado como burro por ser o mais velho da turma. Não que eu me importasse com que os outros pensassem, a questão era evitar qualquer tipo de olhar tendencioso em minha direção.
E, por fim, mas não menos importante, eu estava empenhado em aprender outro tipo de, digamos... Ofício. Ser um gatuno, um larápio, um fanfarrão, tomava tempo e prática. Claro, havia um quê de ninja naquilo, só que minha opinião continuava a mesma: o mundo shinobi parecia muito fantasioso, cheio de símbolos, explosões e toda sorte de "magias" estranhas.
Então, você me pergunta, por que diabos está se matriculando?
E a minha resposta é simples: não tenho a menor ideia. Talvez seja pressão social, talvez seja simplesmente pelo esporte da coisa. Veja bem, eu gosto de aprender. Não sou muito criterioso, então só saio observando o que me chama atenção. E eu tinha a noção da vastidão que era esse "mundo ninja". Só queria me surpreender com ele, da mesma forma que me surpreendi ao ver a agilidade dos dedos de um ladrão de rua ao retirar a carteira da bolsa de uma mulher sem que ela sentisse seu toque.
E lá estava eu, aproximando-me de meu destino inexorável. Minha jaqueta aberta de mangas curtas se ondulava com o vento, minha bermuda que ia até os joelhos arranhava minhas coxas, levemente desconfortável, e meu chinelão de madeira fazendo seus "clacks" conforme se encontrava com o chão de concreto da academia.
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Preguiça de por template.
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- KirigayaEstudante
Re: [RP] Vadios e larápios
31.01.19 0:58
Kazuto não queria estar ali de forma alguma, perder Suguha tinha sido trauma o suficiente pra não querer ingressar na maldita vida de ninja. A vida dos pais, o ego dos adultos e o nome do clã o faziam preferir morrer a ter de servir militarmente um lugar que ele sequer queria estar. Uma entrada tardia na academia ninja significaria progresso lento e provavelmente uma evolução extremamente desajustada. "Você vai servir. É uma ordem.", ecoava na mente do adolescente preguiçoso sob a voz do progenitor. — Que saco...
De todos os pontos que poderia se compreender sobre um shinobi, Kazuto não conseguia ainda compreender o motivo de tanta pressão pra entrar na maldita academia. Isto é, já que a própria predisposição sanguínea dele não permitia que ele usasse ninjutsu ou genjutsu com maestria; tampouco o garoto se interessava em ler sobre malditas técnicas ninja. Ele queria mesmo é ficar sentado em um sofá aconchegante pra ler alguma obra sobre um grande guerreiro que lutou pelo País no passado e ficar fantasiando sobre ele próprio ser o tal guerreiro. Fantasiando, pois jamais teria a proatividade de querer salvar as pessoas ou arriscar a própria vida. Não. Isso é fora de cogitação.
Antes de entrar pela porta, pensou algumas vezes em dar meia volta e ir pra casa. O que o impediu foi o motivo de estar ali: a preguiça.
Quando foi intimado a entrar na academia ninja, decidiu que não retrucar seu pai, pois seria um grande incômodo ter de ouvir durante dias ou semanas reclamações infindas do homem que o criou. Provavelmente um pouco de proatividade o livraria daquela, só que impor os próprios desejos sobre a família demandava uma força de vontade que não habitava o corpo de Kazuto, na verdade era completamente desprovido desse tipo de virtude, de modo que receber ordens torna-se muito mais fácil do que comandar ou retrucar algo incerto.
Sem ânsias, aspirações ou sonhos, apenas apatia. Kazuto não almejava absolutamente nada além de um mundo onde as pessoas podiam simplesmente parar de enchê-lo por motivos ridículos como a servidão militar. No fundo, havia um único almejo: vadiar.
De todos os pontos que poderia se compreender sobre um shinobi, Kazuto não conseguia ainda compreender o motivo de tanta pressão pra entrar na maldita academia. Isto é, já que a própria predisposição sanguínea dele não permitia que ele usasse ninjutsu ou genjutsu com maestria; tampouco o garoto se interessava em ler sobre malditas técnicas ninja. Ele queria mesmo é ficar sentado em um sofá aconchegante pra ler alguma obra sobre um grande guerreiro que lutou pelo País no passado e ficar fantasiando sobre ele próprio ser o tal guerreiro. Fantasiando, pois jamais teria a proatividade de querer salvar as pessoas ou arriscar a própria vida. Não. Isso é fora de cogitação.
Antes de entrar pela porta, pensou algumas vezes em dar meia volta e ir pra casa. O que o impediu foi o motivo de estar ali: a preguiça.
Quando foi intimado a entrar na academia ninja, decidiu que não retrucar seu pai, pois seria um grande incômodo ter de ouvir durante dias ou semanas reclamações infindas do homem que o criou. Provavelmente um pouco de proatividade o livraria daquela, só que impor os próprios desejos sobre a família demandava uma força de vontade que não habitava o corpo de Kazuto, na verdade era completamente desprovido desse tipo de virtude, de modo que receber ordens torna-se muito mais fácil do que comandar ou retrucar algo incerto.
Sem ânsias, aspirações ou sonhos, apenas apatia. Kazuto não almejava absolutamente nada além de um mundo onde as pessoas podiam simplesmente parar de enchê-lo por motivos ridículos como a servidão militar. No fundo, havia um único almejo: vadiar.
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Re: [RP] Vadios e larápios
31.01.19 10:04
Galgava pelos arredores da academia para me familiarizar com o local antes de realmente me inscrever e frequentá-lo. No momento, recostava-me numa árvore grande, antiga, e ficava me perguntando quem mais perderia sua manhã para ir até ali. Não tardou para que uma resposta fosse dada.
Nas proximidades, vários outros pivetes iam até a academia, porém, dentre os menores, um adolescente que aparentava ter a mesma idade que eu estava entre eles. Fiquei me perguntando o porquê de ele estar ali. Poderia estar acompanhando um irmão, um primo mais jovem, mas ele mesmo não estava próximo a ninguém, tampouco vestia roupas tradicionais de um ninja entusiasta. Muito pelo contrário, trajava roupas pretas que, ao meu ver, eram exageradamente quentes naquele meio de verão.
Mas o exagero da roupa me fez pensar na origem daquela figura e, talvez, no que habitava seus bolsos. Fiquei cogitando um jogo mental comigo mesmo. "Se eu for pego, finjo que foi sem querer. Posso me misturar, afinal, também vou me matricular... Parece bom o suficiente."
Não era o suficiente. Não, naquela altura eu achava ser um sábio. Todos os jovens acham, mas, no fim das contas, eu era só um metidinho que não sabia nada sobre a vida. Eu me divertia, sim, entretanto, observar e compreender um pouco mais as coisas não faria mal algum. A juventude é assim mesmo, o ego não consegue ser contido num corpo que está mudando tanto.
E então me misturei, saindo da sombra da árvore e entrando no meio dos pivetes, aproximando-me lentamente do garoto que se vestia de preto e aparentava ser uma porta, visto sua cara sem qualquer expressão, displicente.
Comecei a calcular o espaço entre nós e a velocidade com que eu teria que checar seus bolsos, também como seria feito. Resolvi observar o balançar de suas roupas para tentar ter uma noção se escondiam algo ou não.
Nas proximidades, vários outros pivetes iam até a academia, porém, dentre os menores, um adolescente que aparentava ter a mesma idade que eu estava entre eles. Fiquei me perguntando o porquê de ele estar ali. Poderia estar acompanhando um irmão, um primo mais jovem, mas ele mesmo não estava próximo a ninguém, tampouco vestia roupas tradicionais de um ninja entusiasta. Muito pelo contrário, trajava roupas pretas que, ao meu ver, eram exageradamente quentes naquele meio de verão.
Mas o exagero da roupa me fez pensar na origem daquela figura e, talvez, no que habitava seus bolsos. Fiquei cogitando um jogo mental comigo mesmo. "Se eu for pego, finjo que foi sem querer. Posso me misturar, afinal, também vou me matricular... Parece bom o suficiente."
Não era o suficiente. Não, naquela altura eu achava ser um sábio. Todos os jovens acham, mas, no fim das contas, eu era só um metidinho que não sabia nada sobre a vida. Eu me divertia, sim, entretanto, observar e compreender um pouco mais as coisas não faria mal algum. A juventude é assim mesmo, o ego não consegue ser contido num corpo que está mudando tanto.
E então me misturei, saindo da sombra da árvore e entrando no meio dos pivetes, aproximando-me lentamente do garoto que se vestia de preto e aparentava ser uma porta, visto sua cara sem qualquer expressão, displicente.
Comecei a calcular o espaço entre nós e a velocidade com que eu teria que checar seus bolsos, também como seria feito. Resolvi observar o balançar de suas roupas para tentar ter uma noção se escondiam algo ou não.
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Só andando atrás;
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Re: [RP] Vadios e larápios
10.02.19 23:45
Deixei de lado a ideia de fazer qualquer coisa com o individuo. Ser pego ali só me traria problemas. Ademais, fiz minha inscrição e fiquei pensando em outras coisas.
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Saindo daqui.
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