- AngeliseGenin
- Ficha : Hyuuga Angelise
Vila : União do Fogo
[Treinamentos] Hyuuga Angelise
[ HP: 10/10 | CH: 9/10 | ST: 04/05 ]
Angelise encarou suas mãos, com as palmas voltadas para cima, e teve vontade de chorar. Não só pela dor que os hematomas, arranhões e pequenos cortes lhe faziam sentir, mas também de frustração. Nunca ela tinha visto qualquer membro do seu clã com ferimentos tão feios nas mãos, mas todos eles, até os mais novos que ela mesma, causavam grandes estragos nas árvores que usavam para treinar – estragos que ela não chegou nem perto de conseguir fazer. Onde estava errando? Tinha passado o dia todo imitando os movimentos que seus primos faziam nos treinos, mas não obteve resultados nem um pouco parecidos. Não fazia sentido!
A loira voltou para casa pouco depois de ver o sol se esconder no horizonte. Porém, ainda antes de tomar um bom banho, ativou o seu Byakugan e vasculhou rapidamente as casas que a visão privilegiada do doujutsu lhe permitia enxergar. E, em uma casa a exatos 30 metros a noroeste da sua, encontrou duas crianças se enfrentando pura e simplesmente ao estilo tradicional de luta dos Hyuuga, e ainda sendo supervisionadas com rigor por um adulto – aparentemente, pai delas. Aproveitou que já não havia mais quase ninguém fora das casas do bairro e correu até aquela específica, parando só quando já conseguia ouvir as vozes vindas de lá de dentro, e se escorou na parede. A todo o momento, tomava o cuidado de ser discreta; não sabia o que pensariam se lhe pegassem “espionando” o treinamento alheio.
– Meus olhos já estão ardendo. – comentou uma das crianças, o menino.
– Aguente, filho. – retrucou o adulto. – Não se pode utilizar o Jyuuken sem o apoio do Byakugan. Como você vai saber onde jogar seus golpes?
– Mas eu já não sei onde jogar...
– Não seja bobo, nii. – a outra criança, a menina, interveio. – Você pode me golpear em qualquer lugar, desde que olhe o que está fazendo. Precisa desestabilizar o meu fluxo de chakra para me vencer!
– Não ensine besteiras ao seu irmão, Hana. – tornou o pai. – Não se pode golpear “em qualquer lugar” e esperar obter sucesso na investida.
– ...não? Funcionou muito bem comigo até agora.
A menina abriu um sorriso convencido, enquanto o pai suspirou, impaciente. Quanto ao irmão, apenas alternava olhares entre ambos, parecendo não saber mais quais instruções deveria seguir.
– Bem, cuidaremos disto mais tarde então. – o pai ainda falava com Hana. Então, voltou-se para o outro filho: – Akio, concentre-se em enviar o seu chakra para dentro do corpo de sua irmã, focando o sistema de circulação de chakra dela. Só assim você conseguirá desestabilizar o fluxo. Não se esqueça de que é nisso que consiste o nosso Jyuuken.
Do lado de fora da casa, Angelise soltou um pequeno suspiro surpreso. Os seus olhos perolados, além de se arregalarem, também brilharam. Então o estilo tradicional de luta do seu clã não tem a ver com força; tem a ver com jeito, jeito com que se utiliza o próprio chakra para atrapalhar a utilização de chakra do oponente. Por isso a maneira tão estranha com que os golpes devem ser desferidos! Por isso todos se “estapeiam” tanto e nunca ferem a si próprios! Por isso ela esteve errando tanto durante todo o dia! Mas também... que inocência dela sequer desconfiar do nome do estilo: Punho Gentil.
– Vamos mais uma vez. – anunciou o pai.
As duas crianças ativaram o Byakugan e partiram novamente uma para cima da outra. Angelise estreitou os olhos e se atentou não só aos movimentos das mãos delas, mas também – e principalmente – às descargas de chakra que uma dava na outra a cada golpe que conseguiam acertar.
[...]
Logo que o dia seguinte amanheceu, Angelise retornou à floresta que circunda a Folha. Suas mãos continuavam horríveis e até pareciam doer mais agora que no dia anterior, mas, se ela treinasse o Jyuuken Ryuu corretamente, não deveria ter complicações quanto aos seus ferimentos.
Sem se lembrar da árvore que tinha utilizado para fracassar treinar antes, escolheu uma outra qualquer, mas de tronco tão grosso e resistente quanto. Em frente à dita árvore, assumiu a posição tradicional de luta dos Hyuuga – que também já tinha memorizado bem de tanto observar os seus primos –, com os seus braços ligeiramente erguidos, o esquerdo estendido para frente e o direito retraído, mas ambos com as palmas das mãos voltadas para frente, e com as pernas separadas, a esquerda apoiada à frente e a esquerda para trás, sustentando muito bem o corpo dela.
A loira ativou o Byakugan e finalmente espalmou a mão direita na direção da árvore. Porém, concentrou o seu chakra na palma da dita mão durante o percurso e, antes de chegar a sentir a textura da madeira em sua pele, freou o avanço da mão e projetou contra a árvore apenas o chakra que tinha acabado de concentrar na palma. Por causa do Byakugan ativado, Angelise conseguiu ver a rajada de chakra que expeliu batendo na madeira, no ponto exato que sua mão golpearia, até como se fosse algum tipo de extensão da mesma, antes de se dissipar no ar. Se a árvore na verdade fosse um corpo humano... a rajada entraria pelos seus poros e chegaria até o seu sistema de chakra?
“...mais uma vez!” – a loira mentalizou, e tão logo tornou a golpear o tronco da árvore com chakra, ao invés da palma da própria mão, mas aumentando bem a quantidade concentrada. ...e, sem perceber, aumentando também a velocidade com que projetou a mão contra a madeira, acabando por bater na mesma junto da rajada de chakra que lançara e ganhar mais um pequeno corte como os do dia anterior. E que ardência maldita aquilo lhe causou! Porém, nem mesmo essa ardência e a possibilidade – que ela tinha acabado de descobrir que não era tão remota quanto ela imaginara quando saiu de casa naquele dia – de continuar se ferindo foram capazes de fazê-la pausar o seu treinamento. Angelise precisava (e rápido) dominar o Jyuuken Ryuu, já que também é membro do clã Hyuuga, por menos que seja enxergada dentro dele.
Ela avançou de novo contra o tronco da árvore, mas, agora, com a mão esquerda. O procedimento, porém, foi o mesmo; ela concentrou chakra na palma da mão durante o percurso e, no último instante, freou o seu avanço para golpear a árvore apenas com o chakra que tinha acabado de concentrar. E já emendou essa investida com mais uma da sua mão direita, depois com mais outra da esquerda, e da direita, e da esquerda, e assim sucessivamente. A velocidade dos golpes da loira ia aumentando mais e mais a cada instante, mas, agora, ela tomava um cuidado extra para não deixar suas mãos baterem de novo na árvore; além de não ser necessário para o Jyuuken, ela só se feriria mais e voltaria a sentir dor.
No final do dia, exausta cansada, ela voltou para casa e simplesmente se deixou relaxar com um bom banho e uma longa dormida. Poderia – e realmente iria – treinar mais nos próximos dias, até poder dizer que aperfeiçoou o estilo tradicional de luta do seu clã.
And I wanna live, not just survive.
- Informações:
- Considerações:
- - Aprendendo o Jyuuken Ryuu (estilo de luta do clã Hyuuga) em 1175 palavras;
- Tentei construir um RP que expandisse um pedaço da história da personagem (na ficha), talvez seja bom ler lá para entender aqui.
- Bolsas:
- Equipamentos:
- JinGenin
- Ficha : Uchiha Takashi .
Vila : União do Fogo.