[Solo] Mente, corpo o sábio e o tolo.

 
A casa dos meus pais não era algo extravagante, sendo assim eu amava o local. Enquanto chegava próximo de um pé de cerejeira carregava em minha destra uma tantō bo comum de proporções exata a uma tanto, enquanto na minha canhota carregava uma boken no formato de uma katana. Parei em frente da árvore colocando os pertences próximo, assentir concordando que seria o assim comecei um breve aquecimento para soltar o meu corpo antes de realmente começar a praticar.

Tomei a Tanto bo me posicionando para a prática, respirei fundo só então apunhalei a árvore, certamente sentir uma dor horrível em meus dedos fazendo a arma cair no gramado, fora genial esfaquear uma árvore com toda certeza uma ideia genial, idiota. Tomei a arma e comecei a praticar contra o ar, desta vez deu certo mas eu tive de prestar atenção á minha posição e jogos de pés. Pratiquei corte, estocada e embora eu quisesse pensar em começar a usar aparar a Tanto não era uma arma própria para isso, sendo assim relevei tal coisa pelo momento. A medida que buscava mais sobre o kenjutsu na prática reconhecia que exalava um certo talento natural para a coisa, embora não fosse de todo certo eu compreendia que estava no caminho correto.

Consideração:

 
O dias se passaram e minhas fundações no kenjutsu melhoravam, notavelmente aprender em como me portar com uma tantô estavam progredindo normalmente. Nada relevante ou que pudesse ser usado em um combate real mas certamente minhas habilidades estavam sendo refinadas.  Em determinado treino me prostrei e comecei a esfaquear a terra: Não me pergunte o motivo de eu ter perdido tempo fazendo o que eu fiz, mas com o decorrer daquele momento me sentir bem em como o ritmo de apunhalar algo com substância…  Ao decorrer daquele evento fiquei cada vez mais interessado em como era causar dano á algo, embora que eu pudesse sentir que aquilo era uma perspectiva assustadora era apenas treinamento sendo assim relevei.

A medida em que desenvolvia cada vez mais a minha mente em memorizar as limitações de usar uma tantô, reconhecir que tal arma era usada principalmente para perfurar e esfaquear muito diferente de uma katana tradicional em que as variações poderiam ser usada para as mais variadas técnicas: Sendo assim a tantô não era tão versátil mas ainda assim seria eficiente em lugares fechados ou em momentos em que um saque rápido fosse necessário. Certamente ao momento era apenas conjecturas infantis sobre como utilizar o kenjutsu, embora ainda detivesse um longo caminho eu poderia reconhecer que havia um jeito especial em entender como e onde eu pudesse usar tais armas para me defender sobreviver.

Consideração:

  Em uma das tarde de treinamento e auto-descoberta percebi como o caminho do kenjutsu era solitário, pois não havia nada para lhe apoiar e muita vezes a companhia de uma espada era algo estranho. A medida em que moldava minha mente para o kenjutsu notavelmente questões como essas entravam em minha mente, pois sinceramente eu poderia estar fazendo algo mais divertido da minha vida do que apenas treinando feito um idiota, sendo assim fora o que eu fiz e deixei o treinamento para dois dias depois. O que eu fiz nesses dois dias? Joguei xadrez é claro.

Depois de ter brigado com um dos meus irmãos decidir que continuar a procrastinar o treinamento seria algo muito feio mas eu não tinha nenhum pensamento em me tornar o “Badass” do kenjutsu por isso foi divertido enquanto durou. Com a volta do treinamento passei umas boas horas golpeando a cerejeira na qual agora havia alguns pequenos sulcos em seu tronco, de fato era uma tarefa dolorosa mas agora eu já podia sentir os calos em minhas mãos o que ajudava a diminuir o impacto nas minha articulações assim como aumentar a força em que empunha a arma estava começando a sentir que o treinamento estava fazendo efeito.

Consideração:

Aos poucos minha mentalidade em relação ao treinamento foram sendo moldadas em algo em que se podia chamar de decente, minhas esgrima ficava um pouco melhor sendo assim agora estava confiante em como me portar para golpear. Calmamente eu estava aceitando que a minha afinidade com a tanto melhorava e embora eu pudesse perceber várias falhas na minha postura, trabalho e pés e até mesmo nos golpes eu jamais deixaria de treinar mais arduamente para melhorar, sendo assim continuei na rotina de treinamento enquanto frequentava a academia ninja.

A tanto bo em que estava usando estava cada vez mais rachada o que demonstrava que estava chegando o tempo de trocar de arma, mas por pura teimosia mantive-me usando a mesma. Certamente por causa disso parei de golpear a cerejeira para treinar minha postura e os jogos de pés enquanto utilizava aquela arma, sendo assim conseguir manter a arma por mais alguns dias mas o dia em que ela estava horrível de ser utilizada havia chegado. Com a despedida comecei a relembrar tudo que passei para aprimorar minha esgrima com a tanto, sendo assim cheguei a conclusão que agora deveria me preparar e treinar com a boken pois agora eu já tinha uma boa noção de como usar tais armas independente do tamanho.

Consideração:

Em determinado dia tomei a boken ao lado da árvore de cerejeira e vislumbrei a grande diferença de tamanha que esta detinha sobre a tanto, havia tantas variações possíveis ao se utilizar uma boken, mas eu sabia que a minha base no kenjutsu já estava firme o bastante para aprender a utilizar a boken sem problemas. Tomei em minha canhota e comecei a desenha alguns golpes ao arredor do meu corpo com certa indiferença. Pude perceber que ainda havia uma grande lacuna em conhecimento e experiência em questões de batalha, mas ao momento eu estava perfeitamente bem em lidar com a boken.

A tarde passou voando enquanto eu me adaptava a forma da boken em como usá-la corretamente, pois assim que tive confiança estava balançando incessantemente a espada em varreduras, estocada e cortes amplos deixando o treinamento cada vez mais difícil. Ao fim da tarde eu já podia sentir meu corpo encharcado com o meu suor, mas continuei a aperfeiçoar minha postura. Ao anoitecer eu já podia entender como a necessidade de um corpo bem treinado era importante para se tornar um praticante decente de kenjutsu, pois assim que parei de balançar a arma sentir meu braços tão duro e pesados que continuar com aquele ritmo no dia seguinte seria impossível, sendo assim decidi que deveria descansar no próximo dia e deixar meu corpo se recuperar enquanto afiava minha mente na arte do kenjutsu.

Consideração:

O dia seguinte fora tranquilo, não peguei em nenhuma arma; simplesmente me coloquei a andar pela vila olhando as pessoas sem denotar atenção á nada. Uma vez que sentei em um banco ainda podia sentir dor pelo treinamento, sendo assim fechei os olhos por breves segundos. Inconscientemente minha mente repetia alguns katars no qual eu havia criado, estranhamente eu me sentia mal. Presumidamente era para eu ser apenas uma criança mas eu me sentia mais velho, cansado sendo assim me perguntei - esta era a vida de um shinobi? Me perguntei o motivo de eu estar tão centrada neste treinamento, mas eu sabia que não havia lugar na união do fogo para quem não fosse útil, sendo assim a única coisa que me mantinha era a esperança de ajudar meus pais e a vila a manterem o legado dos clãs… Suspirei de forma penosa enquanto me levantava e caminhava novamente havia tanta coisa para considerar mas uma coisa era certa; uma vez que eu me formasse como genin eu já não poderia ser considerado uma criança, seria um ninja e seguiria minha ordens para o bem da vila e o clã. Meu treinamento em kenjutsu seria minha base de minha futuras habilidades, sendo assim teria de tomar cuidado em como consolidar minha base e assim seria com meu treinamento.

Consideração:

Era madrugada quando comecei a praticar minha esgrima, sendo assim estava cada vez mais concentrado em aumentar minha precisão com a boken assim como minha postura ao usar uma arma cortante. Além disso eu estava verdadeiramente pensativo em quando e como eu arranjaria uma espada real para usar, mas para o momento todo treinamento estava sendo feito com a espada de madeira e para mim estava bom. Mantendo o foco no treinamento comecei a desenhar com a minha canhota movimentos de corte enquanto descia e subia de forma rítmica contra a árvore de cerejeira, esta que já apresentava alguns sulcos profundo em seu tronco. Eu podia sentir minha respiração descompassada mas cerrei os dentes mantendo o ritmo dos golpes, vez ou outra eu tentava forçar a minha respiração a se acalmar mas com o passar dos minutos eu pude sentir que estava ficando cansado. Continuei a golpear a árvore me atendo a postura certa, quadris um pouco abaixados para manter o meu centro de gravidade baixo, assim como uma postura no qual eu poderia esquivar se fosse necessário. Com o passar dos minutos que se transformaram em hora estava cada vez mais ciente de como todo aquele treinamento estava me dando alguns insight de como usar tais armas e isso me reconfortava.

Consideração:

Alguma pessoas diziam que pratica leva a perfeição mas no meu caso a repetição levava a perfeição, mas… Apenas se você estivesse escolhendo algo certo. A minha rotina diária em treinar minha esgrima começou a se tornar cada vez mais simples de ser seguida, ainda mais quando não era algo que eu totalmente odiava. Uma vez que eu estava totalmente habituado a usar a espada de maneira eficiente; me coloquei em posição com o quadril um pouco baixo e com ambas as mãos na empunhadura da boken, arrastei meu pé esquerdo um pouco a frente pronto para testar minha postura. Meu primeiro movimento fora um golpe da esquerda para a direita usando a minha destra para refrear a força da minha mão predominante uma vez que deste jeito seria muito mais fácil mudar o curso ou até mesmo mudar a direção do ataque eu estava confiante em minha melhora.

Era um fato que tudo que eu estava passando era sem adicionar chakra, simplesmente um treino físico no qual eu estava passando para aprender a como usar as espadas de forma básica. No entanto eu sabia que uma hora ou outra eu teria de assimilar o kenjutsu com técnicas ninjas ou melhor mesclar meu próprio estilo e experiência com o chakra para criar meu próprio caminho no kenjutsu.

Consideração:

Em determinado dia meu pai estava sentado no pátio em frente a árvore de cerejeira conferindo as marcas no qual meu treinamentos trouxe, assim que eu cheguei ele se virou para mim segurando seu cachimbo, respirou fundo e disse: Haled, como vai seu treinamento?

— Eu faço progresso no Kenjutsu pai! —

Comentei confiante diante dele,sabiamente esperei entender o que ele realmente queria comigo porquanto fiquei calado enquanto ele passava por mim e atravessava a porta. Ele murmurou algumas palavras enquanto passava estás no qual eu já estava ciente: você tem que se aplicar propriamente. logo, logo que vem o exame. E se você passar terá um futuro e um clã em suas costas ou não, tudo dependerá de você, então... Vá mais longe do que eu. Passou por mim me deixando meio confuso, mas eu sabia que ainda tinha muita coisa a melhorar antes de pensar com mais cuidado sobre isso, mas estava bom do jeito que estava. Agora eu me encontrava diante da árvore de cerejeira no qual havia arranhões por todo seu tronco, presumidamente pareciam feito com algum tipo de lâmina mas na realidade era repetições com a espada de madeira nos quais deixaram as marcas em evidência, realmente eu havia me esforçado e estava preparado para empunhar lâminas com alguma habilidade.

Consideração:

Depois de um longo tempo eu finalmente havia obtido uma melhora expressiva em minhas habilidades de Kenjutsu, sendo assim continuei a praticar. Erguir meus braços formando uma guarda simples diante do tronco notando como eu realmente havia melhorado. O vento desfraldou as folhas de cerejeira de forma incrível, parecia até mesmo a menção de um “Start” sendo assim desferir três golpes contra a árvore. Pude sentir o choque percorrendo meus braços trazendo certa vontade de dar um passo para trás e até mesmo abrir as mãos em protesto mas da minha garganta um grito fora solto tornando a ajeitar a postura voltando a golpear ainda com mais força. Mais forte, mais rápido. Os meus golpes por dezenas de vezes erravam a marca mas assim que sentia que minhas mãos ou minha vontade vacilava eu usava ainda mais força e assim a dor aumenta. Era um círculo vicioso que me fazia alcançar rapidamente o limite do meu corpo mas algo me fazia seguir em frente aumentando cada vez mais as marcas deixada ali; Até a gente se encontrar o destino há de me favorecer.

Quando sentir que minha postura vacilava eu suportava com a minha melhor demonstração de espírito que posições desnecessárias não seriam mais toleradas e a partir daquele momento eu tinha tomada minha decisão final.. Então quando menos esperava a espada de madeira havia se partido, havia destruído a boken que tanto havia me acompanhado como uma simples ferramenta neste momento pude voltar meu olhar para as minhas mãos, estas que agora estavam ensanguentadas de tanto segurar firmemente a espada. Naquele acontecimento eu fiquei a olhar para as minhas mãos e fiz um juramento solene até que o dia chegasse não deixaria nenhuma ferramenta se partir em vão.

Consideração: