Trama do RPG - Resumo
Prólogo
Houve um tempo de guerra que assolou o País do Fogo por inteiro, dizimando famílias, campos e gerações a fio fosse a mando da honra ou do dinheiro. Esta era ficou conhecida como a Era dos Estados Combatentes. Cansados do derramamento de sangue intenso recorrente dentro das dependências do lar, as gerações passaram a adotar medidas de paz e cessar fogo, gerando um tempo de paz depois de anos em guerra.

Para dar um fim a tudo isso, o Tratado de Wakai foi assinado pelas quatorze cabeças dos clãs combatentes - e restantes - na presença do Daimyo Shimitsu, um termo de posse em uma região específica no interior do País, demarcado em quatorze territórios. Devido a convivência frequente das famílias em função da proximidade, a convergência dos territórios era iminente. Um segundo encontro diplomático entre os líderes resulto no que veio a ser chamado pouco tempo depois de União do Fogo, governada simultaneamente por estes, em uma junta democrática nomeada Conselho do Fogo.

Junto desta união nasceu um sistema de organização militar, hierarquizando aqueles que chegassem em determinados níveis de poder em um modelo de poder guiado e determinado pelo Conselho. Enquanto alguns já ganhavam altos postos, a preocupação com a educação das crianças das famílias surgia igualmente e, com isso, nasce a Academia Ninja e os futuros talentos que protegerão a União no futuro.
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24.12.18 11:26
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Minhas missões one post solos D & C ficarão aqui.
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24.12.18 11:29

—— Missão Rank D: Passeando com os cães!

"Tantos livros! Vou demorar séculos limpando todos eles!" Minhas mãos agarravam livro por livro e eu delicadamente retirava a poeira da lateral deles. Ouvi algumas batidas na porta mas ignorei.

—— Kafka? É para você, meu filho.

Deixei o livro que eu estava limpando sobre os outros e caminhei atravessando o corredor que dava para a porta. Enquanto fazia a travessia, limpava minhas mãos em minhas roupas, tentando eliminar o máximo de sujeira, embora as tivesse transportando para minhas próprias vestes. Um homem com uma bandana na cabeça estava na porta. "É um ninja" pensei sem muito esforço.

—— Sou Kafka Senju. O que posso ajudar?

O homem me transmitiu algumas informações que eram referentes à minha primeira missão. Na verdade não era sobre a missão ainda, mas para me deslocar até o local em que eu a receberia. Agradeci ao ninja e lhe informei que em breve estaria lá. Retornei para meu quarto com um sentimento de incerteza. Era a primeira vez que me convocavam para uma missão. Eu tinha me graduado genin um dia antes e já estavam requisitando minha presença. Troquei de roupa e coloquei os trajes ninja além da bolsa de armas que carregava na minha cintura, acima da bunda.

A caminhada até o Quartel General foi um pouco tensa. Meu estômago chegava a borbulhar. Quando cheguei lá, me apresentei e curvei levemente meu tronco a frente, em reverência. Um homem com idade avançada e cabelos brancos me cumprimentou e foi tateando algumas folhas que ocupavam sua mesa. Achando o que procurava, estendeu o braço na minha direção e prontamente eu peguei o pergaminho. Ele me explicou:

—— Como essa é sua primeira missão, jovem Senju, você começará com algo simples. Não se zangue com missões no começo. Mas elas são necessárias à economia e alguém deve realizá-las. Precisarei que você passeie com os cachorros daquela senhora — apontou uma mulher de uns cinquenta anos — hoje até o início da noite, pois ela precisará fazer uma rápida viagem.

Concordei com a cabeça sem questionar e em um movimento de respeito, novamente me inclinei e sai com o pergaminho em mãos. Caminhei na direção da contratante e com um ar respeitoso, comentei:

—— Senhora, serei o responsável pelos cuidados dos seus cães.

Ela me entregou eles presos em uma coleira e saiu após breve palavras de agradecimento. Ela tinha sido simpática comigo, talvez tivesse ouvido que eu era um jovem iniciante. Peguei os cães e sai segurando a coleira deles. Eles eram bem fortes e tinham tamanhos variados. Eram quatro ao total. Eu sabia aonde ir com eles. Fui os conduzindo até o campo de treinamento, lá tinha uma grande área verde em que eles poderiam descansar e até brincar se fossem bem comportados.

Durante o trajeto, notei que eles eram bem comportados e nenhum tentou alguma corrida maluca ou quis sair atacando ninguém. Tendo confiado neles, soltei eles da coleira e eles começaram a caminhar ao redor de mim. Eles corriam pelo parque tranquilamente, faziam buracos e rolavam de um lado ao outro. Eu fiquei sentado encostado em uma árvore apenas a olhar eles, tomando cuidado para que nenhum deles fugisse da minha vista. [...]

Quando o dia começava a escurecer, assoviei e todos eles voltaram prontamente. Prendi a coleira em cada um deles e retornei até o Quartel General. A dona deles já estava lá e ficou muito contente em vê-los. Eles, igualmente, ficaram contente em ver a dona. A senhora me agradeceu e eu entreguei os cachorros a ela. O pagamento foi feito ao velho e ele me repassou uma parte. Expliquei a ele:

—— Foi tudo muito tranquilo. Eles passearam no parque e nenhum causou problemas, senhor.

O velho sorriu e me dispensou. Sai dali e fui direto para casa com minha recompensa e com a primeira missão finalizada.

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24.12.18 12:41

—— Missão Rank C: Velhos hábitos?

Novamente o barulho na porta me fez despertar para a realidade. Caminhei um pouco sonolento e estranhando que nem mamãe nem papai tivessem atendido, talvez eles já estivessem no trabalho. Lutava com meus olhos para mantê-los minimamente abertos, o suficiente para observar a silhueta que se apresentava na porta após eu tê-la aberto. —— S-sssssim... o que posso... — olhando despretensiosamente antes, acabei percebendo agora que era um ninja e imediatamente fiquei mais ereto, corrigindo minha postura. —— Sim. O que posso ajudar? ——

O garoto que era mais velho que eu e tinha cabelos amarelos me informou que eu seria seu parceiro em uma missão. Mas que tipo de missão? Ele me respondeu: —— Teremos que acompanhar um homem muito importante da União. Ele está envolvido em algumas construções para melhorar a mobilidade dentro do nosso país. O problema é que algumas pessoas ainda não perderam seus velhos hábitos. Continuam os mesmos bandidos da era dos Grandes Confrontos. Portanto se apresse e esteja preparado. —— Assenti com a cabeça e corri para o quarto.

Enquanto procurava minhas roupas no armário, me questionava sobre como seria esse homem importante e quem poderia estar atrás dele. Terminei de me vestir o mais rápido que pude. Logo estava novamente na porta e acompanhei meu parceiro na caminhada. Não tardou e encontramos um velho com um aspecto indigente. Passei por ele sem esboçar reações além de um "bom dia". Entretanto quando olhei para o lado, vi que meu parceiro conversava com o homem. "Ele era o homem importante?" Certamente que não deveríamos julgar as pessoas.

—— Bom, Kafka, vou ter que abandoná-lo. Terei que retornar ao Quartel, mas você acompanhará o homem. —— Um pouco receoso, acabei concordando com a cabeça. Eu não tinha opções. —— Então, meu camarada. Qual a profissão que tu executas e que te torna tão importante? —— Ele me explicou sobre como as construções de mobilidade permitiam a ampliação do mercado interno dos países e como isso geraria a transação com outros países. Entretanto, alguns empresários não queriam essa abertura porque temiam perder clientes ou ter outros empresários na mesma região que eles.

Era interessante como o velho compreendia algumas coisas que me estavam longe de entender. Mas a forma como ele explicava tornava tudo muito lógico e julguei ser coerente. Caminhávamos tranquilamente, embora eu estivesse sempre atento. O velho me perguntou sobre a ideia e algumas coisas do tipo. —— Tenho treze anos. Me formei genin recentemente, mas parece que confiam em mim um pouco ou não teriam me designado para te proteger, não acha? —— Ele concordou com o raciocínio.

Um barulho. Tentei não mostrar que tinha percebido algo e continuei a caminhar tranquilamente quando... rapidamente girei meu corpo, passando a ficar atrás do velho. Meu braço esquerdo se elevou com uma camada de chakra cobrindo-o. A colisão do punho adversário foi amenizada pela técnica que eu utilizava. Sua aparência era estranha, tinha uma cicatriz em um dos olhos e usava um pano cobrindo a boca. Saltei para trás e indiquei ao velho que ficasse atento. —— O que desejas, meu camarada? —— O adversário não dizia nada.

Novamente ele avançou. Eu estava em posição de combate e lancei minha perna esquerda na direção dele, tentando frear sua corrida com um chute na barriga. Ele segurou meu pé. Tinha sido uma péssima escolha de movimento visto que eu não tinha tanto traquejo para a arte da luta corporal. O punho dele vinha em direção a meu rosto. Elevei minha mão esquerda para bloquear o ataque com o auxílio da mesma técnica que cobria meu braço de chakra. Sendo bloqueado, ele soltou minha perna e recuou. O clima era de tensão e eu não conseguia pensar com muita naturalidade, não sabendo até como agir. Apenas sabia que tinha de proteger o velho.

Ainda sem dizer nada, o inimigo apenas recuou e se enfiou no meio da mata. Talvez ele viesse a atacar futuramente ou fosse chamar reforços. Eu ainda sentia meu corpo tenso, mas tentava demonstrar tranquilidade para o velho. —— Haha! Esse ficou com medo, não acha? —— Não sabia exatamente se o velho estava confiante no que eu disse, mas não me restavam alternativas. Retomamos a caminhada. [...] Chegamos em uma localidade aonde muitos materiais de construção estavam espalhados e algumas pessoas já trabalhavam no local. Informei ao velho que iria cuidar da segurança e procuraria por algum inimigo nas redondezas.

Assim o fiz. Caminhei pela localidade ao redor, mas sem me afastar muito, para permitir que eu pudesse voltar imediatamente se fosse necessário. Pouco a pouco a densa mata da região ia sendo derrubada e dava lugar a coisas mais modernas que permitiriam a melhor comunicação entre todos. Filosofias individuais à parte, era isso que chamávamos de civilização. Caminhei de um lado a outro no acampamento dos trabalhadores. Questionei um ou outra sobre alguma movimentação na região que pudesse ser classificada como estranha. Eles disseram terem visto alguns homens observando mais cedo. "Talvez seja o grupo daquele homem." Eu não tinha muito o que fazer no momento, estava sozinho.

Continuei a caminhar pelo local e me aproximei do velho. Ele estava martelando algumas coisas, encaixando outras. Assim o dia ia lento e tenso para mim. Logo começou a escurecer e fui chamar o velho para ir embora. Ele ficou relutante, dizendo que deveria continuar o trabalho. Insisti, visto que poderíamos ser emboscados ali. Ao menos no caminho para casa tínhamos chance de encontrar outros ninjas ou escapar com mais alternativas. No fim ele concordou. Retornamos. Para a minha total surpresa, o caminho de volta tinha sido tranquilo, embora emocionalmente tenso.

Quando chegamos na Vila, fui até o Quartel General e expliquei a situação. —— Fomos emboscado logo que saímos da vila por um homem que tinha uma cicatriz e usava um pano cobrindo a boca. Consegui evitar que ele atacasse o homem, mas eles ainda por aí, não consegui detê-lo. —— O ninja superior me explicou que a missão era proteger o homem e o fiz. Pegar os envolvidos era uma outra missão. Me informou que eu teria que retornar nos próximos dias para acompanhar novamente o construtor na ida e na volta. Concordei, peguei minha recompensa e sai.

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25.12.18 19:37

—— Limpando os lixos de Konoha

Um velho Senju sobrevivente e hoje considerado sábio me contou uma vez:

"Dos esforços de cada um poderíamos construir uma sociedade melhor. Os questionamentos filosóficos colocariam à prova cada palavra da sentença anterior. Mergulhados na escuridão da Era das Trevas, a escuridão penetrava na pele e âmago de cada ser. Penetrava-lhe a alma e causava uma marca que durou muito a ser superada. Nos olhávamos mas não nos reconhecíamos como semelhantes. Todos éramos uns aos outros distantes. Fechados no núcleo do clã, tentávamos sobreviver. Matar era sobreviver. Não exista deus, nem pecado, nem paraíso. Existia apenas a escuridão que nos corroía e nos desunia."

A história seguiria boa como de costume, o velho de barba e cabelos brancos era meu parente. Sua vitalidade era notória como da maioria dos membros do nosso clã. Aprendi muito com seus ensinamentos, mas deixarei tais memórias para outro instante. Eu estava passando próximo a porta quando escutei as batidas anunciando um visitante. Quando atendi, era um shinobi com uma nova missão para mim. Como já estava com minhas roupas tradicionais, sai imediatamente de casa em direção ao Quartel General.

Chegando lá, já me aguardavam com um riso de deboche. Eu, ingenuamente, sorri de volta. De forma respeitosa, baixei minha cabeça e aguardei pelas orientações concernentes à missão e sua essência. Me explicaram que algumas comemorações deixaram a vila um pouco suja e precisavam que pegássemos os lixos acumulados na frente das casas e estabelecimentos. Sem questionar minhas ordens, apenas concordei com um gesto rápido de cabeça e me retirei do local. Estávamos divididos em uma equipe e fiz minha parte tomando a frente da minha.

Caminhei pelas ruas e fui pegando os sacos de lixos que estavam amontados. Jogava eles dentro de um recipiente que era empurrado por outro genin. Era o trabalho em grupo desde pequenos que deveríamos internalizar para futuramente isso nos florescer em bons frutos. Continuava minha caminhada de local em local pegando os sacos e os jogando para o parceiro. Em alguns momentos eu pegava alguns papéis e similares que acabaram sendo espalhados pelo vento ou má vontade das pessoas que os jogaram em qualquer lugar. Eu calçava luvas em minhas mãos para evitar qualquer sujeira ou mesmo objetos que pudessem causar algum dano às minhas mãos.

Dois jovens estavam na frente de uma casa e pareciam discutir um com o outro. Eles estavam visivelmente alterados até para alguém novo como eu perceber. Ignorei eles e fui recolher o lixo ali amontoado. Revirei eles para poder separá-los pelos materiais que podia observar superficialmente. Pergaminhos ia para um lado, comidas para outro. Meu parceiro resolveu me ajudar na empreitada pois era bastante lixo nessa casa específica.

Depois de um tempo revirando e separando, finalmente parecíamos ter terminado o serviço. —— Terminamos, ein? Cansei um pouco. —— Sorri ternamente para o parceiro e me coloquei a ajuda-lo com o recipiente móvel. Empurrávamos os dois para que conseguíssemos vencer as subidas e aguentar as descidas. Levamos tudo até um local em que esses lixos eram armazenados e ali se fazia algo que eu ainda não tinha conhecimento.

Retornei para o Quartel General. Chegando lá expliquei a situação para meus superiores em detalhes. Embora fosse uma missão simples, era importante não somente para a economia da vila, mas para definir o caráter dos ninjas. Afinal, tirar lixos, por exemplo, poderia expor a personalidade de diferentes pessoas e desde aí serem avaliados e escolhidos para cargos melhores. Certamente que eu não sabia disso na época e aqui entra como uma memória, a mesma que tive do meu velho parente Senju que logo contarei mais a vocês.

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25.12.18 21:48

—— Ajudando nas plantações.

Um velho Senju uma vez me disse:

"O que sabemos, saber que o sabemos. Aquilo que não sabemos, saber que não o sabemos: eis o verdadeiro saber. Eis a humildade do saber. Não precisamos saber tudo. Não há tempo hábil na vida para saber tudo. Repare que o 'tudo' tem significado especial. Nem os deuses souberam tudo. Mas devemos sempre buscar conhecimento e fazer dessa busca nosso maior prazer. Um dos poucos que existe."

Eu estava na sala conversando com o velho Senju que sempre vinha me visitar e a meu irmão. Ele parecia ter especial afeição por nós. Talvez nos visse como ele era quando pequeno, não sei dizer exatamente. Nem sempre compreendo suas palavras, mas ele é muito respeitado na nossa família. —— Desculpe, senhor. Acho que ouvi algo na porta. Se não se importar, irei ver o que. Já já retorno e o senhor poderá me proporcionará mais momentos de reflexão e aprendizagem. —— Caminhei até a porta e percebi um pergaminho. Abri e li seu conteúdo.

Era mais uma missão Rank D. Dessa vez eu teria que auxiliar uma senhora a semear sua terra. Voltei para o Velho e avisei a ele que tinha uma missão. Ele compreendia bem e me incentivou a dar meu melhor mesmo que fosse algo simples. Me despedi dele e sai de casa. Caminhava tranquilamente pelas ruas e procurava pela casa da senhora. Não foi muito difícil, visto que a casa dela tinha um grande terreno aonde era visível as plantações.

Bati palmas na frente da casa e aguardei que alguém viesse me atender. Não tardou e uma senhora com as costas curvadas se aproximou a passos lentos. Ela trazia um sorriso estampado nos lábios e parecia estar contente pela minha chegada. —— Você que vai me ajudar nas plantações, meu jovem? —— Concordei com a cabeça e entrei após ela ter aberto o portão. Sua casa era humilde como a maioria era. Ela me ofereceu café antes que fôssemos trabalhar e eu não recusei. Estava com fome porque durante a conversa com o Velho, não tinha comido nada.

—— Ah! Estou satisfeito! —— Saímos eu e ela para fora. Ela me trouxe uma enxada e me disse como ir cavando os buracos. Com movimentos lentos eu tentava penetrar na terra e arrancar uma quantidade ideal. Depois me agachava e ia colocando os grãos que a senhora ir me entregando. Feito isso, eu tapava o buraco utilizando as mãos para colocar terra. Foi cansativo. Buraco após buraco ir abrindo-os, tapando-os. Fizemos cinco fileiras inteiras só de milho.

Depois iríamos plantar alface. Me ajoelhei na terra e fiz um trabalho similar ao anterior, mas essa era todo manual. Usava um pouco de força para ir cavando os buracos e então colocava as sementes ali, cobrindo bem de terra e dando uns tapas para fixa-la e penetra-la bem. Finalizado ali, fui retirar as folhas podres de algumas árvores. Puxava-as com as mãos mesmo e ia as retirando. A senhora me explicava como preparar a terra para o plantio e como evitar pragas que pudessem colocar tudo a perder. Por fim terminei. Ela me agradeceu pela ajuda e parti em direção ao quartel general.

Chegando lá, anotei as informações sobre a missão em um pergaminho e entreguei para meus superiores. Eles agradeceram e me dispensaram. Retornei para casa e o Velho não estava mais lá. Lamentei por isso. Eu estava ainda com energia disponível e procurei por meu irmão, queria lhe contar sobre minhas missões.

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26.12.18 21:32

—— Tomando conta dos pestinhas?

Eu já tinha realizado algumas missões enquanto genin e tinha tido boas notas na Academia, talvez esse fosse o motivo de eu ter sido convocado para essa missão. Peguei meus equipamentos e sai em direção ao quartel general. No momento não sabia ainda qual missão me seria destinada. Chegando lá, comuniquei aos superiores que desejava ir em uma missão, pois tinha completado as anteriores com êxito e queria me manter ativo e contribuir para a vila.

Uma senhora de cabelos brancos bem presos começou a vasculhar os papéis. Ela me questionou sobre algumas preferências minhas ou o meu nível enquanto achava também minha ficha de informações. Ela talvez não lembrasse no mínimo detalhe de todas as pessoas da vila. Informei a ela que só tinha realizado missões Rank D e uma C e que eu preferia missões mais simples no momento, embora me sentisse confiante para mais perigosas. Ela optou por uma mais simples, sabiamente.

—— Aqui está, meu jovem. — Levei minha mão até o pergaminho e passei os olhos, lendo-o — Você deverá se deslocar até a casa dessa senhorita e ajudar com aulas de reforço para seus filhos. Eles estão com algumas dificuldades na Academia. —— Concordei e me curvei diante dela respeitosamente. Sai da sala em seguida. Enquanto caminhava pelos corredores do QG, ia lendo as informações contidas no pergaminho: eram três crianças. Certamente que eu teria trabalho para ensinar tantas ao mesmo tempo. Me coloquei em deslocamento até a residência delas.

Chegando lá, bati na porta e fui prontamente atendido. As três pareciam aguardar alguém, talvez seus pais. O pai delas estava em casa e a mãe trabalhando. Descobri logo que entrei pois o pai me explicou. Fui até a biblioteca que eles tinham em casa e procurei por alguns livros sobre Ninjutsu. Comecei a ler sobre o que tinha escrito neles, mas logo descobri que eram apenas introdutórios, ou seja, eu já sabia da Academia. As crianças já estavam sentadas junto à mesa e me sentei também em uma cadeira próximo a eles.

—— Bom, basicamente ninjutsu é o nome dado a técnicas utilizadas que envolvem o uso do chakra de forma visível, projetável. Em Genjutsu nós temos um chakra que não é visível, não tem forma, certo? No caso dos ninjutsus, em sua maioria eles possuem forma, mesmo que alguns não possam ser perceptíveis visualmente. Por exemplo, se eu concentrar meu chakra, consigo cobrir meu corpo com uma camada dele, vejam — flui meu chakra para minha mão e ela ficou momentaneamente azul — também podemos usar ninjutsu elemental que tomam a forma de relâmpagos, fogo, água terra e vento. Mas para fazer isso é necessário um domínio maior. ——

Os garotos pareciam estar compreendendo e iam anotando que eu ia comentando. Eu dava algumas pausas para eles perguntarem algo ou conversarem entre si para desenvolverem um diálogo em conjunto. —— Para usar Ninjutsus e Genjutsus é essencial que vocês treinem bastante o controle de chakra de vocês. —— Eles pareciam ter aprendido o suficiente por um dia e julguei que estava de bom tamanho para uma tarde. Me despedi de cada um deles e retornei ao QG. Lá expliquei aos meus superiores como tinha sido a missão e também fiz as anotações necessárias, registrando os detalhes. Entreguei a senhora que tinha me dado a missão e ela me perguntou se eu estava disposto a outra, pois ela tinha mais uma ali que eu poderia executar.

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26.12.18 22:47

—— Uma nova missão?

Aguardei enquanto a senhora lia o pergaminho que a tinham entregado recentemente. Ela interrompeu a leitura umas três vezes e parecia me avaliar da cabeça aos pés. Fiquei um pouco sem graça, sem saber se deveria dizer alguma coisa ou apenas aguardar. Optei pela última opção. Após um longo silêncio, a velha o rompeu e falou calmamente: —— Temos uma encomenda que você deve levar até uma loja no centro da União. —— Concordei com a cabeça, embora quisesse perguntar o que eu deveria levar.

—— Acha que consegue? É um artigo importante, embora pequeno. Deverá entrega-lo ao senhor Musashi, dono de uma loja de remédios. —— Busquei com os olhos encontrar o pequeno pacote que estava no balcão da mulher. Ficava me questionando o que não deveria estar ali dentro. Tais questionamentos quase fizeram eu me desconectar da realidade imediata. O chamar do meu nome me trouxe de volta e sério concordei com a cabeça, dizendo que eu era capaz e aceitava a missão.

Com todo o cuidado peguei o pacote e o coloquei em meu bolso. Caminhei em direção a porta e sai do QG. Por diversas vezes pensei em abrir o pacote e abrir, mas a curiosidade não era maior que a prudência. "Poxa, ela poderia ter ao menos me contado o que estou carregando. E se me atacarem? Posso deixar cair? É algo esmagável?" No fundo eu ainda era alguém recém completo da transição de criança para adolescente e mantinha algumas coisas da infância. Por sorte o mundo não era mais o mesmo de alguns anos antes em que crianças com metade da minha idade já estavam em lutas até a morte.

Ser um ninja naquele instante era uma mão dupla para mim. Por um lado eu tinha o receio de ser ataco por carregar o símbolo da União do Fogo, por outro ficava confiante sabendo que todos temiam nosso país. Na indecisão, meus passos eram os mais firmes possíveis e eu tentava sorrir enquanto caminhava, sem saber se estava sendo natural ou não. Seguidamente eu levava minha mão até o bolso e conferia se o pacote estava ali. Mas pensei que se alguém estivesse me observando, poderia perceber e desconfiar.

Continuei a caminhada até que peguei o pergaminho com o endereço. Conferi e percebi que eu tinha já passado o local. Retornei e entrei em uma loja sem iluminação. —— Musashi? —— Um senhor veio e me atendeu sorrindo. Questionou se eu estava com a encomenda da União e eu o entreguei, afinal, como ele saberia? E a descrição física batia com a dele. Após fazer a entrega, pude respirar com maior facilidade, dando um longo suspiro. Caminhei para o QG. Chegando lá, informei a senhora que estava tudo concluído e tinha sido um sucesso. Ela me informou que já sabia disso e me agradeceu, parabenizando. Peguei minha recompensa e fui para casa descansar após fazer o relatório da missão.

Chegando em casa, refleti sobre todos os acontecidos do dia. Eu deveria ter mais calma e não me portar como em alguns segundos me portei. Eu era um ninja da União e logo estaria subindo a hierarquia, para isso precisava fazer meu trabalho sempre bem feito e ter confiança em mim mesmo, buscar sempre evoluir. Deitei a cabeça no travesseiro e dormi.

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27.12.18 16:20

—— Aparando a grama da Academia

Eu tinha uma dívida pessoal com a Academia ninja. Não apenas eu. Todos na União do Fogo, mesmo os que nunca a frequentaram. Pois cada shinobi formado ali prestaria serviços futuramente para a União e isso iria, em partes, causar impacto em toda a sociedade. Essa instituição não muito velha em nossa vila sempre teria seus contestadores. Aqueles fervorosos que dizem que "nos tempos antigos não tínhamos escolas, a vida era nossa escola". Eles estavam errados em múltiplos sentidos, históricos e filosóficos, mas irei comentar sobre isso em outro momento. Meu retorno ao passado hoje é sobre a missão que eu ajudei a aparar a grama da Academia.

Eu estava na biblioteca da família quando fui convocado a comparecer ao Quartel General. Troquei de roupa e fui para o local indicado. Chegando lá, me apresentei: —— Kafka Senju, senhora. —— A mesma mulher do dia anterior já tinha o pergaminho em mãos e comentou sorrindo: —— A missão de hoje é mais simples que a de ontem. Bom, mais simples não sei, mas é menos perigosa. —— Certamente que uma missão de entrega para um genin recém formado era algo perigoso. Estendi a mão e peguei o pergaminho. —— O funcionário que cuida do gramado da Academia pegou férias e o outro se está doente, você precisa ir lá e apará-la. —— Concordei com a cabeça e sai do lado após pedir licença.

Chegando lá, me apresentei aos superiores na Academia. O sorriso estava estampado em meus lábios. Estava muito satisfeito de poder retornar à Academia. Conversei brevemente com minha antiga professora e também com outros funcionários, orgulhoso dos pequenos feitos que já tinha obtido e relatando até repetitivamente minhas missões a eles. Por fim lembrei que eu estava ali a trabalho da Vila e não para jogar conversa fora. Busquei o local em que estavam os equipamentos que eu poderia usar e fui analisando-os, vendo o que poderia me servir de fato. Em realidade eu não sabia mexer com nenhum dos instrumentos dali, peguei o mais simples dele. Era um pedaço de madeira com uma lâmina na ponta.

Eu não tinha grandes forças físicas, mas comecei a balançar da lâmina de um lado ao outro, tentando passa-la rente ao gramado, deixando-o menor que eu conseguia. Caminhava enquanto ia balançando o instrumento. O dia estava quente e eu sentia os filetes de suor escorrerem por minhas têmporas. Levei a mão direita até o local, retirando o excesso de suor que se acumulava na região. Continuava o trabalho cobrindo uma grande área. Em um terminado local, tinha um desenho com o nome Academia. Ali demandaria de um trabalho mais preciso.

Retornei até os instrumentos e busquei algo que pudesse me servir. Achei algo que era uma tesoura grande. Retornei até o local de antes e comecei a cortar a grama desenhada. Tinha que segurar a tesoura com ambas as mãos e fazer um pouco de força. Os matos iam sendo destruídos em grandes quantidades. Quando finalizado ali, comecei a limpar toda a sujeira que tinha ficado de grama cortada. Reuni tudo e joguei no lixo. Guardei os instrumentos e me despedi de todos, indo para o QG entregar o relatório da missão. Por fim, peguei a recompensa e fui para casa.

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27.12.18 22:42

—— Uma tarde na Biblioteca

Uma tarde na biblioteca. Para alguém como eu era muito satisfatório ter que realizar uma missão na biblioteca. Eu tinha sido convocado logo cedo para que comparecesse direto na biblioteca, não necessitando que eu fosse no Quartel General. Chegando lá, a funcionária, uma jovem loura e de sorriso bastante amistoso, me comunicou que eu tinha sido convocado para ajudar ela a organizar os livros. Segundo ela, uma aula da Academia no dia anterior tinha sido o suficiente para bagunçar alguns exemplares e deixa-los espalhados por toda parte, apenas das palavras insistentes dela para os alunos.

Eu estava bastante curioso a respeito de todos os livros ali. Fazia algum tempo que estava para visitar a biblioteca, mas acabava não conseguindo tempo. Fosse por cansaço ou por falta de tempo, não conseguia colocar em dia minha visita. Comecei a ajudar a moça e fui questionando-a: —— Trabalha aqui tem muito tempo? Como é trabalhar cercada de tantos livros? —— Talvez para ela não fosse mais tão lúdico quanto parecia a mim. Talvez a pressão por manter tudo organizado tivesse tornado aquele fazer apenas uma obrigação. Não quis forçar conversa com ela, que no fim, ela a minha contratante.

Comecei a pegar os livros que estavam em uma das mesas. Eram livros sobre o mesmo tema: Ninjutsu, Genjutsu e Taijutsu. Eram livros de iniciantes. Abri um deles escondido sem a moça perceber e passei meus olhos rapidamente. Era um conteúdo diferente do que eu tinha aprendido na Academia, certamente para graduações mais elevadas. "Será que posso ler?" me questionava. —— Você pode ler eles, Kafka. —— Olhei admirado para ela, surpreso por ela ter quase lido minha mente. Refletindo depois sobre o acontecido, era um tanto óbvia a resposta dela, embora naquele instante eu não tivesse percebido. —— O que preciso para lê-los? —— Ela me respondeu que apenas sentar e ler. Era para a minha graduação, genin. Sorri para ela e a disse que outra hora iria ler todo o possível.

Naquele instante eu deveria me concentrar em cumprir minha missão e não ficar me distraindo. Comecei a colocar os livros um sobre o outro e os levava até seu setor na prateleira. Ia os colocando um ao lado do outro, encostados para que nenhum caísse e depois colocava o próximo para segurar o anterior. Repeti o mesmo ato algumas vezes em sequência, indo de mesa em mesa e depois colocando os livros em seus devidos lugares. Por fim, a moça me pediu para que eu ajudasse a varrer a biblioteca. Assenti com a cabeça.

Peguei uma vassoura e comecei a varrer de um lado ao outro, buscando entrar em cada cantinho para fazer um serviço bem feito. Arrastava as cadeiras e as mesas para que tivesse acesso e pudesse retirar toda a sujeira. Depois de algum tempo, estava tudo terminado. A moça me agradeceu e deu minha recompensa. Fui direto para o Quartel General informar meus superiores sobre a missão. Entreguei o pergaminho com as informações e fui para casa. Em minha mente eu queria retornar lá e estudar todos os livros, mas tinha outras coisas para fazer naquele instante.

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28.12.18 14:48

—— A feira

O velho estava tagarela hoje. Queria relembrar seus tempos de juventude. Por sorte ele não era do tipo nostálgico que despreza qualquer mudança social. Ele gostava de algumas coisas, menos de outras, sempre criticamente. Em verdade, essa manhã a conversa foi um pouco mais séria comigo, lhe respondi espantado: —— Um treinamento? Mas que tipo de treinamento? —— O velho me chamou e caminhou em direção à porta. Lá fora, apontou para as montanhas. —— Lá nas montanhas, próximo aos deuses. Sob seus olhares protetores. Existe uma técnica que é muito difícil de ser dominada. Pouquíssimos a dominaram. Tenho a esperança que você a consiga. Seu irmão, Tenma, não julgo ser capaz. Mas você, meu garoto... você pode conseguir... ——

Argumentei com Mímir sobre os motivos de Tenma não poder e se eu conseguiria em breve ou isso demoraria muito. Sua resposta era filosófica, como de costume: —— O tempo é algo relativo. Uns o possuem em demasiado e não sabem o que fazer. Outros pouco possuem e conseguem aproveitar o melhor possível. Mas cada coisa a seu tempo. No momento não creio que você consiga dominar a técnica. Mas acho que você é predestinado a ela, se é que você acredita nisso. Tenma é protagonista de outros enredos divinos, caberá a ele descobrir. Logo te convocarei, meu jovem, enquanto isso, siga sua vida normalmente e tente não pensar muito em coisas futuras.. Ou acabará por perder o presente. ——

Como se tivesse sido combinado ou arquitetado por deuses, alguém bateu na porta. Eu estava do outro lado da casa, na parte dos fundos. Atravessei toda sua extensão até chegar a porta. Quando abri, vi que era um ninja. Ele se apresentou e me entregou um pergaminho, era uma convocatória ao Quartel General para uma nova missão. Agradeci ele e fechei a porta. Avisei ao Velho que teria que sair para uma missão e fui trocar de roupa. Enquanto me vestia, ia pensando nas palavras de Mímir. Embora também refletisse sobre o que ele sobre não pensar. Mas era muito difícil não pensar sobre isso. As dúvidas se multiplicavam. Que habilidade seria essa? Por que Tenma não poderia aprender? Quanto tempo demoraria o treino? Eram muitas dúvidas sem respostas. Não podia fazer nada no momento, talvez apenas não pensar nisso.

Preparado, sai de casa. Não tardei a chegar no Quartel General e fui direto para a sala de missões. —— Kafka, hoje você terá que ajudar na segurança de uma feira que está acontecendo no centro da vila. Alguns artigos caros estão sendo expostos e vendidos, então ladrões podem tentar algo. Esteja atento. —— Fiz um sinal de positivo com a cabeça e sai. Do lado de fora estava a equipe que iria trabalhar comigo naquela missão. Eram todos genins como eu, mas menos experientes. Certamente era um evento bastante simples e sem perigo ou teriam escalado um time de maior experiência. De qualquer forma, me apresentei a eles e passei as primeiras instruções: —— Camaradas, sou Kafka Senju. Estejamos todos atentos a qualquer detalhe e movimentação quando chegarmos lá. Vamos. —— Partimos.

O local era grande e muitas tendas tinham sido montadas. Nos apresentamos aos organizadores do evento e depois me reuni com os três ninjas da equipe. —— Para organização eu serei o 1, você 2, você 3 e você o número 4. Entendido? Quero que o número dois fique na entrada principal. Número três na saída. Número quatro irá ficar caminhando sem ser notado entre as pessoas. Eu ficarei naquela parte mais alta. —— Cada um deles foi para a posição indicada. Caminhei até a minha e subi nas tendas. Não existia teto, era apenas a armação da estrutura, visto que as coberturas estavam dobradas, provavelmente porque o dia estava com um sol agradável. Equilibrado na estrutura metálica, eu caminhava de um lado ao outro, sempre buscando com os olhos as posições dos companheiros de equipe para ver se algum deles fazia algum sinal.

Tudo transcorria bem. O sol direto em minha cabeça estava começando a me incomodar e eu já estava impaciente. Vi uma pequena agitação em um local e corri para lá. Fiquei observando o que as pessoas falavam e evitei intervir de imediato. Percebi que era uma discussão sobre valores. Saltei no meio da confusão. —— O que está acontecendo, camaradas? —— O cliente disse que o homem queria cobrar caro demais na peça. O vendedor se defendia dizendo que o valor era justo e que tinha sido trabalhoso fazer. —— Pode achar caro ou barato, camarada, mas ele tem o direito de pedir quanto quiser. Se tu quiser comprar, compre. Caso não queria e ache caro, não crie caso. —— O homem pareceu ficar irritado, mas não quis discutir visto que os outros ninjas se aproximaram e acompanharam o desenrolar da situação.

Um outro pequeno tumulto começou na tenda ao lado tendo como pretexto o mesmo assunto: preço exagerado. Repeti as mesmas palavras de antes e orientei ao cliente que tentasse negociar com o vendedor, caso não ocorresse nos valores que ele desejava e não existe acordo possível, de nada adiantaria ficar criando problemas. Por sorte as pessoas estavam mais civilizadas. Talvez o passar dos anos e se afastar das Guerras tenha deixado todos mais calmos e menos violentos, Mímir sempre nos falava sobre os tempos de guerras em que crianças e mulheres lutavam até a morte, visto que ninguém fazia a menor distinção.

Voltamos às nossas posições e ficamos nela até que começasse a escurecer. Era hora de finalizar. Dispensei a todos quando os seguranças particulares de alguns comerciantes chagaram. O evento estava finalizado e nenhum problema grave tinha ocorrido, apenas pequenos desentendimentos. Retornei até o Quartel General e peguei um pergaminho, começando a relatar tudo o que ocorreu na missão. Coloquei a descrição do homem que quis criar problemas e deixei registrado para caso futuramente ele volte a criar problemas. Tudo parecia finalizado. Deixei o pergaminho na mesa de missões, mas fui surpreendido pela senhora que sempre me dava as missões. Ela me perguntou como tinha sido a missão. A respondi nos mesmos termos que tinha colocado no pergaminho. Ela, sempre simpática, agradeceu e me deu minha recompensa.

Após todo aquele dia de missão, tinha finalmente tempo para voltar a refletir sobre as palavras de Mímir. O que o Velho queria dizer com aquilo afinal? Eu não fazia ideia, mas todo esse mistério me deixava um pouco receoso. Será que eu ainda não tinha maturidade para compreender algumas coisas e Mímir evitava me contar? Não sabia. Nunca conseguia entender a cabeça do Velho.

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28.12.18 23:47

—— Uma tarde na Biblioteca

Estava indo até o Quartel General pegar alguma missão antes mesmo que mandassem me chamar, eu tinha acordado com muita disposição. Tinha passado parte da noite pensando nas palavras dita por Mímir, mas conclui que de momento era melhor evitar pensar nisso mesmo. Certamente que era um pensamento de momento e logo mais eu estaria me fazendo mil e uma perguntas que eu não poderia responder. Chegando no Quartel fui até o local de sempre e me apresentei. —— Kafka Senju, senhora. Gostaria de saber se tem alguma missão que eu possa realizar hoje. ——

A mulher, sempre simpática comigo, como destaquei e notei em outras ocasiões, vasculhou seus papéis e buscou algo para mim. —— A busca já é um pouco diferente das anteriores? Antes eu era bem iniciante. Agora sou um pouco mais que iniciante. —— Sorria orgulhoso de mim mesmo. Ela respondeu: —— Verdade. As tuas primeiras, assim como de todo mundo, geralmente escolhemos coisas mais simples e são muitas vezes até limitantes e entendemos que muitos ninjas não gostem, mas é o procedimento. É necessária a evolução. Ela continuou a vasculhar seus papéis até que se levantou e caminhou até seu parceiro de mesa e perguntou se ele não tinha nada ali, porque as dela eram apenas níveis mais altos.

O velho entregou dois pergaminhos para ela. Após lê-los, ela me informou: —— Temos duas missões que tu pode fazer. Entregar algumas cartas na vila e a outra é entregar os remédios para um idoso nas montanhas. —— Quando ouvi "montanhas", imediatamente as palavras de Mímir me vieram na mente e lembre de tudo o que ele tinha me dito. Tentei ao máximo manter minha concentração no momento ali. Peguei os pergaminhos e sai. Ia em direção ao centro de distribuição. Lá ficavam as cartas e possivelmente os remédios que seriam enviados por eles, talvez fosse necessário agilizar isso ou não teriam me dado tais missões.

Chegando no local, fui direto procurar o diretor do local: —— Sou Kafka Senju, senhor. Fui ordenado a estar aqui e auxiliar na distribuição de algumas cartas específicas que o Quartel me designou. E também levar uns remédios a um senhor chamado José. —— O homem sabia o assunto e me entregou todo o solicitado. Agradeci e sai dali. Me colocava em caminhada enquanto ia passando os olhos nas cartas, buscando ver os nomes e os endereços das pessoas. "Rua dois, casa dos Senju". Uma era na minha casa, provável que para mamãe e papai. Por saber o endereço, fui correndo. Joguei a carta na caixinha, mas papai me viu. —— Agora não posso! Estou em uma missão. Até mais, papai. ——

Passava os olhos nos outros endereços ao mesmo tempo que ia buscando ver as placas das ruas e ir achando-as. Em determinado momento me perdi e tive que pedir ajuda a transeuntes. Por sorte eles eram bem informados e não me deixaram na mão. Após muito rodar para lá e para cá, parecia que eu estava quase terminando as cartas. Mas tinha uma última ainda. A casa era sem número e tinha apenas a rua. Para o meu azar, era do lado contrário das montanhas. A casa era próximo à floresta.

Até o ar era diferente naquela região. A floresta ali ajudava a manter o ar puro. Parecia que eu tinha achado a casa, mas ela aparentava estar abandonada. Me aproximei do portão e bati palmas. Ninguém veio atender. Tentei novamente e bati um pouco mais forte que anteriormente. Ninguém veio. Eu já estava desistindo quando percebi alguém olhando na janela da casa. Ao perceber que eu olhava, a pessoa simplesmente fechou a cortina. Era estanho. Pulei a pequena cerca deles e deixei as cartas por baixo da porta e sai. Enquanto ia embora, tornei a olhar novamente para a janela, mas ninguém olhava mais.

Agora terei que ir para às montanhas. Do outro lado da vila! AHH! Me coloquei em caminhada tendo apenas os remédios do idoso comigo. Todo o resto tinha sido entregue. Para tentar agilizar, fui correndo. Eu não tinha nenhum preparo físico, era meramente acima de alguém sedentário. Não tardou que o fôlego me faltasse e eu tive que voltar a caminhar. Certamente eu tinha que me dedicar mais aos treinos de preparo físico e luta. Após muito caminhar, conseguia chegar aos pés da montanha.

Era estranho que a casa de um idoso fosse nas montanhas, afinal, se ele precisasse de ajuda, ela poderia simplesmente demorar. Comecei a súbita quando subitamente fui invadido pelas lembranças da conversa com Mímir. Cada passo era difícil morro acima. Eu tinha que tomar cuidado para não deslizar nas pedras ao pisar nelas. "Preciso conversar com o Velho de novo. Vou fazê-lo me contar tudo o que ele está escondendo!"

Parecia que eu tinha encontrado a casa do velho entre umas árvores. Bati na porta e prontamente ele me atendeu. —— Senhor José? Tenho aqui comigo teus remédios.. entrar? não.. não... ok. —— Entrei na casa do homem e me sentei em uma cadeira. Ele insistiu que eu comesse alguns biscoitos com ele, disse que tinham acabado de sair do forno. Comi alguns biscoitos e estavam realmente bons. Deixei os remédios em cima da mesa enquanto continuava a comer mais alguns. O velho fez algumas perguntas sobre minha função e se eu fazia muitas missões. Curiosidade normal. Respondi todas elas até que realmente eu precisava ir embora.

Agradeci ao senhor por toda a hospitalidade e ele pediu que eu viesse entregar o remédio dele as próximas vezes, que nem todo mundo era simpático e estavam sempre com pressa. Desci as montanhas calmamente, tomando o mesmo cuidado com as pedras. Quando em solo firme, fui em direção ao Quartel General. Chegando lá, anotei todas as informações da missão e entreguei a senhora que sempre me entregava elas. Dali eu ia direto para casa, pensando se Mimir estaria ou não lá e casa, eu tinha pendências a tratar com o velho. Para o meu azar, quando cheguei, percebi que o velho não estava e isso me deixou um pouco irritado. Fui para meu quarto e me tranquei ali enquanto procurava algum livro para ler e me distrair até ter sono.

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29.12.18 23:51

—— Outra missão Rank D

Estava saindo tranquilamente da Biblioteca quando fui abordado por um ninja esbaforido. —— Deixa eu adivinhar... tem uma missão para mim? —— Sorri ao comentar isso. O garoto assentiu com a cabeça e me pediu para acompanha-lo. Não apenas caminhava rápido, o garoto praticamente estava correndo. Perguntei qual era a urgência da missão e ele me respondeu, causando certo espanto em mim: —— A senhora Feudal perdeu algumas joias muito importantes dela e fomos chamados para procurar e investigar se não ocorreu nenhum roubo. —— Fiquei um tanto quanto impressionado pela forma como o garoto estava assustado com aquilo. Talvez ele conhecesse melhor a hierarquia da vila. Eu sabia que o senhor feudal era a principal voz civil, enquanto tínhamos uma voz que nos comandava militarmente e que tinha poderes equilibrados entre ambos.

—— O meu pai... e-ele trabalha n-na casa do Senhor Feudal... E-estão desconfiando que pode ter sido e-le.. mas ele jama... jamais faria isso... —— O garoto parecia estar chorando, eu podia notar o soluço contido em sua voz. Ele parecia ser sincero, mas eu também não poderia julgar o pai dele sem conhecer, mas sempre acreditava no melhor das pessoas até que se provasse o contrário. Não tardou e chegamos lá na casa do senhor feudal. Aparentemente tínhamos sido os primeiros. Caminhei até uma mulher e perguntei qual era o objeto que deveríamos tentar encontrar e ela disse que era um colar com pedras brancas que seriam muito caras e raras. Por um segundo me deixei distrair porque um homem gordo e com um bigode estava gritando com um outro mais magro embora parecesse que poderia derrubar o mais gordo com um único golpe. Enquanto olhava ambos, percebi a forma como o garoto olhava a cena e me ocorreu que provavelmente era o pai dele ali e o gordo que estava gritando como um maluco seria o senhor feudal.

Me aproximei do garoto e comentei baixinho: —— Vamos lá achar esse colar e esfregar na cara dele e da pomposa ali. —— Ele conteve as lágrimas e entramos os dois na casa. Eu fui para os lugares mais óbvios primeiro. Primeiro fui no quarto. Olhei por cima dos balcões e mesinhas e também embaixo da casa. Nada. Vasculhei os lençóis os chacoalhando, também os travesseiros. Nada ainda. Fui até o banheiro e olhei pela pia e gavetas. Sabia que mamãe sempre tirava seus brincos e outras coisas na frente do espelho, então era meio lógico. Mas não encontrava nada também. Voltei para próximo a cama e olhei ao redor, buscando ver aonde eu poderia olhar mais. Tinha um guarda roupa e fui até ele. Vasculhei as diversas caixas e não achava nada parecido com o colar. Já estava quase desistindo quando comecei a enfiar as mãos nos bolsos das roupas, afinal, eu mesmo esquecia algumas coisas ali as vezes... AH! Achei! Estava dentro de um casado cheio de penas preto.

Eu trazia um sorriso nos lábios provocador enquanto caminhava para fora da casa. O garoto estava lá e quanto viu o objeto na minha mão soltou um longo sorriso e abraçou seu pai forte. Certamente que não poderiam desconfiar do homem, afinal, ele esteve lá fora o tempo todo. Entregando na mão do senhor feudal, mudei minha expressão ficando sério e comentei de forma ousada: —— O senhor deveria procurar melhor antes de acusar alguém. ——  Ele franziu o cenho e começou a abrir a boca para falar quando um homem surgiu do nada e tomou a corrente das mãos do senhor feudal. Ele pediu que eu fosse atrás. Confesso que fiquei tentado a não fazer nada, afinal, minha missão estava completa. Mas aquilo poderia me trazer problemas maiores ainda e quem sabe se eu não pegasse de volta, o homem não me entregaria aos superiores ninja pela afronta. Comecei a correr em direção ao ladrão. Ele não era tão rápido, talvez nem fosse um ninja e sim apenas um patife mesmo.

Me utilizando de uma técnica básica, flui chakra até meus pés e isso me forneceu um boost de velocidade. Pouco a pouco eu me aproximava do homem até que consegui ficar próximo a ele, o suficiente para colocar meu pés entre suas pernas e derrubá-lo ao chão. Ele caiu e rolou, soltando o colar. O garoto estava logo atrás de mim e pegou o colar. Eu, fui até o homem e lhe questionou os motivos daquilo. Vivíamos uma época de paz, não necessário. Concentrei chakra em minha mão esquerda para potencializar meu movimento e desferi um soco no rosto do homem, desacordando-o. —— Me ajude, pega nas pernas dele. Não consigo carrega-lo sozinho. —— Por sorte meu parceiro de missão tinha mais força que a minha e conseguiu compensar o meu pouco desenvolvimento em aspectos físicos.

Retornamos até a casa do senhor feudal e já tinham chegado outros ninjas ali, até alguém de patente superior. Ele se aproximou de mim para saber o que tinha acontecido: —— Eu tinha encontrado a joia e entreguei ao senhor feudal. Então esse homem passou correndo e pegou a joia da mão dele. Fui atrás dele e tive que usar da força para detê-lo. —— O homem concordava com minhas palavras e disse que dali em diante eles iriam assumir com o homem. Pedi autorização e me afastei. Me despedi do jovem que fez a missão comigo e fui em direção ao Quartel General. Chegando lá fiz as anotações referentes a missão e a senhora que as distribuía disse que consideraria uma Rank D minha captura do bandido. Fiquei contente, receberia recompensa dobrada. Ela me questionou sobre o acontecido com o senhor feudal e eu a expliquei como ele tinha agido com injustiça. Ela me disse os poderes eram paralelos mas dependiam um do outro e que o senhor deveria existir, afinal, o senhor feudal pouco interferia em assuntos militares. Pedi desculpas pelo acontecido e entreguei os relatórios a ele. Após isso, fui para casa. Em nenhum segundo durante o trajeto me arrependi do que tinha dito, mas compreendia também o que a senhora queria dizer e ali comecei a perceber que o silêncio também era uma capacidade importante.

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30.12.18 13:56

—— O pervertido e a patricinha

Mamãe estava de folga aquele dia. Quando mais novo, sempre que ela estava de folga, eu tentava aproveitar o máximo sua presença. Seu trabalho sempre nos separava. Assim como acontecia com papai. Antes eu não entendia os motivos deles não poderem ficar em casa. Hoje, um ninja com obrigações com minha vila, posso compreendê-los. Era cedo quando levantei para ir me exercitar. Passei na cozinha e conversei brevemente com mamãe. Ela perguntou como estavam as missões e se eu não estava me arriscando de forma desnecessária. —— Até o momento está tudo tranquilo, mamãe. Eu faço apenas missões rank D e as vezes algumas Rank C. Esses dias tive que capturar um ladrão, mas ele não tinha habilidades ninjas, então foi um tanto quanto fácil. Acho que Tenma deve pensar a mesma coisa. Nossa vila está bastante tranquila e tem apenas problemas esporádicos. ——

Ela me desejou um bom dia e sai de casa. Estava com minha roupa ninja comum e comecei a dar uma breve corrida logo que sai de casa. O dia estava começando a ficar mais quente e os filetes de suor começavam a escorrer pelas minhas têmporas. Eu tentava coordenar meu corpo nos movimentos, embora eu não possuísse nenhum virtuosismo físico. Dei algumas voltas no campo de treinamento e depois fui para o quartel general ver se tinha alguma missão para realizar. —— Hoje temos uma missão um tanto quanto estranha, Kafka. Algumas garotas estão reclamando que um jovem de uns vinte anos anda espiando elas nas saunas e águas terminas espalhadas pela vila. —— Certamente era algo inusitado. Peguei o mapa e vi todos os locais que eu deveria ir. Me informaram que o taradão gostava de um em específico, perto das montanhas. Me coloquei em caminhada na direção do local. Chegando lá, comecei a perguntar aos funcionários do local se eles tinham visto um homem de cabelos amarelos na altura das costas. Eles me informaram que ele estava ali espionando garotas e que já tinha pedido para ele sair, mas o homem sempre voltava após fingir ter ido embora.

Fui nos locais procurando pelo homem, passando pelas saunas e águas termais. Ainda não tinha sinal deles. Ouvi um grande número de risadas femininas e resolvi ir na direção delas. Diversas garotas estavam se banhando e ouvi uma delas gritar e apontar para uma grande pedra. Olhei e pude notar uma cabeleira amarela escondida. Corri até lá imediatamente. —— Aí está você! O que tá fazendo? Isso é errado e terei que tomar providências. —— O homem tentou se explicar mas a cada palavra ele se complicava mais ainda. Pedi que ele não criasse resistência e que me acompanhasse. Ele disse não ser ninja e apenas gostar de garotas. Mas o conduzi para fora do local e até a polícia da Vila. Lá eles iriam iniciar um procedimento por desordem pública e deixar o taradão preso por um dia para ele aprender. Ao menos isso que me disse o chefe do local. Tinha retornado ao QG para explicar minha missão e fazer o relatório quando a senhora me pediu mais uma missão.

—— Kafka... os seguranças dessa moça se demitiram e ela é filha de um destacado membro da hierarquia da União do Fogo. Será que você poderia acompanha-la em alguns afazeres? —— Aquilo não me parecia boa coisa, mas me negar ao serviço também não era. Concordei com a cabeça e sai com as mãos enfiadas no bolso. —— Então, o que vamos fazer? —— Perguntei a jovem de cabelos negros e longos. Ela disse que tinha que comprar uma coisa ou outra em alguns lojas. Eu caminhava ao seu lado sem saber exatamente minha função ali. Se eu deveria protege-la, eu não precisava estar tão próximo a ela, até para evitar que alguém nos seguissem e eu não percebesse. Eu estava olhando de um lado ao outro quando senti algo bater em meu peito. Olhei imediatamente e a garota me entregava um monte de sacolas. Por alguns tive a ingenuidade de não entender o que ela queria dizer com aquilo. Mas ali estava eu, um genin da União do Fogo reduzido a um carregador de sacolas. Franzi meu cenho e peguei as sacolas com um pouco de força, demonstrando minha óbvia irritação.

—— Vai demorar muito ainda? —— perguntei a garota. Ela disse que tinha só mais umas "coisinhas" a comprar. Grande ilusão. Ela demorou mais duas horas fazendo compras! Por sorte tudo que ela comprava se resumia a roupas, o que tornava mais fácil de carregar e não exigia tanto do meu físico ou eu estaria em problemas. Tentava de todas as formas carregar as sacolas que ela ia me entregando. Em determinado momento eu já nem as pegava mais, a garota ia praticamente pendurando-as em meus dedos. Enquanto existia um pedaço de pele disponível, a garota ia colocando as alças da sacola ali. Eu caminhava com dificuldades, tentando enxergar as coisas a minha frente, mas a dificuldade era grande. Quando ela disse "terminamos", pensei ter ouvido uma das mais belas palavras na minha vida. Aquilo era um saco. Era um saco ser reduzido a carregador de compras de uma filhinha de rico. Infelizmente eu precisava manter a calma e compreender que era normal fazer missões desse tipo.

"Ah! Vão ter mais missões dessas!" Já estava lamentando de antemão e desejando que meus próximos empecilhos fossem bandidos poderosos que colocassem minha vida em risco e não isso de ficar carregando sacolas para todos os lados. Tive de ir ainda até a casa da mulher e quando fiz a entrega, ela nem me agradeceu. Retornei um pouco irritado para o Quartel General, mas chegando lá fiquei mais calmo ao receber minhas recompensas. Fiz meu relatório detalhando a maravilhosa missão que eu tinha realizado e depois fui para casa, ainda irritado. Quando cheguei em casa, comi algo e fui para meu quarto, peguei meu livro e comecei a ler. O dia tinha transcorrido sem que eu pensasse nas palavras do Velho, mas agora ali, em silêncio e sozinho, esses pensamentos me invadiam. Deixava o livro de lado porque não conseguia manter minha concentração e a leitura se tornava infecunda, comigo esquecendo a linha que acabara de passar os olhos.

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30.12.18 17:35
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31.12.18 17:46

—— Master Chef Shinobi

Eu adorava comer guloseimas. Mas era péssimo na cozinha. Talvez fosse apenas a falta da prática, afinal, quase nunca eu tinha que fazer algo. Se realmente ficávamos bom em algo apenas com a repetição, então essa era a causa de eu não evoluir meus conhecimentos gastronômicos. Na verdade, para não ser injusto comigo, eu sabia fritar ovos e, obviamente, fazê-los cozidos na água quente. O que qualquer pessoal por mais desajeitada deve conseguir. Lembro disso porque em uma missão fui convocado a ajudar em um restaurante. Em verdade, eu estava agora mesmo caminhando na direção do restaurante. Um ninja tinha me entregado um pergaminho pouco tempo atrás e escrito nele trazia a requisição da minha presença no local indicado. Chegando lá, me apresentei: —— Kafka Senju, senhora. Gostaria de confirmar... é realmente meu nome que consta na lista? É difícil crer. —— Eu sorria após minhas palavras, demonstrando óbvia gozação nas palavras.

A mulher me passou uma lista de ingredientes após confirmar que era realmente eu o escolhido. Pensei aliviado "ok, eu conheço ao menos ingredientes, isso não é tão difícil. Comecei a pegar um a um. Ovos, leite, água, alface, maçã, banana, manteiga, macarrão. Ia colocando os ingredientes conforme a receita, separando-os sobre a bancada. Depois a pessoa iria fazer as receitas. Pelos ingredientes, seriam doces e salgados, me parecia. Coloquei água esquentar em diversos locais, era necessária muita água. Ouvi alguém chamar meu nome e fui até a pessoa. Me pediram para cortas algumas coisas e me mostraram o formato como deveria ficar. Assenti e peguei a faca. Eu estava devidamente caracterizado com uma roupa branca e uma tela na cabeça para evitar que caísse algum cabelo, como me explicaram. Com a faca, comecei a fazer movimentos lentos, mas firmes. Me faltava destreza com aquele objeto. Eu não era ninja médico nem nada similar, o máximo que fazia era usar kunais e shurikens e os movimentos era radicalmente distintos. Pouco a pouco eu ganhava confiança em ir cortando de forma mais rápida. A mão direita ia pegando as cenouras e a esquerda ia as picando em pedaços pequenos.

Finalizado com as cenouras, passei a cortar agora carne. Novamente me fizeram uma demonstração e deveria ficar em pedaço bem pequenos. Quando a faca começou a atravessar a carne, percebi imediatamente que o material era mais duro e difícil de cortar que as cenouras. Embora as cenouras fossem duras, a carne era resistente. Mas o fio da navalha da faca facilitou tudo quando me entregaram uma específica para aquele serviço. A lâmina cortava a carne com facilidade, atravessando-a até tocar a madeira que estava embaixo, causando uma pequena marca nela devido ao excesso de força que usei pela falta de habilidade. Colocava os pedaços de carne todos em uma pequena bacia e ia cortando diferentes tipos de carne: porco, frango, gado. Cada uma delas mostrava uma dificuldade distintas e exigia que eu me adaptasse rápido e compreendesse os pequenos segredos do corte.

—— Kafka! Kafka! —— olhei para ver quem me chamava e fui imediatamente até a pessoa. —— Estamos com falta de alguns ingredientes, você poderia ir no mercado e compra-los? —— Concordei imediatamente e embolsei uma quantidade de ryous. Trazia comigo uma lista de ingredientes que deveria comprar. No fim era os mesmos que eu tinha organizado. Fazia sentido. Por serem os mais simples e mais utilizados, demandavam sempre a reposição. No mercado eu buscava antes de mais nada pegar uma cestinha em que eu pudesse colocar os ingredientes. Depois comecei a ler as indicações nas placas e me localizar. "Preciso de ovos, açúcar, leite, queijos e carnes. Isso pode demorar um pouco."

"Bom, eu nunca gostei de bananas verdes. Então devo pegar as mais amarelas. Maçãs... hm... já comi uma verdade uma vez e era boa. Mas vou levar as bem vermelhas mesmo." Apertei uma delas como que em um impulso como fazia em casa. Ela estava durinha, mas não parecia muito. Eu esperava que estivesse escolhendo as frutas de forma adequada. Peguei algumas cenouras e então parti para a parte mais difícil que era os queijos, carnes e similares que eu não sabia como escolher e jamais tinha reparado em como a mamãe os escolhia. Sempre que ela estava pegando esses produtos, eu e Tenma estávamos em outro setor pegando guloseimas para comer.

Cada vez que eu chegava em um setor, começava a conferir as opções uma a uma e tentar descobrir sozinho qual seria o melhor. Era difícil, eu não sabia a finalidade de cada ingrediente. Na dúvida, comecei a pegar duas opções de cada. Se não usassem hoje, talvez outro dia. E tinham me entregado bastante ryous, deveria dar. Coloquei tudo em sacolas e fui em direção ao restaurante. Chegando lá, retirei tudo de dentro das sacolas e fui colocando nas bancadas. Vi a louça se acumulando na pia e fui até lá. Resolvi começar a lavar. Também não tinha muito jeito para aquilo, a falta de prática novamente. Quase deixei algumas pratos cair em diversas ocasiões. Minhas mãos estavam ensaboadas e quando pegava os pratos, eles me escapavam dos dedos. Por sorte não quebrei nenhum deles. Ou a sorte mesmo foi eles serem feitos de materiais resistentes.

Os responsáveis pela preparação dos alimentos já tinham as servido. Eu ficava olhando pela janela as pessoas comendo e variadas expressões faciais. Retornei e fui terminar de secar a louça. Prato por prato, talher por talher. Eu os secava e ia guardado nas gavetas que os organizavam. Pouco a pouco os clientes iam saindo do restaurante e outras pessoas podiam me ajudar nas tarefas finais organizativas e de limpeza. Me agradeceram a ajuda e a dona do restaurante pediu que me fosse dada uma missão Rank D pelo fato de eu ter ido comprar os alimentos que ela precisava. Agradeci pelo dia e fui para o quartel general. Chegando lá, entreguei o pergaminho e também fiz as anotações referentes sobre as missões e tudo que eu tinha feito durante o dia lá no restaurante. Peguei minha recompensas e fui para casa. Mais um dia finalizado com satisfação e sem nenhum risco. Eu já estava ficando um pouco entediado com a facilidade das missões, mas não podia fazer muito a respeito, apenas realiza-las conforme a necessidade da vila.

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01.01.19 15:34

—— Dando uma mãozinha

Eu tinha realizado nos últimos tempos tantos serviços braçais que eu estava até criando certa destreza e resistência muscular. Eu já não aguardava mais que viessem me chamar em casa para as missões. Ia até o quartel general toda manhã após correr um pouco em volta do Campo de Treinamento. Eram treinos simples que visavam apenas manter meu condicionamento, não existia grande esforço ou um treino que melhoraria minha capacidade respiratória em muito. Certamente que esses pensamentos não eram mais que reflexões simples que algo facilmente notável. Afinal, quando corremos, ficamos cansados. Se corremos todos os dias, acabamos por nos acostumar aquilo. Portanto eu me exercitava todos os dias. Gostava de praticar esportes. Quando cheguei no Quartel General, fui direto na sala em que recebíamos missões e perguntei se tinha alguma para mim. Tinham uma: pintar a casa de um homem que tinha quebrado o braço. Concordei e guardei o pergaminho da missão com as informações necessárias.

Caminhava pela vila tranquilamente, procurando pela casa do homem. Vez e outra conferia o pergaminho com o endereço e após caminhar mais um pouco, encontrei a casa. Bati palmas na frente da casa e aguardei. Não foi muito difícil saber que estava na casa certa, afinal, o homem com um braço quebrado veio me recepcionar. —— Bom dia, senhor. Fui designado a fazer uma pintura na casa do senhor. Posso entrar? —— Autorizada a entrada, passei pelo portão. O homem me mostrou o quartinho em que guardava as tintas e demais acessórios para a pintura. Peguei alguns pincéis com uma mão e trouxe a tinta azul com a outra mão. Estava na frente da casa e o homem explicou que eu deveria jogar um pouco de água e colocar a tinta em um recipiente diferente para misturar n'água. Fiz isso e mexi. A tonalidade mudou um pouco, ficando levemente mais clara. Era hora de começar o serviço. O dia estava quente, com o sol a açoitar minhas costas sem piedade.

Me curvei, molhando a ponta do pincél na tinta e depois a levando até a madeira. Meus movimentos iam e vinham lentamente, subindo e descendo pela madeira. Sua cor, anteriormente sem vida, agora era revivida, ganhando nova tonalidade, um sopro de cor. Logo percebi que minha tática de pintura tinha um erro. A casa era alta demais e eu não alcançaria seu topo. Isso me geraria um tempo extra muito grande pegando a cada toda vez. Comecei a olhar para os lados, buscando algo, mas sem saber exatamente o que. Vi uma vassoura e olhei para o pincel. "Pode ser que encaixe." Peguei e encaixei uma ponta na outra e por sorte se encaixou perfeitamente. Me questionei até se aquilo já não era para isso mesmo e apenas eu não sabia disso. Retomei a pintura. Agora eu tinha todo o alcançe possível e não precisei interromper mais meus movimentos, apenas para ir mais para o lado até que tinha finalizado a parede daquele lado. Passei ao próximo lado da parede. Eram quatro ao todo.

O homem se aproximou de mim e disse que eu estava realizando um bom trabalho. Agradeci o elogio e continuei a pintar. Os movimentos seguiam os mesmos e eu estava me divertindo fazendo aquilo. Era algo que eu nunca tinha feito em casa. O suór escorria pelo lado do meu rosto em filetes. Já estava terminando o último lado quando algo me chamou a atenção. Dois homens que eu nunca tinha visto antes passaram. Suas roupas não eram dos shinobis da Vila e nem pareciam as usadas pelos moradores normalmente.

Deixei o pincel na lata e me coloquei atrás deles. Me esgueirava pelos becos da Vila, evitando que eles me vissem ou notasse minha presença que fosse. Eles estavam sérios, mas as outras pessoas pareciam não notar eles. Não era comum forasteiros. Ou eu não os via com frequência assim. Eles entraram em uma loja. Parei perto de uma parede e fiquei acompanhando tudo do outro lado da rua. A movimentação era estranha, eles estavam... Não é possível. Meus olhos não acreditavam no que eu estava vendo. Eles estavam assaltando uma loja na União do Fogo? "Oha a audácia desses filhos da puta", pensei indignado. Preciso fazer algo. Mas tem muitas pessoas ali dentro, não posso causar um combate ali dentro, só se eu conseguir neutralizá-los imediatamente. Mas não sei a velocidade deles. É arriscado.

Eles saiam da loja carregando algumas coisas dentro de sacolas. Não tinha nenhum ninja ali próximo ou ninguém que eu tenha notado. Teria de agir sozinho. Comecei a segui-los novamente, evitando ser notado a todo custo. Eles começavam a adentrar a floresta e fui dimunuindo a distância deles, para que eu não os perdesse de vista. —— Ei! Aonde pensam que vão? —— Os homens pararam e olharam de volta, rindo. —— Do que estão rindo, patifes? Vão rir quando eu derrotar vocês e os jogar dentro de uma cela? —— Eles continuavam a rir e aquilo estava começando a me irritar, mas tentei me controlar. Era uma luta em desvantagem para mim, não poderia deixar que meus sentimentos falassem mais alto. Tentei controlar meus sentimentos e sorri de volta para eles. —— Podemos acabar com isso sem lutar, camaradas. Me devolvam as coisas que roubaram que tudo poderá se resolver e tenho certeza que vocês serão perdoados. —— Eles me ignoraram, obviamente.

"Vou ter que atacá-los então. Não me restam alternativas." Mentalmente calculei minhas chances em um ataque com meu armamento. Eu tinha a minha disposição kunais, shurikens, fios de açõs.. O que usar? No fim optei por um ataque direto. Caso desse errado ou eu morreria ou saberia as habilidades deles. Parti correndo na direção do mais à direita. Me utilizava do Shunshin no Jutsu para obter o máximo de rendimento ao fluir chakra para minhas pernas e pés, buscando aumentar minha velocidade. Quando próximo do inimigo, joguei meu braço esquerda na direção do seu rosto, tentando acertá-lo com um soco. O homem não teve muitas reações e tomou o golpe do meu punho coberto de chakra. Embora eu não possuísse muita força, a velocidade com que realizei o movimento ajudou com a aliança da técnica de chakra. Ele caiu.

O outro deu dois passos para trás e de repente o riso se desfez e se tornou uma expressão de medo. Eu estava confiante após meu primeiro ataque e avancei contra o segundo também me utilizando do Shunshin e fluindo chakra para meu punho esquerdo. O segundo desabou também. Eles não tinham habilidades ninjas aparentes. Facilmente foram dominados por um Genin, mesmo que já mais adiantado em seus treinamentos e experiência. Peguei meu fio de aço e amarrei ambos a uma árvore. Eu não tinha força para levá-los. Por sorte logo em seguida chegaram outras ninjas que tinham sido avisados sobre o assalto e vieram atrás. —— Esses são os patifes que assaltaram agora pouco a loja no centro da cidade. —— Eu estava um pouco irritado com eles ainda e me aproximei dos dois e falei baixinhos encarando-os: —— Não vão ficar sorrindo agora, seus patifes?! —— Um ninja se aproximou e disse para eu me acalmar. Ouvi ele e me afastei. Informei os pormenores do assalto e como tudo ocorreu. Também minha perseguição e consequente captura deles. Não restava mais nada ali para eu fazer.

Enquanto caminhava lembrei que tinha faltado um pequeno pedaço na casa do homem ainda e fui até lá. Estava tudo no local e o homem acenou quando me viu entrando em seu terreno. Expliquei a ele o que tinha acontecido e era por isso que eu não tinha terminado tudo. Voltei a pegar o pincel e retomei os movimentos lentos e ordenados, contrariando minutos atrás em que eu estava tenso e agitado. Pouco depois estava tudo pintado. Peguei os pincéis e os levei até uma torneira, limpando-os. Ali aprendi uma lição importante. Eu não deveria ter deixado o pincél com tinta durante tanto tempo. Acabou secando. Foi um tanto demorado conseguir retirar toda a tinta seca dos pincéis mas no fim eu consegui. Levei tudo para o quarto e organizei lá. —— Ah! Que dia agitado, ein? Ainda bem que deu tempo de terminar tudo antes que anoitecesse. —— O homem pediu mais detalhes da minha luta com os bandidos e ficou ainda um pouco ali contando a ele. O homem estava com o braço quebrado, mas se imaginava fazendo tudo aquilo que eu lhe contava, embora não fosse ninja, gostava de imaginar que poderia ter sido. No fim de despedi dele e fui para o Quartel General. Lá fiz todas as anotações referentes às missões e detalhei meu confronto com os ladrões.

"Ah! Vai dar trabalho tirar a tinta dessa minha camiseta. Mamãe vai me matar." Cheguei em casa e fui direto trocar de roupa para colocar lavar a que eu estava usando. Chamei por todo mundo, mas não tinha ninguém em casa, talvez ainda não tivessem chego do trabalho e Tenma estivesse em missão por aí. Tomei um banho e fui para o quarto ler um pouco. Minha evolução era lenta, mas eu aproveitava minhas missões e sentia que embora lenta, a evolução ocorria.

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01.01.19 23:56

—— O gatinho

Estava deitado em minha cama quando ouvi a voz de mamãe me chamar. Alguns dias ela conseguia chegar um pouco mais tarde no serviço. Embora em compensação também saísse um pouco mais tarde. Algumas vezes eu nem a via no dia. Eu ainda estava sonolento e tentava lutar para abrir meus olhos, mas ela veio até mim e me chacoalhou na cama de forma que despertei mesmo que a contragosto. —— Kafka, você perdeu a hora, meu filho. Estão na porta de casa te esperando. —— Assustado, saltei da cama rapidamente e corri para o banheiro me lavar. Sai apressadamente e vesti minha roupa. Sem nem mesmo pentear os cabelos sai e fui até a porta atender. Era um ninja genin que estava me aguardando para me dar uma missão. —— Lamento tê-lo feito esperar, meu camarada. Agradeço. —— Peguei o pergaminho com uma mão enquanto que com a livre a levava a meus cabelos, arrumando-os para trás, evitando que eles ficassem caindo em meus olhos. A missão parecia ser simples. Uma cliente tinha relatado que seu gatinho tinha sumido e eu deveria ir acha-lo. Era incrível como as pessoas perdiam coisas. Não que gato seja uma coisa, mas entenderam.

Voltei ao quarto e terminei de me arrumar, penteando meu cabelo para trás e colocando a minha bandana no meu braço esquerdo, amarrada na altura do bíceps. Sai de casa e procurei pela casa da cliente. Chegando lá, encontrei uma garota de uns dezoito anos e muito bonita. Suas características físicas eram de saltar os olhos. Entretanto mantive a calma e o respeito, estava em missão e não iria desrespeitá-la de forma alguma. Com a maior da seriedade do assunto questionou algumas coisas como a última vez que viu o animal, aonde ele estava, se ele fugia com frequência e quanto tempo ficava fora de casa quando acontecia. Tendo todas as respostas, resolvi começar a procurar. Obviamente fui para dentro de casa olhar primeiro em todos os cômodos, mesmo com as palavras de protestos da garota que dizia que eu estava perdendo um tempo importante. De fato ela se mostrou certa. Após vistoriar todos os locais dentro da casa, não encontrei o bicho. Fui para fora. Eles tinham um grande jardim e árvores, um local bem convidativo para um animal. Comecei a imitar o som que fazíamos ao chamar gatos e olhar atentamente procurando qualquer movimentação ao redor e também nas...

"O que é isso? Semicerrei os olhos e vi algo esbranquiçado em uma árvore, em seu galho. Caminhei até lá e pude ver o bicho assustado lá querendo descer. Tive que começar a subir a árvore. A árvore era enorme, o que dificultou bastante a subida, pois eu não conseguia "abraçar" seu tronco. Quando o alcancei, por sorte o animal não se assustou ainda mais e nem me atacou, mas se deixou pegar tranquilamente. Fiquei surpreso com aquilo, não era uma reação normal. Desci com cuidado e entreguei ele nos braços da dona. Ela me agradeceu. Fui para o quartel general e fiz meu relatório da missão. Quando o terminei, fui para casa, queria terminar de ler um livro.

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02.01.19 23:58

—— Entrevistas

Tinha sida convocado logo cedo para comparecer ao Quartel General. Dizia no pergaminho que era urgente. Assim que recebi o pergaminho, fui até lá. Algumas pessoas estavam lá ao redor do Líder militar da vila. Ele me puxou para perto dele e me disse o que eu deveria fazer: —— Kafka... você deverá ajudar eles a conseguirem entrevista para uma publicação que estão criando. Confio em você. —— Certamente que tinham jogado um problema para eu resolver, mas não discuti, concordei com vigor e sai junto de dois homens e uma mulher. —— O que posso ajudar vocês? —— Eles disputaram para ver quem iria responder a pergunta até que a mulher conseguiu vencer a guerra privada pela palavra. —— Precisamos entrevistas pessoas de destaque do vilarejo, que possa atrair pessoas e que elas possam se inspirar. —— Pensei por alguns instantes enquanto caminhava para fora do Quartel General. "Bom, não pode ser o Senhor Feudal nem o Líder, eles não parecem ter paciência para isso. Quem eu conheço que poderia me ajudar? Ah! Claro!" Me veio na cabeça a famosa chefe que eu ajudei alguns dias atrás em seu restaurante. Poderia ser muito bom para ela, publicidade gratuita. —— Eu conheço a dona do melhor restaurante da União do Fogo, garantido e disparado. —— Eles pareceram entusiasmados e caminhamos até lá.

Com os olhos procurei Paolo entre seus funcionários. Alguns paravam para trocar poucas palavras comigo, cortesia. —— Ei! Paola. Esses são entrevistadores e eles queriam entrevistas alguém que é um grande exemplo na UdF. Eu sugeri você. O que acha? —— Ela ficou um pouco vermelha, mas concordou de forma confiante. Quando eu achei que tinha me livrado do serviço, soube que eu deveria ajudar a fazer a entrevista. Sugestão do dono do negócio. Peguei uma pergunta que me passaram e comecei: —— Paola, você que é uma referência dentro da União do Fogo e do seu ramo, como foi que surgiu teu interesse pela gastronomia? —— Eu li a pergunta apenas adicionando coisas como nome - profissão - ramo. Eram perguntas padrões. Paola respondeu que sua mãe era uma boa dona de casa e fazia comidas deliciosas e que isso serviu de inspiração a ela. Os outros três bombardearam Paola com diversas perguntas agora que eu não iria mais falar, pelo visto. Ela respondia com calma a todas as perguntas, parecendo gostar mesmo de ser o centro das atenções.

Me deram um esbarrão e me passaram outra pergunta. Prestativo, peguei o papel e comecei a ler: —— Como você vê o ramo da gastronomia na União do Fogo, quais seriam as tuas dicas para quem quer iniciar nessa área? —— Ela demorou um pouco mais a responder essa pergunta. Como seria algo escrito, não sei se faria diferença ela demorar ou não. Eu jamais tinha participado de qualquer trabalho desse tipo. Após uma longa reflexão ela informou que o importante é fazer tudo com o máximo de amor possível e ter paciência pois existem altos e baixos, sendo natural da vida. A resposta dela me fez refletir sobre minha própria condição shinobi. Eu queria missões mais perigosas, evoluir nelas, enfrentar inimigos poderosos. Mas eu ainda não atingia esse nível, não iriam me mandar em missões desse tipo tão cedo. Mas eu deveria ter paciência. É a vida. Estava finalizada a entrevista. Eles nos agradeceram e saíram. Paolo me deu um toque no braço enquanto eu ia deixando o restaurante. Ela me pediu um "grande" favor, que eu ajudasse na limpeza do porão deles. Concordei com um sorriso nos lábios.

Descemos eu e ela até lá e tinha muitas coisas. Uniformes de todos os tamanhos, alimentos não perecíveis, jogos de talheres nunca usados. "Isso vai dar trabalho', pensei enquanto retirava algumas coisas do caminho para poder caminhar. Comecei o serviço pegando um pano e passando nas prateleiras, limpando-as. O pó era tanto que tive que passar água no pano após Paola me orientar a fazer isso. Caso contrário, a poeira continuaria a se elevar e aquilo já estava me causando desconforto respiratório. Peguei pedaços de pergaminho e anotei neles o nome do conjunto de itens que estaria naquela prateleira. Uniformes, alimentos, utensílios. Assim estavam separados os itens. Comecei a coloca-los nas prateleiras. Algumas coisas eram tão antigas que já não tinham mais uso. Essas coisas eu ia jogando em um saco aonde jogaria tudo no lixo. Pouco a pouco o saco ia enchendo. O material, não o meu.

—— Gostou da entrevista? —— Comentava enquanto ia colocando mais algumas coisas no saco. —— Ah, sim. Foi ótima. Fico muito feliz que você tenha lembrado de mim. Talvez isso ajude a trazer mais cliente. Fico muito grata, Kafka. Inclusive pode trazer tua família aqui que será por conta da casa. —— Sorri em agradecimento. "Ok. Agora preciso varrer, tirar essas teias de aranha e tudo estará pronto." Peguei a vassoura e comecei a passa-la em todos os cantos, retirando o pó acumulado de muito tempo. Como Paola comentou, aquele porão não era usado tinha muito tempo e como o mantinha lacrado, não tinha problema. A área não era tão grande, mas também não era pequena. Chegou a doer um pouco meu braço. —— Acho que é isso. Falta só levar os sacos para fora. —— Encostei-me na parede e descansei um pouco enquanto soltava algumas risadas. Paola me abraçou em agradecimento. Sorri de volta. Me despedi dela e peguei os sacos de lixo, subindo as escadas com eles. Atravessei todo o restaurante e os joguei em um grande latão. Paolo jogou o restante. —— Acho que é isso então. Vou indo nessa. —— Ela me agradeceu novamente e me entregou um pergaminho requisitando a ajuda como uma Rank D. Agradeci a consideração e fui para o Quartel.

—— Hoje foi cansativo. —— Comentei com a senhora da missões. Entreguei a ela o pergaminho de Paola enquanto eu fazia as anotações necessárias sobre as missões que eu tinha realizado. —— Como foi lá, meu jovem? —— Era o Líder Militar. Me levantei rapidamente e fiz uma reverência. —— Tudo certo, senhor. Tudo como o planejado e desejado —— Ele tocou meu ombro e saiu. Entreguei os pergaminho e fui para casa.

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04.01.19 16:28

—— Um novo dia!

Um novo dia amanhecia. Abrir os olhos e pensei o que faria naquele dia. No anterior eu tinha passado o dia todo na cama lendo. Estava com um mal estar e por isso não pude realizar nenhuma missão. O dia inteiro revezei entre ir na cozinha me alimentar e tomar chás que mamãe preparou e retornar para o quarto e ler meu livro. Estava lendo sobre mitologia antiga. Desde os primeiros dias do mundo, muitas foram as criações dos seres humanos para explicar aquilo que não compreendiam. Minha família não possuía nenhuma religião, mas eu li que ainda hoje algumas pessoas rezam para deuses de acontecimentos naturais como a chuva, sol ou até mesmo para pedir uma boa colheita. Os nomes dos deuses poderiam variar conforme a região e mesmo na União do Fogo provavelmente deveria existir pessoas que acreditavam em seres sobrenaturais. Saltei da cama e fui tomar café. Não sentir meu corpo doer era uma ótima forma de iniciar o dia. Eu não sabia exatamente o que eu tinha nem se os chás que tomei ajudaram. Vai saber, foi algum Deus que mamãe rezou. Ri dos meus próprios pensamentos enquanto tomava meu café. Me despedi de todos e sai correndo de casa.

Embora o dia estivesse sem sol, aquele ar úmido me deixou contente. Enquanto ia fazer minha corrida matinal, sentia gotas de água tocarem meu rosto. Passava correndo na frente da Academia quando ouvi gritarem meu nome. Não reconhecendo a voz, fui na direção dela curioso. —— Olá, sou genin também. Me designaram a te chamar em casa para uma missão. Mas você me encontrou primeiro. —— O garoto me entregou um pergaminho. Lendo descobri que a missão era ali mesmo na Academia. Eu deveria ajudar na orientação dos alunos e também entregar alguns panfletos educacionais. Concordei com a cabeça enquanto lia o conteúdo do panfleto. Basicamente eram orientações sobre comportamento, mensagens de motivação e da importância dos estudos para a vida. Peguei uma grande quantidade de panfletos e comecei a caminhar pela Academia, perto do portão de entrada. Vi uma dupla de garotos que pareciam um pouco perdidos, me aproximei. —— Olá, sou Kafka Senju. Estão procurando alguma coisa, querem alguma ajuda? —— Os garotos eram tímidos, talvez devido a idade. Pedi alguns documentos a eles e os orientei para a sala que eles deveriam ir.

Eles começaram a caminhar na direção, mas notei que pararam. "O que aconteceu?" me questionei. Fui até eles e notei que novamente eles pareciam perdidos. Teria que dar mais atenção a eles que normalmente dispensaria a outras pessoas. —— Vamos lá, me acompanhem —— dizia sorrindo enquanto aguardava eles. Cada passo meu eu olhava para trás para me certificar que eles estavam juntos a mim e não perder nenhum deles ou ainda os dois. Aqueles corredores me traziam boas lembranças do meu tempo de Academia, eu conhecia cada canto. Estava um pouco difícil de caminhar naquela manhã devido ao alto fluxo de alunos indo e vindo. —— Aqui está! Essa é a sala de vocês. Ah, esperem! Peguem esses dois panfletos pra vocês, pode ser muito útil. —— Eles entraram e buscaram sentar enquanto olhava o panfleto. Retornei até o local que eu estava e voltei a entregar os panfletos para todos os que iam passando junto com breves comentários sobre o conteúdo do panfleto.

—— Ei! Ei! Esse aí é  banheiro das meninas! —— Corri na direção de um garoto que ia entrando no banheiro feminino. Ele pediu desculpas e disse não saber, mas duvidei da sua palavra. Aquele sorrisinho safado indicava que ele sabia bem o que estava fazendo. —— Pegue um panfleto e o leia com atenção, meu camarada. [...] Aqui é o banheiro das meninas e ali o dos meninos! —— Gritava em meio a multidão para os preguiçosos que não olhavam a placa. As crianças notaram que eu estava ali para ajuda-lo a encontrar os locais, basicamente. Um após outra foram perguntando os locais. "Aonde fica a biblioteca? E o campo de treinamento? A sala da professora x? Do Sensei y?" Eu gesticulava indicando as direções, mas sem parar de ir distribuindo os panfletos. Resolvi após um tempo ir para fora da escola, no portão e conversar com alguns pais.

Dialogando com alguns casais pude notar algumas coisas. Raramente alguns deles queriam que seus filhos seguissem a carreira de shinobi, embora queriam que eles tivessem o básico de aprendizado dado a todos. A maioria demonstrava tristeza com o filho seguir o caminho ninja, embora eles elogiassem os ninjas. Talvez o trauma ainda não cicatrizado das guerras anteriores ainda permaneça. Eu não tinha muito conhecimento sobre os acontecidos, causas, consequências imediatas, nem nada. Sabia que minha família era tradicional de combatentes e que papai e mamãe não tinham preconceitos com a função ninja, papai era, até aonde eu tinha ouvido falar, muito forte. Mas nunca treinamos juntos nem nada parecido, ele estava sempre trabalhando. Como nossa vila estava crescendo, eu já notava nos corredores do Quartel General a necessidade de pessoas qualificadas para diferentes funções. Então mesmo as crianças que não queriam seguir carreira militar, teriam uma ampla variedade no horizonte. O sinal soou e as crianças entraram. Fecharam-se os portões.

Fiquei lá de conversa pro ar com antigos companheiros de Academia e senseis que não estavam em horário de aula. Conversa vai, conversa vem, esperei que o sinal do recreio tocasse. Quando isso aconteceu fui para o pátio e foquei apenas na orientação. Organizava as filas para pegar a refeição e depois para os alunos retornar às salas de aula. Cada a um eu ia reunindo as turmas e os orientando para a sala. Voltei para a sala dos professores e voltei a trocar experiência com eles. Sentia que em pouco tempo eu seria alçado ao cargo de chunin e poderia eu estar ali então ensinando os alunos da Academia. Não era minha vontade principal, eu desejava mesmo era me tornar cada vez mais forte e me tornar professor poderia atrapalhar isso, visto que eu teria que me dedicar a ensinar, preparação de aulas, avaliações e que tempo sobraria para evoluir individualmente? Mas tudo mudava rapidamente e nem sempre tínhamos controle do nosso destino. Na saída, orientei os alunos e os levei até seus pais. Estava terminado meu serviço. Ia saindo quando vi Mímir passar ao longe. "O que o Velho está fazendo aqui?" Sai correndo na sua direção, mas ele desapareceu entre as pessoas que estavam indo embora. Vê-lo me trouxe à mente os questionamentos de antes e agora mais ainda. Eu estaria no caminho certo? Estaria aproveitando e dando o meu máximo? Não saber quando ou porque eu seria treinado por Mímir voltava a me causar questionamentos.

Fui para o Quartel General e fiz todas as anotações referentes às missões realizadas. Sai de lá pensativo, as mãos nos bolsos. Quem me visse notaria certo desânimo em minha expressão. Não era exatamente tristeza ou desânimo, mas os questionamentos e a falta de respostas me deixavam preocupados. Quando cheguei em casa, fui para meu quarto após comer algo e tomar um chá. Tentei ler, mas novamente era atacado pelas dúvidas...

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04.01.19 22:40
AVALIAÇÃO

Aprovado
Interessante a forma como mesclou os enredos entre algumas missões que envolvem a mesma tematica

  • 1. Coerência:Ok
  • 2. Estrutura e fluidez:Ok
  • 3. Adequação à proposta:Ok
  • 4. Organização e ortografia:Ok


+ 150 de Experiência( 15*8(Rank D) + 30(Rank C) = 150)
+50.000,00 Ryous

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05.01.19 23:37

—— A obra de Arte

A arte desempenhava um papel especial na humanidade. Ela própria produzida pela humanidade, em alguns momentos parecia se elevar. Quem olhasse alguns exemplares do ser humano não poderia crer que tais animais fossem capazes de produzir algumas obras que conseguiam nos elevar o espírito, acalentar nossas almas, tornar a vida menos chata, menos cansativa. Eu sempre gostei de escrever. Provável consequência das minhas leituras. Desde cedo me acostumei a ler um bocado. Eu só tinha alguma habilidade para a escrita, em nenhuma outra consegui ter o mínimo de prazer. Muito culpa do meu desempenho pífio. Naquela manhã eu tinha sido convocado a ir ao quartel general. Mas deixe eu retroceder e não pular as partes. Mamãe estava em casa ainda e me chamou. Quando fui até a sozinha e tomei meu café, notei nela um olhar triste. Quando a questionei, ela disse que um romance que estava lendo... o personagem que ela mais gostava tinha acabado de sofrer um acidente e isso estava pressionando toda a família, pois o homem tinha se tornado um fardo a sua esposa e filhos. Ele tinha ficado incapacitado de andar. Acabou que ele se suicidou por vergonha ou pena da família, raiva de si mesmo; mamãe não soube dizer com exatidão, ela não decifrou o sentimento.

Certamente que eu não gostaria de estar no lugar de nenhum dos envolvidos. Nem poderia opinar sobre o que é estar em tais situações. Mas enfim, quando eu estava terminando de tomar café, alguém bateu na porta. Naquele horário só poderia ser missão para mim ou Tenma. Como eu não tinha o visto em casa, supus que era para mim. Caminhei até a porta e a abri. Confirmando minha suposição, o garoto me explicou brevemente a convocação e me entregou o pergaminho com a descrição da missão. Eu nem precisaria ir para o Quartel, poderia ir direto à casa de um artista. Ele era pintor, para ser mais exato. Agradeci o aviso e dispensei o garoto. Voltei para dentro e deixei o pergaminho sobre a cama enquanto trocava minhas vestes. Devidamente uniformizado com os trajes shinobi da União do Fogo, sai de casa. O dia estava tranquilo e o sol banhava minha pele sem causar a irritação dos dias excessivamente quentes. Sentia mesmo o ar balançar uma pequena mecha de cabelos que ficou de fora do rabo de cavalo que fiz. Minha bandana estava em meu braço esquerdo, acima do cotovelo. Quando cheguei na casa do artista, fui logo batendo na porta. Me atendeu um homem um tanto quanto inusitado. Ele era magro, cabelos negros, com um bigode negro fino e comprido para as laterais, tão compridos que ele chegou a fazer uma volta, enrolando suas pontas.

—— Olá, sou Kafka. —— O homem não disse nada, mas me mediu dos pés a cabeça e comentou sorrindo. —— Hmmm. Kafka. Tens nomes de escritor! Eu sou Dali! —— "Dali? Que nome esquisito. Pensando bem, até combina com a aparência dele." Entrei em sua casa e toda ela estava cheia de quadros, pinturas para todos os lados. Caminhei pelo local, olhando de quadro em quadro. Eram cores vivas, formas estranhas. Não entendia nada do que estava visualizando. Nem me parecia arte aquilo. Mas se eu tinha sido convocado para acompanha-lo com um de seus quadros, queria dizer que aquilo ali era valorizado de alguma forma. —— Qual é o quadro que iremos levar, Dali? —— O homem suspirou de alegria e caminhou em direção a um específico. Parecia uma cabeça com outras cabeças dentro dos olhos e boca. Eu não estava realmente entendendo nada, mas não era meu trabalho ser crítico de arte e sim segurança dele. Ele enrolou o quadro em um pano e saímos de casa. Eu ia caminhando ao lado dele, o quadro era pequeno, então ele conseguiu carrega-lo sozinho. Eu até me prontifiquei a leva-lo, mas o homem não gostou da proposta. —— Não! Não! Não! Ninguém toca nele... ninguém! —— Não insisti mais.

Mantive meus passos moderados, não acelerava nem diminuía. Tentava caminhar no passo de Dali, embora eu sempre estivesse atento a qualquer movimentação estranha na estrada. Eu estava em uma situação inusitada. Estava na companhia de um grande artista e ainda não tinha trocado palavra com ele sobre arte. Talvez eu não valorizasse o suficiente a pintura e acabasse menosprezando-a em relação à escrita. Resolvi iniciar conversa:  —— Me diga, Dali, o que a arte significa pra você? —— Ele pareceu ignorar minha pergunta de momento e continuou a caminhar. Eu nada mais disse, pensei que ele quisesse ter silêncio ou, talvez fosse se apresentar em público e estivesse um pouco nervoso. Eu ficava na época da escola. Quem sabe? Mas após alguns minutos de caminhada silenciosa, Dali rompeu seu silêncio: ——Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver. Sem a arte, a vida seria um erro ainda maior. —— Como de costume, eu conseguia interpretar mesmo as frases mais enigmáticas ou filosóficas. Se ele tivesse pintado essa resposta em forma de quadro, eu certamente não compreenderia, mas nas palavras, eu as entendia.

Sorri e olhei para ele. Nossos olhares se encontraram e ele movimentou a cabeça positivamente. Naquele silêncio sem uma palavra, pudemos nos entender. Quando eu chegava em casa cansado das missões ou estava exausto psicologicamente, buscava refúgio nos livros. Algumas vezes nem mesmo eles conseguia me fornecer refúgio, mas em geral conseguiam. Depois de muita caminhada em silêncio, notei uma casa. Nos aproximamos e pude ver que era de um amigo de Dali quando os dois se abraçaram. —— Teremos que passar a noite aqui mesmo. Está escurecendo e ainda falta muito até o evento. —— Concordei com a cabeça, visto que não tinha muito o que discordar. A noite trazia perigos e embora estivéssemos dentro dos limites da Vila, poderiam ainda existir grupos que sobreviveram às guerras anteriores e sobreviviam com assaltos, sequestros e assassinatos. —— Você pode ir dormir, ficarei aqui próximo a porta e irei cuidar da casa até amanhã. —— Dali agradeceu minha ajuda e foi sentar para jantar com seus amigos. Ouvindo a conversa deles, notei que eram familiares. Bem que eles se pareciam. As risadas eram fáceis e ninguém ali parecia estar preocupado, talvez minha presença os deixassem calmos. Aquele momento todo e aquela missão estava me deixando com vontade de escrever. Por sorte eu sempre deixava um espaço em minha bolsa para guardar alguns pedaços de pergaminhos em que fazia algumas notações pretensamente literárias.

Enquanto eu escrevia, o parente de Dali me notou e se levantou, caminhando na minha direção. Ergui os olhos, o observando se aproximar. —— Mas Dali!! Por que você não me disse que seu amigo gostava de escrever? Garoto, eu sou escritor. Embora eu esteja com alguns problemas de inspiração ultimamente. Você me entende, né? —— Ele sorria enquanto falava, um pouco envergonhado. Na verdade eu o compreendia bem, algumas noites eu tentava anotar meus dias e acabava que não surgia uma forma nem de escrever as primeiras palavras e isso aniquilava todo o processo que deveria derivar daí. —— Me diga, garoto, sobre o que você gosta de escrever? —— Mostrei a eles meus rascunhos que nada mais eram que diários em uma forma pretensa de literatura. Ele analisou e ficou falando sozinho, como que debatendo meus escritos. —— Eu gosto de escrever o que vivo. Aí depois eu fico lendo para relembrar dos meus dias. Não tenho pretensões nenhuma. Haha! É apenas um hábito adquirido e que ainda não me livrei dele.. —— O homem movimentou a cabeça em sinal negativo: —— Nem se livre desse hábito, garoto! Isso aqui é muito interessante! Por que eu nunca pensei nisso antes? Um garoto que faz um diário... será? E se ele.. trocar cartas com sua amada? Ou mesmo família que está longe porque o trabalho o separou dela? O que acha? O que acha, Dali? ——

Dali não estava prestando atenção mais nas palavras. Ele parecia começar a desenhar algo em um papel. Quando olhei, era um garoto com o olhar perdido. Parecia triste e distante. O parente de Dali simplesmente foi para seu escritório aonde notei uma grande biblioteca antes que ele fechasse a porta. Eram dois homens estranhos, sem a menor dúvida. Retomei para fora da casa e resolvi caminhar um pouco ao redor da casa. O único som que eu podia notar eram o dos animais ao redor. Pássaros que iam e vinham no ar. Além disso, silêncio. Queria ter uma visão melhor dos arredores e saltei no teclado da casa, observando tudo com atenção. Estava realmente tudo muito tranquilo. Me sentei e lembrei de Tenma e da minha família. O que será que eles estavam fazendo naquele instante? Eu já estava com saudades deles. Nunca tinha passado tanto tempo em uma missão e queria ir para casa vê-los, mas tinha que terminar aquele serviço. Perdi meu olhar no vazio por alguns instantes até que notei dois pares de olhos me olhado sorrateiros. —— Ei vocês dois! O que estão fazendo me olhando? —— Eles saíram conversando um com o outro sobre mim, aparentemente eu tinha ajudado dois artistas. No fim, pude concluir que ninguém saberia dizer da onde vinha a inspiração. Ou melhor, poderia surgir de qualquer momento, por menor que ele parecesse.

Após algum tempo no telhado, saltei e entrei para dentro da casa. Por segurança, pedi que os dois homens dormissem na sala, assim facilitaria vigiar eles e defende-los de qualquer ameaça. Assim a noite passou. O silêncio continuava e a única fonte de luz era uma pequena chama trancafiada em dentro de um vidro com ferro por fora. Mesmo não estando acostumado a passar a noite acordado em missão, eu já tinha experimentado isso em casa. Algumas noites de sono foram perdidas pensando nas palavras de Mímir. Minha conclusão, que mudava toda semana, era agora que o velho estava maluco de vez. Talvez a velhice. [...] O dia amanhecia e eu tinha pegado em um sono rapidamente. Quando acordei, vi que Dali e seu parente já tinham arrumado a mesa do café. Me espreguicei e fui até lá após ser convidado. Ernest continuava me perguntando coisas, quantas pessoas eram na minha família, se eu já tinha presenciado alguma morte. Aparentemente a vida shinobi tinha muita graça para ele. Respondi educadamente todas as suas perguntas. Pedi para ver sua biblioteca e ele me autorizou. Pensei que ele iria me acompanhar, mas indicou que eu poderia ir sozinho mesmo. Quando terminei de tomar café, me levantei e fui até lá.

O homem tinha muitos livros. Arriscando baixo, deveria possuir mais de dois mim exemplares ali. Todos os assuntos: geografia, história, magia, medicina etc. Era pouco provável que ele tivesse lido todos os livros, ainda mais que ele não era tão velho. Retornei até eles e questionei: —— Você tem muitos livros. Muitos mesmo. Eu julgava que tínhamos muitos em casa, mas não temos nem quinhentos livros. Você já leu todos? —— Para a minha surpresa o homem balançou a cabeça em afirmação a minha pergunta. —— Bom, sem mais enrolação. Melhor irmos, Dali. —— Ele concordou e pegou seu quadro. Nos despedimos de Ernest e seguimos viagem. Com o dia claro era muito mais fácil viajar e muito mais rápido. Não levou nem uma hora e chegamos no evento. Era um grande local e ali estavam muitos seguranças com bandanas na cabeça, eram ninjas da União do Fogo. —— Agradeço toda a tua ajuda, Kafka. Você me serviu não apenas como segurança, mas uma ótima companhia e inspiração. —— Retribui as palavras amigáveis e me despedi dele. Dali em diante, não era meu trabalho. Eu retornava para casa em passos lentos, embora quisesse ver meus familiares, queria aproveitar aquele momento sozinho. Muitas coisas se passavam na minha cabeça. Uma coisa que aquela viagem tinha despertado em mim era o desejo de escrever e não apenas como passatempo, mas me dedicar realmente à escrita. As palavras e o incentivo de Ernest produziam um efeito positivo.

Caminhei muito até que cheguei novamente no centro da vila. Estava cansado, mas quando passei na frente da biblioteca não resisti. Por sorte eu tinha escrito meu relatório da missão no dia anterior, enquanto todos dormiam. Supus que não aconteceria nada de novo na missão e deixei quase tudo pronto. Precisava apenas adicionar que deixei o artista com os seguranças da vila no evento. Após fazer essa anotações de forma improvisada, fui até o Quartel General e entreguei o pergaminho. Feito isso, fui em direção à biblioteca.

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06.01.19 1:32
@ +60 xp e 20mil ryous.
Muito bom as conexões que fez.
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06.01.19 23:44

—— A obra de Arte

Se em minhas missões anteriores eu tinha lidado com artistas e o trabalho era em grande parte intelectual, nas missões de hoje eu teria justamente o oposto. Seria serviço puramente braçal. Esforço físico puro. Eu estava caminhando tranquilamente pelo centro da vila quando um ninja me chamou. Quando me aproximei, ele solicitou minha ajuda, informando que era uma missão de Rank D. O garoto me indicou alguns equipamentos que eu deveria usar. Peguei uma roupa e coloquei além de um capacete. Um sapato mais grosso também foi fornecido. —— Use tudo, garoto. É importante, imagina se cai uma pedra no seu pé ou suas mãos se prendem em algo... não ficaria nada bom e alguém iria ficar furioso comigo. Calce as luvas. —— Concordei com a cabeça e coloquei também as luvas, tomando cuidado para deixa-las firmes em minhas mãos. Teríamos que derrubar uma casa inteira e eu não fazia a minha ideia de por onde começar. Nos instruíram a primeiro retirar o teclado, afinal, se derrubássemos as paredes, o teclado cairia sobre nós. Saltei e me equilibrei sobre as telhas. Uma a uma fui forçando-as para retirá-las e então jogando para um outro ajudante que ia as empilhando, provavelmente para reutilização.

Pouco a pouco íamos retirando todas as telhas e entregando aos outros. Após pouco tempo tinha restado apenas a armação de madeira e começamos a bater com as marretas ali, para quebrar e soltar os pregos. Um frio percorreu minha espinha quando fui executar uma marretada e meu pé escorregou na madeira que eu estava equilibrado. Por sorte consegui me firmar com a outra perna e pude me colocar novamente em posição. Aparentemente ninguém tinha reparado em mim e voltei a fazer o serviço normalmente. Toda a armação estava no chão. Pegamos as madeiras e as retiramos pela porta, também empilhando do lado de fora. Era hora de começar a parte mais difícil. Todos éramos, aparentemente, fracos fisicamente. Então derrubar uma parede não era tão simples. A marreta colidia com a parede e ia danificando primeiramente sua tinta, depois sua parte acinzentada ia aparecendo até que podíamos ver o outro lado, atravessando-a. Após a primeira grande rachadura, se tornou mais fácil o serviço. As batidas se sucederam até que os grandes pedaços da parede começaram a desabar. Saltei para trás quando toca a minha parte desabou. Eu e meus companheiros pegamos aquele grande bloco e levamos um pouco para o lado, ali outras pessoas já iam quebrando, fragmentando.

Toda a casa tinha sido destruída. Restava apenas seus restos. Com o auxílio de carrinhos de mão, íamos colocando os pedaços ali dentro e levando até o local de antes, deixando ali para que outros as quebrassem. Fui e voltei diversas vezes, o carrinho era pequeno e não podíamos colocar muito material ali dentro. Muito trabalho depois e a área estava praticamente limpa no local em que antes era uma casa. No outro dia seria feito a construção, me informou o contratante. Ele me questionou se eu poderia voltar a concordei.

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07.01.19 23:54

—— Estratégia & Construção

Fazia algumas anotações em meus cadernos antes de sair de casa. O encontro com Ernest dias anteriores tinha despertado em mim o desejo de escrever. Desse desejo acabei por aumentar o ritmo das minhas leituras, tentando devorar tudo que me caísse em mãos para ler. Tinha visto um título curioso na casa do escritor. Era sobre mitos antigos. Fiquei me questionando sobre quais seriam esses mitos e o que eles explicavam. "A casa de Ernest não é tão longe daqui... talvez se eu tiver tempo, possa dar uma passada lá". Me levantava e trocava de roupa, colocando meu uniforme da União do Fogo. Quando abri a porta até tomei um susto porque dei de cara com um ninja. Ele estava acompanhado de um garoto muito mais novo. —— Kafka, esse é Han, ele é aluno da Academia. Pediram que você lhe ensinasse sobre Tática e Estratégia. Ele é um aluno bem avançado e logo se tornará genin. —— Concordei. O ninja foi embora. —— Então, quantos você tem? Vamos ao campo de treinamento, quero te mostrar uma coisa. —— Enquanto íamos caminhando, o garoto me disse que tinha 8 anos. Ele era realmente muito novo. Não era necessário ser um ninja tão cedo, mas quem era eu para discutir isso ali naquele momento.

Quando chegamos ao campo de treinamento, me aproximei de um local aonde tinha muitas árvores. —— Estratégia é, basicamente, teu plano geral para alcançar algo. Tática são os caminhos realizados para se alcançar os objetivos da estratégia. Nós queremos aprender com aplicações à guerra. Devemos ter conhecimento sobre uma gama de assuntos para então podermos esboçar nossa estratégia. Por exemplo, digamos que sabemos que nosso inimigo está vindo nos atacar. Sabemos apenas isso. O que faríamos? —— Deixei espaço para o garoto responder e ele respondeu o óbvio: atacar. —— Sim. Devemos ataca-los, mas... como? Devemos buscar saber a posição do inimigo, como ele se movimenta, o local em que ele se encontra e aonde quer chegar. Apenas com esses conhecimentos podemos pensar corretamente. Sabendo o número de inimigos, podemos calcular melhor os nossos usos, distribui-los ou usá-los juntos, usar pequenos times ou até duplas. Saber a localização nos faz ter a vantagem geográfica. Digamos que sabemos que eles estão vindo e existem duas alternativas de caminho para chegar em X. Podemos aguardá-los em ambas. Forçá-los a tomar um caminho e não outro. Emboscá-los antes ou depois do caminho conforme o próprio terreno. Se sabemos que eles vão atravessar um rio, que melhor local para ataca-los que durante a travessia? Compreende? ——

Subi em uma árvore e ele me acompanhou. —— Todas as informações são úteis. Saber o armamento do inimigo, sua forma de combate, seus melhores guerreiros. Enviar espiões é útil. Quanto mais informações, melhor poderemos montar as táticas de combate. Seja uma estratégia defensiva para esperar reforços, ofensivas para aniquilá-los ou empurrá-los para algum lugar, devemos sempre estar atento. Uma coisa essencial também é conhecer a nós mesmos. Devemos saber tudo do inimigo, mas é essencial que saibamos tudo de nós mesmos. Cada um de nossos homens, suas capacidades e defeitos. Assim poderemos retirar deles sempre o melhor. Saber montar armadilhas, emboscadas, tudo isso é fundamental e deriva de possuir as informações que eu disse anteriormente. Alguma dúvida? —— O garoto estava com um sorriso nos lábios e parecia ter compreendido tudo. Saltamos da árvore e eu estava terminando por hoje com o garoto, eu não precisava ficar dias e dias com ele se poderia ensiná-lo o essencial em algumas horas. O pedreiro que eu tinha ajudado ontem começou a se aproximar de mim. Vi ele ao longe e dispensei o garoto. Em seguida, fui em direção ao pedreiro: —— Salve, camarada. Vamos construir agora? —— Ele concordou com a cabeça. Fomos em direção à obra.

Tudo estava bem organizado, Peguei o capacete e o coloquei, assim como os sapatos e as luvas. A base da casa estava quase pronta. O contratante me informou que eu deveria pegar a terra e jogá-la nos quadrados da casa até completar. Peguei a pá e o carrinho que estavam em um canto e comecei o trabalho. Aquilo exigia um pouco do meu físico, eu precisava enfiar a pá na terra e então retirá-la dali e transferi-la para o carrinho. Repeti os movimentos até que ele estivesse cheio. Então os levava até os quadrados, passando por uma rampa improvisada que nos dava acesso ao fundamento da casa. Fiquei algum tempo fazendo isso enquanto os outros ia fazendo outras coisas. Quando terminei ali, passei a uma outra tarefa. Um ajudante ia colocar um material mole e cinza e eu tinha que ia encaixando os tijolos em cima. Um a um eu ia os colocando de forma horizontal. Depois um após em cima do outro também de forma horizontal. Pouco a pouco a parede ia tomando forma e os tijolos ia subindo seu tamanho. Esperamos durante algum tempo após finalizadas todas as paredes. Deveríamos aguardar que secasse. Fui então para casa e retornei apenas no outro dia. Começamos então a passar aquele material cinza de antes nos tijolos. Deveria formar uma grossa crosta que um outro ajudante uma passando uma madeira que ia deixando o material bem liso, ao contrário da forma que estávamos deixando ao jogar a massa ali com uma pequena pá de mão.

Restava agora a pintura. Nessa parte eu já tinha experiência. Tomei a frente e comecei a fazer os encaixes nos pincéis para aumentar nosso alcance. Fiz uma demonstração para os ajudantes, embora eles provavelmente soubesse daquilo. Começamos. Movimentos que subiam e desciam com o rolo na parede, transferindo a tinta azul do rolo para a parede. O dia estava bonito e o sol ia fazendo sua parte, secando bem rápido a tinta. Quando finalizamos, resolvemos passar mais uma vez a tinta por cima da outra. Isso deixou a cor mais viva e sem nenhuma falha na pintura. Reunimos todos os materiais e guardamos. Me despedi dos camaradas de serviço e fui para o quartel general. Chegando lá, fiz as anotações sobre minhas missões e entreguei a avaliadora. Sai do local e fui para casa descansar.

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08.01.19 14:05

—— Festa

Tinha sido convocado para uma missão inusitada. Era curioso como poderíamos fazer coisas distintas sendo Genin. Em um dia estava ajudando a construir casas, em outro distribuindo panfletos. Hoje vou ter que ajudar na decoração de uma festa de aniversário. Me desloquei até a casa indicada após ter sido notificado sobre a missão. Chegando lá, duas mulheres estavam me esperando. Era a mãe e a irmã do aniversariante do dia, um garoto de cinco anos que estava fora de casa, passeando. Logo colocamos as mãos em obra. Eu não entendia muito de decoração, sempre era o aniversariante e não o preparador da festa, então era uma nova experiência. A mãe e a irmã, Lúcia e Heloísa, me mostravam como eu deveria encher os balões e então amarrá-los em uma linha. Uma a uma eu ia enchendo os balões e depois amarrando-os um ao lado do outro na linha. Depois de alguns minutos, comecei a sentir um gosto ruim na minha boca, provavelmente por culpa dos balões. Após finalizar algumas linhas com balões, coloquei eles na parede próxima ao teto. Ia decorando todas as paredes. 

Comecei a arredar alguns móveis, abrindo mais espaço para que as pessoas pudessem circular. Coloquei duas mesas, uma após a outra. Heloísa colocou uma toalha decorada por cima. Fui pegando os pratinhos e copos e colocando na mesa. Em seguida colocava as comidas, doces de todos os tipos. Após algum tempo uma a uma as crianças começaram a chegar e então resolvi dar a elas algum divertimento. Tentei iniciar com algumas piadas, mas não obtive sucesso. Talvez meu humor fosse muito inusitado. "O que posso fazer para divertir essas crianças?" Me sentei em um canto e comecei a comer alguns doces e salgados enquanto pensava. As donas da festa tinha insisto que eu ficasse para ajudar a alegrar a festa, mas até o momento eu não tinha obtido sucesso nisso. Então ia comendo por enquanto. Um pouco distraído, me chamou a atenção a forma que um pai falava com seu filho. —— Eu falei para sua mãe não te trazer aqui. Você não tem que ficar perdendo tempo em festinhas, tem que estudar, treinar e me suceder nos negócios. E que coisa é essa na sua cara? Por que ele tem tinta na cara? —— A mãe ficava nitidamente constrangida e não respondia nada. O filho entristecido se abraçou a mãe. 

Me levantei e caminhei até eles. Eu estava devidamente identificado com meu uniforme da União. Fingindo interpretar um bêbado, empurrei o homem ao simular uma tontura normal para o personagem. Ele ficou visivelmente irritado, mas os risos das outras crianças inibiram uma resposta dele. —— Oh... d-desculpa, s-senhor... acho que exagerei... —— As risadas de multiplicavam. —— Quando eu... bebo... eu posso me... transformar! —— Teci rapidamente selos e assumi a forma de um cachorro gigante, maior que um ser humano. Rangi os dentes e fiquei encarando o homem que assustado se levantou e saiu da festa. No instante seguinte me transformei em um palhaço. Comecei a me aproximar das crianças e fazer perguntas tolas a elas, como é seu nome, sua idade, quem é o aniversariante e similares. —— Faz um cachorro! —— pedia uma das crianças. Me transformei novamente no cachorro gigante e elas começaram a me abraçar e passar a mão nos meus pelos. —— Quem quer dar uma volta? —— Uma a uma as crianças começaram a subir em mim e eu corria pela casa e fui até a rua. Todas as outras crianças acompanharam e saíram todos de dentro de casa. Ali fora tínhamos mais espaço.

Quando retornei com a última criança, me escondi atrás de uma árvore e sai de lá com a aparência do pai reclamão. —— Eu avisei, eu avise. Faça isso. Faça aquilo. Tem que fazer tudo do jeito que eu quero. —— Até a esposa do homem começava a rir. Ele não estava mais presente ou eu teria problema por aquilo. Virei de costas e quando olhei novamente já tinha mudado minha aparência. Agora eu era um grande lobisomem coberto de pelos negros e com grandes dentes afiados. Os garotas arregalaram os olhos e sai correndo atrás deles. Ele corriam de mim enquanto gritavam e soltavam risadas ao mesmo tempo. —— Ok... é brincadeira. —— Novamente me virei e quando retornei o olhar eu tinha me transformado no aniversariante.

—— Que bonita está minha festa, ein.
—— Ei! Você não é eu. Eu sou o verdadeiro.
—— Ora, ora. Você está enganado. Eu sou o verdadeiro filho de Lúcia, certo, mãe?
—— Verdade, meu filho. Esse outro é um impostor.
—— Mãeeee! Sou eu, Heitor. Não lembra, mãe? Olhe para mim! ——

Resolvemos dar fim a encenação e o garoto pareceu aliviado embora agora risse com todos. —— Agora é hora de estourar o balão! —— Todos se aproximaram de um grande balão pendurado no teto. Heitor pegou um pedaço de madeira e vendado começou a tentar acertar o balão após ter sido vendado. Tive que intervir em alguns momentos para que ele não acertasse as outras crianças, mas enfim ele estava próximo do balão e... acertou! caíram balas e doces para todos os lados além de pequenos brinquedos. As crianças correram e se jogaram no chão tentando pegar o máximo possível até começar a escapar pelas mãos porque não conseguiam segurar mais. A festa estava chegando ao fim e eu tinha feito a minha parte. A mãe do garoto se aproximou e me entregou as recompensas pelas missões. Me agradeceu especialmente por ter conseguido alegrá-los durante quase toda a noite. A verdade é que por um instante achei que eu não teria o que fazer. Só quando tive a ideia é que realmente pude entretê-los.

Sai de lá e fui para o Quartel General. Lá fiz todas as anotações referentes às missões e também anotei sobre o pai abusivo. Não que alguém iria fazer algo ou ao menos se importar, mas queria deixar registrado aquilo. Quando terminei, deixei os pergaminhos na mesa e fui para casa. Era hora de retomar meu livro. Talvez conseguisse aproveitar alguma das experiências vividas hoje e conseguisse transformar isso em boa literatura. Talvez.

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09.01.19 23:56

—— Parte 1
Estava em casa lendo quando escutei um barulho na porta. Saltei da cama e me esgueirei pelos corredores. Vi o velho Mímir entrar em casa e cruzar o corredor. De forma ágil me desloquei até atrás dele, quando ele comentou: —— Está melhorando, Kafka. Certamente está melhor. —— Fiquei um pouco frustrado por não ter conseguido enganar o Velho e tê-lo assustado. Mas uma hora eu conseguiria. —— Nunca mais tinha te visto, velho. Aonde tu anda? —— Ele pegou uma fruta e começou a come-la, demorando me responder. —— Tenho estado muito ocupado ultimamente. Assuntos pessoais. Mas me diga... você parece bem mais forte e consigo sentir que melhorou muito. Arriscaria dizer que você está quase na metade já. —— "Metade? O que ele queria dizer com isso?" Verbalizei meus pensamentos a ele, ele respondeu: —— Do caminho que você precisa trilhar antes do nosso treinamento. Não te lembras que comentei contigo? —— Sim. Eu me lembrava. Andei durante semanas em um empasse. Não sabia se ignorava as palavras dele ou se a investigava como podia. Oscilava entre uma atitude a outra, algumas vezes indo e vindo várias vezes no mesmo dia. Mímir tinha dito que eu e Tenma aprenderíamos algo muito poderoso. Mímir me treinaria, mas eu não sabia quem seria o mestre de Tenma. Também não fazia a menor ideia do que seria esse treinamento. —— Aquele garoto de cabelos brancos está na porta. —— Um segundo após ele dizer isso ouvi algumas batidas e olhei um pouco desconfiado para o velho.

Caminhei até lá e quando abri a porta tive a confirmação da descrição física do garoto. Atônito, estendi a mão para pegar a missão que ele me entregava. —— Você está parado aí tem muito tempo? —— Para a minha surpresa o garoto disse que tinha acabado de chegar e foi quando bateu. "Como o velho sabia disso? Ele esconde mistérios que não consigo desvendar." Peguei os pergaminhos e agradeci. Gritei ao velho que ia sair e parti em direção ao campo de treinamento. "Estou quase na metade? Será que ele se referia apenas ao poder? Mas como ele consegue fazer tal medição?" Quando cheguei no campo de treinamento notei o motivo da missão. Pedaços de madeira, alvos no chão, estava tudo uma bagunça. Alguns ninjas tinham feito um treino anteriormente, mas não organizaram nada. Compreensível. Esse era o tipo de função que não sabíamos quem realiza. Era como mágica. Bagunçávamos tudo e no outro dia magicamente estava tudo bem arrumo e esperando para que destruíssemos tudo de novo. Comecei pegando os alvos de papel que estavam espalhados pelo chão. Caminhava até eles e me agachava, pegando-os. Levava até os troncos e fixava-os ali, tentando ao máximo deixa-los bem retos para que não atrapalhasse no treino de ninguém. Alguns troncos estavam tortos, fosse por ataques físicos, de chakra, era poderoso o suficiente para quase derrubar um tronco. Deixei diversos deles bem eretos na vertical.

Peguei um tipo de vassoura que tinha em um canto e comecei a arrastá-lo por toda a grama. Os pedaços de madeira de troncos destruídos ou fragmentos de espadas do mesmo material iam sendo reunidos. Essa parte deu bastante trabalho, tive que ia pelo campo inteiro atrás desses pedaços. Não sabia exatamente quando tinha ocorrido o treino, mas era provável que o vento tivesse espalhado ainda mais a sujeira. Após reunir uma grande quantidade em um monte, coloquei tudo em sacos para depois jogar no lixo. "Ah! Aquele deve ser o monumento que destruír.... que merda!" Por azar tinha pisado em uma merda de cachorro, quase deslizando meu pé. O cheiro era horrível e caminhei na ponta do pé até o rio ali próximo. Coloquei a parte da sola do pé que estava toda cagada e fiquei ali esperando que o movimento da água por si só resolvesse a questão. Depois de algum tempo notei que ainda tinha algumas sujeiras, passei então o pé na grama algumas vezes. Tinha ficado bem irritado com o ocorrido. Estava com pressa e queria voltar para casa para poder conversar com Mímir. Finalmente fui até o monumento.

Quem estava treinando tinha derrubado a cabeça de anjo. A peguei do chão e encaixei no local correto. Um homem velho se aproximou de mim e disse que tinha sido chamado pra restaurar o monumento. —— Está um pouco sujo, não acha melhor eu limpá-lo antes? —— O velho concordou e começou a fazer uma pasta branca. Ele me entregou uma esponja com algum líquido e comecei a passar em toda a estátua. Começando pela recém encaixada cabeça, fui descendo as partes do corpo tomando cuidado com os detalhes que poderiam deixar tonalidade diferente, como as orelhas, entre os dedos e similares. —— Ei, está faltando um dedo aqui. —— Procurei pelo chão e encontrei o dedo. Limpei ele e o velho passou a gosma branca na parte rachada do dedo e pediu para eu colocar de volta. Firmei durante algum tempo e depois soltei. O dedo ficou lá parado. O velho tinha produzido algum tipo de cola. Passei a pasta nos locais em que possuíam rachaduras, conforme a orientação do velho. Me afastei um pouco contemplando a estátua e a única coisa estranha agora era a tonalidade um pouco diferente da pasta. Resolvemos isso passando uma tinta branca em toda a obra, deixando-a como nova.

Enquanto eu ia saindo, notei alguns papéis de alvo no chão e os peguei. Fiquei parado por alguns instantes, olhando ao redor, buscando descobrir de qual tronco aquele papel tinha se desgrudado. Apertei os olhos e vi um alvo do outro lado do campo que seu tronco estava nu. Fui correndo até lá e fixei o papel. Fui para o QG e entreguei os relatórios das minhas missões. "Finalmente poderei ir para casa." E assim o fiz. Quando estava chegando, busquei fazer silêncio ao entrar em casa e abri a porta com todo o cuidado possível, pude notar uma... não, duas vozes. Uma era de papai.

—— Você acha mesmo que ele conseguirá? —— papai questionava a alguém. A voz demorou um pouco e então respondeu: —— Essa nossa conversa não é mais privada... —— O velho conseguia notar minha presença. Anunciei minha chegada e fiquei um tanto desconfiado. Estariam falando de mim? Conseguir o que? Eu certamente perguntaria a papai, mas não na frente do Velho.

Continua...

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