[Treino Amigável] Laços que Florescem

18.01.19 2:13

Treino;

Laços que florescem!

Takashi estaria sentado sobre as barricadas que se fazia presente em um pequeno lago médio da área residencial do Clã Uchiha. Não havia nada mais interessante do que observar o próprio reflexo sobre as águas cinzentas, cujo céu nublado se refletia sobre o espelhar aquático. Mas fora isso, nada mais.

Mas faltava algo nele. Algo que ele precisava sentir. A primeira era sobre ele precisar ter algo que se preencha. O segundo era algo que precisava despertar que ainda estava ficando muito velho para não ter, mas ele não sabia exatamente o que era. Aquilo atingiu o peito do garoto de tal modo que o tocou com força e ele então se jogou no lago.

O mundo pareceu escurecer, e o garoto se viu então na mais profunda escuridão, onde tudo parecia sumir e existir somente um bréu. Fechando os olhos e trincando os dentes, ele continuou afundando cada vez mais no mar escuro. Quem sabe ele pudesse obter respostas se jogando no mar profundo e indo até onde não se podia mais. Mas nem se tocou sobre a falta de ar que estava se apoderando dele, o que fez com que ele perdesse a consciência.

Quando abriu os olhos, teve que piscar para focar no céu. Não saberia dizer que horas eram mas, teve que se levantar. Após se sentar, acabou tossindo e vomitando um pouco de água. — Estou vivo... Bem... Que se ferre isso... — Diria mais para si mesmo do que para qualquer outra coisa. Assim, apenas se levantou com um certo esforço. Assim, ele pode notar também que seu corpo estava pesado.

Assim, resolveu adentrar na mata fechada, onde achou que poderia voltar para casa. Mas tudo o que pode fazer para si mesmo era se perder mais ainda, e sequer saber para onde estava indo naquela mata. Os lares verdes o dourado da natureza parecia o envolver mais e mais e para isso, apenas tratou de continuar andando com as mãos ao bolso, já parcialmente seco.

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18.01.19 3:01

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 10/10 | ST: 05/05 ]

Então era aquilo. Depois de 10 minutinhos de espera, que pareciam ter durado toda a eternidade, Angelise recebeu o resultado do seu teste de graduação: foi aprovada. O que queria dizer que, agora, ela era uma genin, uma ninja de verdade! Não que tivesse enfrentado dificuldades tremendas ou tido que treinar feito condenada, mas também não achou o percurso tão fácil assim. E talvez – só talvez – as coisas nem devessem ser diferentes disso, mesmo. Era o começo da caminhada, então tinha de ser “fácil”; mas a caminhada em si seria difícil, então não podia ser “tão fácil”. É, assim fazia sentido; a complexidade dos conhecimentos, treinamentos e tudo mais que ela teria de adquirir e enfrentar iria crescer junto com ela. A questão, então, seria conseguir se sobressair. Para chegar até onde queria, a loira teria que se sobressair às dificuldades – a todas as dificuldades.

Ela não poderia parar de treinar. Sabia poucas coisas, e sabia pouco sobre essas poucas coisas, mas, se estagnasse, jamais saberia mais sobre qualquer coisa. Então, ela retomou a rotina que tinha antes de se matricular na academia ninja: desde pouco depois do amanhecer até bem depois do anoitecer, passava os seus dias desaparecida de casa, treinando sozinha o estilo tradicional de luta do seu clã e ainda estudando as plantas e ervas medicinais da floresta que circunda a Folha.

...mas isso só até o dia em que se deparou, assim sem aviso nenhum, com um menino, mais ou menos da idade dela, também sozinho no meio daquela floresta, meio suado – ou estava molhado? –, com as mãos nos bolsos – ele queria dar a entender que estava despreocupado? –, mas parecendo sequer saber para onde ia – então estava perdido? Angelise o viu por acidente, já que tinha pausado seu treinamento fazia algum tempo, e agora descansava e pensava em porcaria nenhuma. Teve um pouco de receio de se aproximar, acima de tudo porque não conhecia o tal do menino, mas o que ele poderia fazer contra ela? Dizemos, se ele quisesse, já não teria feito alguma coisa?

– Psiu! – ela “chamou”, mesmo estando já relativamente próxima dele.

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18.01.19 4:26

Treino;

Laços que florescem!

Takashi então estaria andando por ali somente. Bem, seu objetivo ali era nada mais nada menos do que voltar para casa. Ele não tinha amigos se não alguns familiares, e isso era o mínimo que ele poderia ter. Uma família cujo problema começara com o assassinato do pai, acabaria por ter aquele enfoque mesmo. Não que ele ligasse, seu pai era um boboca maluco.

Assim, então, ele estaria andando como um errante pedido naquele verde infinito sem ter a mínima ideia de onde ia ou por onde ia. Diziam até que estar na floresta naquela hora seria bastante perigoso e poderia ser atacado por algum animal ou outro tipo de ser vivo. Bem, que se ferrasse, ele não estava ali por pura vontade, havia chegado ali por acidente. Então algo aconteceu, algo que nem mesmo o próprio Uchiha imaginava.

O garoto ergueu as sobrancelhas, parando de andar. Uma garota loira o chamava, e ele nem sequer conhecia a menina ou sequer a havia visto antes. Aquilo fez com que o garoto ficasse meio confuso. — Ahn, oi? — Diria o garoto, parado, observando ainda, em sua posição inicial, a garota. — Não sei o que faz nessa floresta, nem eu sei na real, acordei e estava por aqui, oi. — Diria ele só pra enfocar mais alguma coisa. Havia algo nele, ele era calmo e seu tom era o mais tranquilo possível.

Devido ao passado sombrio, o garoto havia desenvolvido mesmo algo que relativo a calmaria pelo simples fato de ser muito agredido e torturado pelo próprio pai. Aquilo havia moldado uma tranquilidade muito exuberante por conta do dano psicológico. Mas apesar do aspecto, ele ainda daria um sorrisinho sem mostrar os dentes ao falar alguma coisa.

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18.01.19 9:26

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 10/10 | ST: 05/05 ]

O menino tinha erguido as sobrancelhas quando Angelise lhe dirigiu a palavra. Porém, quem devia estranhar alguma coisa naquela história era ela; o que ele falava, e, mais ainda, o jeito que ele falava o que falava eram quase que enigmas para a loira. Que ele não sabia o que ela fazia no meio daquela floresta, tudo bem; mas que ele não sabia o que ele próprio fazia, não. E como assim, “acordou e estava por ali”? De onde diabos ele poderia ter saído para acabar junto dela?

Angelise coçou a nuca brevemente, ainda enquanto olhava para o menino, que sequer tinha saído do lugar desde que ela se aproximou. Devia estar fazendo careta para ele, uma careta bem confusa... mas, se sim, não percebeu, e, se tivesse percebido, acabaria não se importando tanto também; ele tinha dado um belo nó na cabeça dela. Porém, ele também sorria, demonstrando simpatia. Definitivamente, ele era inofensivo.

– Isso, oi. – ela respondeu tanto à “pergunta” quanto ao cumprimento dele de uma vez só. – Eu costumo vir até aqui para treinar. Sou uma genin recém-graduada, então não posso perder o ritmo! Ah, e eu me chamo Angelise.

A loira enfim sorriu de volta para o desconhecido, deixando a confusão em sua cabeça de lado e se animando. Tirou logo a mão da própria nuca e a estendeu na direção dele, para, quando – ou se? – ele a segurasse, cumprimentá-lo.

– Se você não sabe o que faz aqui, sabe ao menos o que fazia antes de aparecer aqui? – ela tornou. – Ou onde estava, talvez?

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18.01.19 15:35

Treino;

Laços que florescem!

—... — O garoto se calou enquanto ela responderia o seu “oi”. Assim, os olhos onixes continuariam a observar a outra alourada. Então ela explicaria que sempre vinha á floresta para que pudesse treinar. E então ela também, além, informou que era uma Gennin, que estava recém-graduada e se apresentou como Angelise. E assim, ela estendeu a mão para ele. A questão era que, ele nunca havia recebido um cumprimento daqueles antes, senão antes dos seus familiares, mas mão de pessoas de fora. Assim, ele retirou sua mão esquerda, que se aproximou lentamente da mão da menina. Assim, os dedos tocaram a ponta do dedo dela e depois, finalmente a mão apertou a dela. Takashi sorriu. — Bem, eu sou... Uchiha. Uchiha Takashi. — Se apresentava finalmente, ainda com um sorriso pequeno. Assim, ela voltaria a fazer perguntas.

Após ouvi-las, ele tratou de responder a garota. — Bem, antes e estava... — As memórias vieram á tona. E lá estava Takashi sentado sobre a beirada de uma ponte sobre o lago da área residencial, quando algo o fez que com que se jogasse de lá, caindo na mais profunda escuridão aquática. — Estava na área residencial dos Uchiha. Observando o lago, quando eu caí dentro da água. Não consegui voltar, e acho que por falta de oxigênio, perdi a consciência, e vim parar aqui. — Explicou da forma mais natural possível, nem sequer pareceu que havia se afogado e tudo. — Mas agora estou perdido na floresta e, não sei onde é o caminho de volta. Aí você me achou. — Ele voltaria a posição inicial, pondo as mãos nos bolsos da calça cinzenta. Bem, por uma pequena falta do que fazer, apenas desviou os olhos dos olhos violetas que chamavam atenção, assim, ele começou a fitar as árvores e as folhagens, e o céu.

— Você gosta da noite? — Perguntaria, observando o alto.

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18.01.19 22:52

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 10/10 | ST: 05/05 ]

Se antes o menino – que, agora, se apresentava como Takashi, do clã Uchiha – parecia só falar nada com nada para Angelise, agora também agia de um jeito todo inusitado. Era como se tivesse medo de tocar a mão da loira e cumprimentá-la da maneira mais simples possível, como se tivesse medo de olhá-la diretamente, como se tivesse medo de estar ali com ela. ...apesar de continuar exalando uma despreocupação gigantesca. Angelise nunca foi boa em interpretar a linguagem corporal nem o tom de voz e jeito de falar das pessoas – até porque os primeiros contatos diretos que teve com alguma pessoa na vida foram nas últimas semanas, lá na academia ninja –, mas Takashi, como o menino calmo que se mostrava, ainda não parecia condizente com o que dizia e fazia. Era estranho demais.

– Bom... – ela ponderou um pouco antes de dizer qualquer coisa. – que sorte que eu te encontrei, né? Posso te levar de volta comigo depois de terminar o meu treinamento. ...que costuma durar até o entardecer, mas não mais que isso. Então... acho que... eu nunca prestei atenção na noite para saber dizer se gosto. Quero dizer, ela é agradável e tudo mais, mas... não sei.

Agora foi a vez da loira de erguer os olhos e encarar as folhas das árvores, lá para cima da sua cabeça. Precisou estreitar um tanto os olhos vermelhos por causa da claridade cegante de alguns dos raios de sol que passavam pelos vãos entre as ditas folhas aqui e ali, mas insistiu em continuar de cabeça levantada. Tinha ganhado vontade de ver melhor o céu apesar de ainda não ser noite, e de continuar vendo-o depois que a noite caísse. E sim, isso tudo só para poder responder direito a pergunta que Takashi lhe tinha feito. Afinal, no que tanto a loira andava pensando desde que se entende por gente, que não em coisas bonitas e agradáveis que a vida lhe colocou ao redor?

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19.01.19 0:21

Treino;

Laços que florescem!

— Entendi. — Diria o garoto, ainda com os olhos fixos no céu noturno. — É por que... Você costuma treinar até tarde. Achei que gostasse da noite. Normalmente as pessoas que fazem isso de noite gostam da noite, mas se você em nenhum momento se tocou nisso, talvez devesse observar melhor o ambiente em que se está inserido. — Ele diria sem olhá-la, mas não demorou para que buscasse o olhar dos olhos violetas novamente, a fitando. —Sim, ele havia prestado atenção, apesar de que os olhos estivessem mais nas estrelas e na lua do que olhando diretamente Angelise. Não que ele tivesse medo de estar com ela ou tocá-la, mas aquilo era tudo muito novo para ele, ele não havia tido nenhum amigo antes senão seus familiares, e um pai abusivo que o queria matar. Mas, ele estava deixando de ser isolado, isso era algo bom, até.

Assim, ele deu mais alguns passos novamente, buscando então se aproximar mais de Angelise, agora, passado o tempo, já se sentia seguro. Confiava nela naquela altura, então sentia que poderia ser mais solto. Assim, ele buscou analisar as feições da garota, seus traços e seus gestos, não mais estando como um garoto afastado e pensativo, mas estando mais presente. Assim, ele aprecia ter ganhado mais confiança sobre ela, e inclusive achava que já poderia dizer que poderia se considerar a menina uma amiga. — Então, bem, eu aceito ir com você para aonde quer que seja, mas antes, acho que deveríamos treinar um pouco mais. Não que eu seja maníaco por lutas, mas acho que já fiquei tempo demais parado, talvez seja hora de eu me mexer um pouco. — Seu sorriso parecia aumentar, apesar do olhar ser extremamente calmo, se podia dizer que já tinha um pouco mais de elevação por parte dele.

E então, ele começou a dar leves soquinhos sem força pelos ombros, pelo torso da garota, como se buscasse incentivá-la, brincando com ela inicialmente, ao melhor estilo “Vamos lá. Lute e brinque comigo.” — Hah. — Ele então, moveria a mão até próximo ao braço da garota, enquanto movia o outro braço num soco reto que nada fossem mais do que simulações. — Você aceita? Nunca treinei com ninguém antes. Foi sempre sozinho... — Ele diria, fazendo os movimentos mas sem acertá-la realmente.

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19.01.19 4:08

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 10/10 | ST: 05/05 ]

Angelise se demorou um tanto para voltar a encarar Takashi, talvez por ter se perdido momentaneamente em sua corrente de pensamentos. Mas, bem como ele, não havia deixado de prestar atenção à conversa que estavam construindo juntos. ...tanto é que julgou bom o fato de ele finalmente ter dito algo menos confuso: poderia treinar com ela, para não ficar estagnado no mesmo lugar quanto ao que sabia ou não fazer como um ninja. Se bem que... por acaso ele tinha chegado a comentar que também era um ninja? Até aquele momento, a loira quase podia jurar que Takashi não passava de um menino perdido na floresta, indefeso – além de inofensivo, vale lembrar aqui.

Ela voltou seu corpo todo na direção de Takashi, por hora, deixando-o lhe dar aqueles socos todos dele. Mais uma vez devia estar fazendo careta, por um lado estranhando a atitude, por outro, convencendo-se cada vez mais de que, sim, ele também era ninja. E se não usava nenhuma roupa convencional das patentes mais altas, devia ser ou só um genin – como ela própria – ou um chuunin. ...apesar de a aparência e o tamanho dele, que continuavam fazendo-a pensar que ele devia ter mais ou menos a sua idade, não condizerem com características de um chuunin. Então, bem, que mal faria uma lutinha amigável?, só para fins de treinamento?

– Também nunca treinei com outra pessoa antes. – ela comentou. – Mas, ainda assim, eu aceito a sua proposta.

“...só espero que isso não acabe mal.” – Angelise mentalizou. – “Nem para você, nem para mim.” – E se afastou alguns passos do menino, só para poder assumir a posição tradicional de luta do clã Hyuuga, com ambos os braços ligeiramente erguidos, o esquerdo estendido para frente e o direito retraído, mas os dois com a palma das mãos voltada para frente, e com as pernas separadas, a esquerda apoiada à frente e a esquerda para trás, sustentando muito bem o corpo dela. Talvez tivesse mais chance de vencê-lo se partisse para cima primeiro, mas não fazia a menor ideia do que podia estar prestes a enfrentar.

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19.01.19 14:32

Treino;

Laços que florescem!

— Certo. — Diria ele, também assumindo uma postura de combate, mas, ele estranhou a posição que ela assumiria, voltando a erguer uma das sobrancelhas. “Que é isso? Essa posição... Eu nunca tinha visto antes... O que será que ela...” Foi o que se saiu de sua mente. Ele estava de certa forma confuso, meio perdido sobre a garota, já que nunca tinha visto aquilo antes. Mas então, ele não se demorou muito. Tomando uma distância de 5 m, ele voltou a se posicionar e saiu correndo, com a grama sedo arrancada do chão, na direção da garota. — Aqui vou eu. — Diria, enquanto se aproximava. Assim, ele começava a fazer os selos... “Cobra, Bode, Macaco..”

Assim, ao se aproximar, ele ainda não buscaria evitar os selos, logo, tratou de mover as pernas. Primeiro deslocou a perna direita, num jogar lateral que alavancou o pé na direção no braço dela, o segundo, foi que, se, depois de se executar o primeiro golpe, se não fosse interceptado, moveria o segundo ataque, escorregando no chão bem na direção dela, movendo a outra perna, visando enganchar a ponta do pé de si no da garota, visando derrubá-la, e caso fossse ou não dado certo, rolaria para trás num mortal e ficaria á 2 me dela. Não que ele estivesse pegando leve, mas tinha medo de machuca-la. Sua primeira amiga, portanto, não queria quebrar aqueles laços.

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19.01.19 22:24

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 10/10 | ST: 04/05 ]

Primeiro, Takashi também se distanciou da loira. Depois, assumiu sua própria posição de combate – mais “normal” que a dela – e voltou a se aproximar, veloz, mais veloz do que ela poderia ser se tivesse tomado a dianteira e partido para cima primeiro. Porém, ela ainda conseguia vê-lo bem. Bom! ...mas o que se seguiu já não foi tão bom assim; no caminho, ele teceu selos de mão numa sequência que ela nunca tinha visto na vida – sendo que um dos ditos cujos ela sequer tinha chegado a usar antes. Qual era o nível dele, afinal? Quão mais a sua aparência poderia enganar Angelise?

Ela manteve a posição tradicional de luta do seu clã, demorando-se – como não podia, mas como igualmente não tinha como evitar – a pensar no que fazer contra sabe-se lá o que o menino tramava contra si. A única coisa que pôde fazer foi ativar seu Byakugan e ver Takashi chegar até si. E, ao invés de ele lhe lançar um ninjutsu, como ela estava esperando, inventou de lhe desferir um chute no braço esquerdo – o que ela mantinha estendido. Sorte dela, inocência dele ou ironia do destino? Ou todos juntos?

Angelise encolheu o braço esquerdo na intenção de aparar o chute que receberia nele. Simultaneamente, porém, concentrou uma boa quantidade do seu chakra na palma da mão esquerda e avançou com a mesma na direção do abdômen de Takashi, querendo se aproveitar da posição que ele tinha assumido quando investiu contra si para golpeá-lo com o Jyuuken. Talvez ele sentisse dor e voltasse a se afastar dela, talvez não; a loira nunca tinha golpeado uma pessoa com o Jyuuken para saber, mas devia ter a chance de descobrir agora. Entretanto, também não ficaria parada, só esperando para ver – e talvez se dar mal –; quer o menino se afastasse quer não, ela saltaria para trás, voltando a se ver a 5 metros de distância dele.

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19.01.19 22:52

Treino;

Laços que florescem!

“Huh?” Foi o que passou pela sua cabeça. O chute passou direto, e ele aproveitou para deslocar-se pelo chão até ela. “Javali, cavalo, tigre”... A sequência de selos era feita enquanto ele movia o outro pé para tentar desestabilizá-la e fazê-la cair. Porém, ele não estava esperando por outra coisa. O punho se deslocou na direção dele. Porém, ele ainda estava terminando as etapas para se executar o jutsu. — Katon... Uh! — Ele teve que cancelar a usabilidade, no intuito de se defender, sentindo o punho acertar-lhe o braço que se movera rapidamente na direção da própria barriga para evitar que fosse atingido diretamente. O que aconteceu foi que aquilo o jogou para trás, e ele voou pelo gramado, caindo de coisas sobre o chão.

— Ugh! — Gemeria ele, sentindo o punho esquerdo doer e tremer como se seu chakra estivesse descontrolado. Assim, ele se levantou, segurando o próprio braço enquanto tossia. Os olhos ônix fitaram o gramado, buscando a tentativa de entender o que havia acontecido. “O que foi isso...? Meu... Meu chakra?” Era uma das perguntas que havia passado a adentrar a sua cabeça. Ele estava perplexo. Assim, o efeito passou, ele voltou a se posicionar novamente. Sua mão estava doendo, e seus dedos ainda tremiam, mas só na ponta. — Maneiro... — Começaria ele. — E também, você é perigosa. Não dá pra se aproximar se não quiser se sentir estranho... — Seu sorriso agora se mostraria mais aberto, onde parte dos dentes apareceriam. “O que devo fazer?” Questionou a si mesmo. Ele não tinha armas que pudesse usar, ainda não havia comprado.

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20.01.19 0:15

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 09/10 | ST: 04/05 ]

“Katon”? Isso não se trata de um elemento da natureza? Um rápido flash da primeira aula da academia ninja passou pela cabeça de Angelise, um flash em que ela via a si mesma e a Momoka lendo o livro “Introdução ao Ninjutsu”, justamente na parte em que o dito cujo falava alguma coisa sobre ninjutsus (às vezes) utilizarem elementos. “Eu preciso descobrir logo o que isso significa exatamente...” – ela mentalizou. –“ou vou continuar ficando para trás.” – Ainda assim, agora fazia sentido tanto o fato de a loira não ter conseguido prever o ninjutsu que Takashi pensava em usar contra si, já que não conhecia os selos de mão que ele fazia, quanto o que tanto ouvia dos seus tios lá no bairro Hyuuga, que “o Jyuuken é utilizado para desestabilizar o fluxo de chakra do oponente em uma batalha”. O Byakugan deixou Angelise enxergar a desordem no sistema circulatório de chakra de Takashi no instante em que ele a atacaria. E, além disso, ele ainda tinha sido atirado para trás com o impacto do hijutsu do clã dela, gemendo de dor antes de cair e também depois de se levantar. Takashi tinha razão: não poderia se aproximar da loira porque ela era perigosa. Mas nem ela mesma parecia ter plena consciência disso até ele comentar. Na verdade, ela não tinha sequer a mínima ciência dos estragos que o Jyuuken pode causar em um corpo humano até ver com o próprio Byakugan.

Porém, independentemente do que tinha acabado de lhe acontecer, o menino voltava a se colocar em posição de combate e a sorrir, sorrir com ainda mais vontade que antes – ao menos pelo que Angelise entendia. Então não queria parar o treinamento ainda? E só não atacava de novo porque tinha descoberto a “arma secreta”, por assim dizer, da sua oponente? Pois bem... então que ela atacasse agora. Suspirou, parecendo receosa – claro que Takashi não teria como saber, mas ela própria sabia muito bem que ainda não tinha tentado nenhum ninjutsu básico da academia em uma situação “real” antes, e só isso já era suficiente para deixá-la nervosa –, e uniu as mãos em frente ao corpo, no selo do carneiro. “Shunshin no Jutsu!” – mentalizou, logo sentindo todo o seu corpo mais vitalizado que o normal, e se impulsionou para frente com uma velocidade que deveria ser capaz de enganar os olhos de Takashi. Então, durante seu percurso até ele, Angelise voltou a carregar a palma da mão direita com seu chakra, para, assim que alcançasse o menino, desferir mais um golpe do Jyuuken em seu abdômen. E, sem querer ver de novo o que aconteceria ao corpo dele – isso se tivesse sucesso em sua investida –, acabou desativando seu Byakugan por hora.

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20.01.19 0:44

Treino;

Laços que florescem!

“Que é que ela vai fazer?” Questionou a si próprio enquanto ela partia para cima dele. “Ahn? Minha mão já não está mais doendo nem tremendo... Mas, ela está mais rápida do que antes?” Ele fecharia o punho logo após isso, trincando os dentes. “Será que ela vai dar aquele tapa de novo?” Questionou em míseros segundos. Logo, não se via mais nada se não o punho aberto de novo, pronto para atingir-lhe o estômago. Assim, a perna esquerda se fincou mais no chão e se esfregou sobre o chão, batendo contra o outro pé e consequentemente, curvando a cintura e entortando o corpo. — Ugh. — Assim, ele poderia ver, o punho passando pela culatra de seu corpo. “Essa garota... Ela é...” Pensaria rapidamente.

Assim, ao ir para o lado, ele ainda tomou um impulso para rolar no chão e se afastar em movimento giratório para longe dela por pelo menos 2 m, assim, fazendo os selos enquanto neste movimento. “Cobra, Bode, Macaco... Assim, ele se levantaria se possível se afastando para trás com mais 8 m longe dela. Notando então, que havia algumas pedrinhas pelo chão, deslocou uma das pernas, desferindo pontadas precisas contra as pontas delas, as fazendo subir, enquanto isso, num giro moveria a outra perna rapidamente então, para rebater as pedras em pleno ar pelo menos quatro pedrinhas pequenas, em direções como o braço e as pernas da garota, a questão era que ele não tinha quase força.

Mas, durante o tempo que arremessava as pedrinhas, ele continuava a selagem... “Javali, Cavalo, Tigre”... — Katon! Goukakyuu no Jutsu! — Gritaria, ao elevar uma das mãos á boca e exalar uma grande esfera de fogo na direção da garota, tão quente, tão calorosa quanto o sol do meio dia. Mas claro, tudo isso se tivesse êxito, se não, ele só saltaria para trás mesmo.

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20.01.19 4:42

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 08/10 | ST: 04/05 ]

Era como se Angelise estivesse pressentindo seu fracasso anteriormente, no momento em que inventou de utilizar o Shunshin no Jutsu em um movimento ofensivo. Não bastou ela não ter conseguido enganar os olhos de Takashi; ele ainda desviou do novo golpe do Jyuuken que ela tinha tentado lhe acertar e agora aumentava mais uma vez a distância entre ambos, deixando a loira em desvantagem. Por não ter mantido o Byakugan ativado, ela obrigatoriamente teve de virar o rosto para continuar vendo o seu oponente. Percebeu logo que, conforme ele se afastava, voltava a tecer a mesma sequência de selos manuais de quando foi interceptado. Porém, agora ela já não tinha mais como repetir sua “estratégia” anterior; Takashi já estava há uns 10 metros dela e continuava mais veloz que ela.

Angelise teria de escapar do campo de visão do menino. Independentemente do ninjutsu que ele pretendia usar contra si agora, ele não deveria ser capaz de adivinhar sua posição caso se escondesse. ...ou talvez fosse, sim; já tinha sido capaz de prever a movimentação dela para cima dele. Então, o que faria?

Além do tempo curto que Angelise tinha para pensar – e, também, das poucas opções dela –, Takashi ainda agiu de forma a atrair a atenção dela para mais outro detalhe da composição da sua ofensiva: agora havia pedras que ele chutava na direção da loira e que, claro, ela precisaria dar um jeito de evitar se não quisesse correr o risco de se ferir desnecessariamente. Porém, a mira do menino ou não era das melhores ou não tinha a intenção de debilitar Angelise de fato; que grande estrago pequenas pedras fariam nos braços e pernas dela?, ainda mais àquela distância? ...ainda assim, havia o ninjutsu de Takashi, que ele não tinha parado de preparar para chutar as pedras, pronto para pegar a loira desprevenida. Então, de uma forma ou de outra, ela precisaria trocar a sua posição – e rápido.

Angelise saltou para o tronco de uma árvore à sua frente – e à esquerda de Takashi – quando julgou que as pedras já estavam próximas o suficiente de si, quase lhe atingindo. Ao mesmo tempo, voltou a unir suas mãos em frente ao corpo no selo do carneiro. Teria de supervitalizá-lo mais uma vez, mas não (apenas) para correr. E, assim que ouviu “Katon” sair novamente da boca do oponente – e sem esperar nem pelo restante do nome do ninjutsu nem para ver que diabos o dito cujo é capaz de fazer –, utilizou o efeito do Shunshin no Jutsu para se impulsionar a partir do tronco da árvore com a vitalidade anormal da técnica e retornar ao chão, mas não mais no ponto de onde tinha saído antes, e sim a 5 metros do mesmo. Como tinha se lançado da árvore, ao invés de simplesmente saltado, teve de imitar um dos movimentos que o próprio Takashi utilizou para fugir de si: rolou pela grama, dando duas ou três cambalhotas, até sentir que conseguiria se estabilizar decentemente ao se levantar de novo. E, quando se levantou, correu para trás de uma outra árvore, ainda sob o efeito do Shunshin no Jutsu.

A loira tornou a ativar o Byakugan, para não correr o risco de perder o seu oponente de vista caso ele inventasse de também sair da posição em que estava na última vez em que foi encarado. Porém, graças à visão especial do doujutsu, pôde ver o estrago do ninjutsu do menino. Acabou recostando as costas no tronco da nova árvore e soltou um suspiro, aliviada por não fazer parte da parcela destruída do cenário.

And I wanna live, not just survive.

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20.01.19 13:19

Treino;

Laços que florescem!

A bola de fogo levou á tudo. Após estufar o peito, converter o chakra em fogo, ele havia então expelido uma grande esfera maciça feita inteiramente de fogo. Porém, como era de se esperar, a garota havia dado um jeito de escapar do seu jutsu. “Como esperado...” Pensou. Aquilo o fez sorrir mais uma vez, enquanto observava o estrago que havia feito. Algumas chamas continuavam sobre as gramas e umas das árvores estavam em chamas. — Como esperado de você, Angie... Nunca lhe subestimei por isso, astúcia dessa quase não se vê quase em ninguém da sua idade. — O garoto dizia, claro, com seu jeito calmo, porém, ainda meio surpreso, mesmo que não demostrasse. Assim, ele suspirou e deixou que o ar saísse logo depois, fechando os olhos.

Porém, o inesperado aconteceu. Algo passou riscando as árvores, as folhas em alta velocidade, partiu algumas folhas e chegou ao rosto do garoto, onde, arranjou-lhe um corte na bochecha e travou numa árvore próxima, estando bem fincada. — Ugh... Meu rosto... — Ele mal teve tempo de reagir, um punho lhe atingiu-lhe a face o jogando para o lado, porém, ao virar o corpo, um joelho o atingiu na boca do estômago o fazendo vomitar. Pra completar, ainda veio um pisão por baixo do queixo, o jogando para cima. Assim, girou no ar caindo para trás, batendo as costas. — Ugh... Ah! — Gemeria ele, de olhos fechados, seu corpo estava doendo. — E aí, Uchiha Takashi-kun? Gehehe! Há quanto tempo não nos vemos seu pirralhinho de merda? — A voz era extremamente debochada, quase como se o garoto fosse um ser inferior.

Haviam agora três sombras cercando o Gennin. Uma delas pisou no peito do Uchiha provocando mais dores ao garoto, que trincava os dentes de dor. — Não vai responder não? — questionava o outro, pisando agora na cara do garoto. — Mostre respeito á nós garoto. Você sempre foi um inferiorzinho nerd que se destacava na academia, não passa de um pivetinho. — Cadê sua namoradinha? Ela não estava aí com você? Vai ver, fugiu da aberração que você é não? Coitadinho, sempre sozinho, nunca teve amigos, muito menos amigas. — Debocharia o da esquerda que não havia falado nada até então. — Hehe... — Takashi riria deles. — Melhor ser um garoto nerd, do que ter cérebro pequeno como o de vocês não? O que acham? Ter muito poder e ser burro ou ter pouco poder, mas saber usar para torna-lo um grande poder? — Questionaria ao trio de Gennins mais velhos. — E ah, Angelise é minha amiga... Não é nada do que estão pensando... — Emendaria.

— Valha, moleque! — O líder do meio daria um chute direto na boca do Uchiha de um modo bastante irritado, fazendo jorrar mais sangue e espirrando sobre a grama. Assim, os outros começaram a chutá-lo sem parar em todas as partes do corpo, com exceção dos meios das pernas. O garoto gemia de dor, enquanto mantinha os olhos fechados, se abraçando para tentar tomar o mínimo de dano possível.

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20.01.19 23:25

Hyuuga Angelise

[ HP: 10/10 | CH: 08/10 | ST: 04/05 ]

Angelise ouvia bem cada palavra que o seu oponente lhe dirigia, visto que não tinha se escondido tão longe assim dele, mas mal teve tempo de franzir o cenho com o que ele dizia; Takashi foi atacado repentinamente por três outros meninos que a loira, além de sequer conhecer, também não percebeu se aproximando, apesar de ter acabado de ativar o seu Byakugan outra vez. Ela tinha se descuidado. Mais do que isso, tinha deixado que aqueles estranhos se aproveitassem da distração de Takashi e o machucassem. E tudo porque estava atenta só ao que interessava a si mesma – falamos aqui de ela querer não perder o menino de vista e descobrir que tipo de ninjutsu tinha evitado que lhe alcançasse.

Porém, como se não bastasse já estar no chão, completamente à mercê dos seus três agressores, Takashi ainda os provocava mais. Por que não revidava? Por que ao menos não se defendia? Angelise pressionou os próprios lábios um contra o outro, sem saber direito o que pensar daquilo tudo; só conseguia sentir a obrigação de fazer algo para socorrer o amigo – Takashi tinha dito que os dois eram amigos, certo? –, mas, se os três estranhos eram mais fortes que ele, que era mais forte que ela, quais poderiam ser as suas chances?

...mas ela precisava pelo menos tentar.

Angelise desencostou o corpo do tronco da árvore novamente e tentou olhar melhor para a situação. Takashi no chão... ok, e os agressores dele de costas para ela, fazendo todo o estardalhaço do mundo para chutá-lo. Se tinham conseguido pegá-lo distraído, também deveriam poder ser pegos distraídos.

Angelise enfim saiu de trás da árvore e correu rápida, mas silenciosamente, na direção do trio, puxando sua mão direita para trás e acumulando chakra na palma da mesma. Ao alcançar o desconhecido do meio, que parecia ter algum tipo de influência sobre os outros dois, golpeou-o com o Jyuuken bem no meio da região lombar. Ainda se lembrava de como Takashi voou para longe quando foi atingido por um golpe daqueles, e esperava, de verdade, que o mesmo acontecesse agora ao estranho. E, se acontecesse, a loira se colocaria entre os dois restantes e os empurraria um para cada lado, se não para derrubá-los – e finalmente fazê-los pararem de chutar Takashi –, para ao menos abrir caminho até o amigo e estender a mão a ele.

– Você é idiota ou o quê?! – ela acabou explodindo. – Reaja!

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21.01.19 0:15

Treino;

Laços que florescem!

Os malucos continuavam a a acertá-lo. Os chutes também, sua visão falhava e chocalhava as cada golpe que levava. Ora seu estômago falhava e ele sentia o conteúdo voltar, par vomitar mais. Ou então, os chutes lhe causavam uma tremenda falha de ar, resultando na sua vontade de respirar, ou de tentar ao menos aguentar tudo aqui. Eram três gennins. Todos mais velhos. O que ele poderia fazer? Ele não tinha nenhuma chance, era fraco. Aquilo lembrava... Lembrava dos antigos casos do pai. Os espancamentos, as torturas, toda a dor que ele sentia, excruciante demais.

Mas, algo estranho aconteceu. A garota loira pareceu surgir diante dos seus olhos. "Você é idiota ou o quê?! Reaja!" Aquilo fez com que ele arregalasse os olhos. Mas, recapitulando o que havia acontecido antes. A garota havia voltado e dado exatamente o mesmo golpe que havia levado de uma maneira incrível e jogado o garoto para o outro lado do campo. O garoto agora estava caindo, se contorcendo de dor. Mas outra coisa havia acontecido também.

Os garotos estavam olhando para Angelise perplexos. Ele precisava fazer alguma coisa antes que ela se machucasse. Foi aí que ouviu a voz do idiota: — Não fiquem parados seus idiotas! Ataquem a maldita garota! Ela acabou de me atacar seus palermas! Ataquem sem dó, deixem que eu acabe com o garoto eu mesmo! — Assim, os garotos restantes tratariam de segurar os braços de Angelise e a jogar contra o chão, somente para que ela caísse de costas. Assim, eles poderiam então, encher a garota de socos e chutes.

Assim, o líder se levantava logo depois, trêmulo e com certas dificuldades. Takashi também tentaria se levantar, se apoiando nos braços sobre as gramas. Sua visão estava meio turva e seu corpo inteiro doía. — Ugh... Uh... — Ele parou o que fazia para vomitar mais um pouco. — Parem! — Gritaria ele para os outros dois. — Tudo que vocês querem é a mim! Sigam a ordem inicial do seu líder de merda! Batam em mim! Não toquem nela! Podem fazer o que quiser comigo mas não toquem nela! — Gritaria se levantando para correr na direção deles. Mas o líder o segurou pelo casaco.

O movimento seguinte foi de um girar, um rodopiar fulminante que arremessou Takashi para uma árvore. Bateu de costas, sentindo o peito estufar com a falta de ar. Assim, caiu sentado, cuspindo sangue. — Ugh... Uh... — O líder então, Giodo, correria na direção do garoto, batendo sua cabeça na árvore, o que fez trincar os dentes, enquanto isso ele olhava maleficamente. — Que fofinho. Está apaixonado o Uchiha. Não não! Não vai salvar sua princesinha! — E assim novamente a cabeça de Takashi bateria contra a árvore. — O que vai fazer agora? Hm? — Solta ela! Solta ela! — Gritaria o menino.

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21.01.19 2:23

Hyuuga Angelise

[ HP: 09/10 | CH: 08/10 | ST: 04/05 ]

É natural que toda ação tenha uma reação, mas Angelise não tinha parado para pensar que a tal reação poderia ter ainda outra reação – então, menos ainda tinha conseguido medir o tamanho da cadeia de reações que poderia provocar ao se enfiar no meio dos problemas que não eram dela. Agora, porém, tudo ficava tão cristalino quanto a água: primeiro, os estranhos se viraram contra a loira, buscando a vingança que o líder ordenou quando decaiu com o ataque dela; depois, Takashi finalmente reagia, mas não para si próprio, e sim para chamar de volta a atenção dos outros meninos; agora, Angelise tinha ainda mais motivos para sequer pensar em se esconder.

“...sua anta.” – ela mentalizou – sim, para Takashi –, no momento em que sentiu o primeiro pontapé daqueles dois estranhos que lhe derrubaram acertando-lhe o meio do braço esquerdo. E que dor ela sentiu! Mas, ao mesmo tempo, percebeu que o que os meninos tinham de força, não tinham de cérebro; eles precisavam obedecer ao seu líder, claro, mas se tinham visto o que ela fez a ele, por que não lhe atacaram com mais cuidado? Ou não tinham entendido o que viram ou só estavam agindo sem pensar nas consequências mesmo. De uma forma ou de outra, melhor para Angelise, que ganhava vantagem. O segundo pontapé logo lhe foi direcionado, agora no braço direito, porém, ela fez questão de interceptá-lo, e não na intenção de pará-lo, mas na intenção de se aproveitar da proximidade daquele tornozelo pesado do seu corpo de Hyuuga. Mesmo com o braço esquerdo doendo, a loira carregou a palma da sua mão correspondente com chakra, e, ao receber a bicuda no braço direito, golpeou o pé que lhe agredia com o Jyuuken.

O outro menino, que teve a cara de pau de se importar mais com a sua tarefa de ferir a loira do que com o colega recém-atacado, logo voltou a lançar o pé contra o braço esquerdo de Angelise. Mas ela também sabia ser cara de pau, e logo o golpeou no tornozelo com o Jyuuken, num movimento perfeitamente simétrico ao que tinha acabado de fazer contra o outro menino. Se conseguisse debilitá-los com isso, a ponto de não ser contida de novo, desativaria seu Byakugan e voltaria a se levantar e a correr na direção do líder do trio, que já voltava a dominar Takashi. Porém, ao invés de atacá-lo mais uma vez com o Jyuuken, Angelise engancharia o braço direito no pescoço dele e o puxaria para trás, para, pelo menos, pressioná-lo a se afastar do seu alvo.

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21.01.19 2:58

Treino;

Laços que florescem!

— Angie não! — Gritaria Takashi, segurando os braços do líder contra si mesmo, enquanto observava a amiga sendo abatida por dois dos seus inimigos. Aquilo doía, ele deveria a proteger, mas estava falho. Aquilo encheu o peito de Takashi de fúria, de uma raiva incontrolável, uma vontade de proteger a amiga, aquilo era grande demais. Ele não podia perder a sua amiga, não para problemas que não eram dela que ele mesmo havia a metido neles sem que ela quisesse.

Assim, Takashi moveu a cabeça contra a testa do mais velho, o atordoando e fazendo sentar sobre o chão, com as mãos na face, gemendo de dor. — Seu moleque maldito! — Gritaria ele ele, erguendo o olhar para o Uchiha. Seu nariz sangrava. Mas, o mais importante era que a kunoichi conseguira fazer os caras ficarem estranhos. Aquilo era sinal de sucesso, o que motivou o garoto.

Assim, o que fez foi se jogar em direção ao menino, girando no ar com ele e ambos cairiam no chão, rolando. Não se demorou muito, logo a amiga estava sobre as costas do líder, o segurando pelo pescoço. — O quê?! Saia sua garota maldita! Saia daqui! — Aquilo abriu brecha para que Takashi agisse, dando lhe um chute no meio das pernas. Aquilo fez o inimigo ulular de dor, e cair no chão se contorcendo.

Takashi aproveitou e moveu a mão para as vestes do garoto, pegando alguns fios e shurikens a erguendo no ar. Assim, atirou os mesmos no ar, enquanto manobrava as armas com os fios e os lábios. Os outros dois que tentavam se levantar foram presos imediatamente pelas cordas e as armas. Após isso, ele sorriu pequeno, suspirando em seguida.

Então, só deu um chute bem no meio da cara do outro, e então o prendeu com o próprio fio e shurikens. — Bem, acabou. — Diria ele Se levantando, olhou para Angie e sorriu para ela, pondo as mãos aos bolsos. — Vamos, vamos para casa. — Diria ele, se virando e começando a andar lentamente, deixando os idiotas para trás. — Não nos incomodam mais estes daí. — Diria ele, tranquilo.

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21.01.19 6:47

Hyuuga Angelise

[ HP: 09/10 | CH: 08/10 | ST: 05/05 ]

Mais uma vez a loira via Takashi agindo contra seus agressores, como deveria ter feito desde o começo, mas igualmente como só conseguiu fazer depois de eles se tornarem perigosos para ela. O que diabos Takashi tinha na cabeça, afinal? Estava calmo demais quando Angelise o encontrou, apesar de perdido sem nem saber como. Estava calmo demais quando foi atacado, apesar de receber uma bela surra até Angelise entrar em cena. Estava calmo demais agora que tudo tinha acabado e podia voltar para casa em segurança, apesar de ter vivido situações que talvez não lhe deixassem sequer voltar.

Angelise deu uma última olhada para os três meninos desconhecidos, agora presos às árvores com os armamentos do seu próprio líder. Porém, não tinha o que dizer a eles nem tinha o que dizer a Takashi na frente deles. Foi só para lá da metade do caminho que a loira, enquanto tomava a dianteira para mostrar ao amigo o caminho de volta a Konohagakure, resolveu se pronunciar:

– Você é maluco, né?! – o tom de voz dela oscilava entre a indignação e a falta de entendimento. – Se você for atacado, Takashi, você revida, você se defende ou você foge; nunca você provoca quem te atacou, ainda mais se for para simplesmente deixar que te espanquem depois. Você queria morrer? Queria que eu morresse tentando te defender?!

Angelise respirou fundo e apertou o passo, passando efetivamente à frente de Takashi. Agora, pisava com força, estreitava os olhos, pressionava os lábios um contra o outro, cerrava os punhos... e sentia ambos os braços latejando de dor. Não precisava olhá-los para saber que tinham ganhado hematomas; ela conhecia bem a dor de um hematoma e sabia melhor ainda em quais situações se ganha um hematoma. Porém, esse era o menor dos problemas da loira agora; ela estava mais – muito mais – preocupada com o estado de Takashi, mas não fazia ideia de como demonstrar. Estava tão ou mais confusa com a sua própria mente do que com a dele; definitivamente não sabia lidar com pessoas e relações interpessoais.

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22.01.19 17:28

@ + 50 de xp a ambos os meliantes.

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