[Treino Amigável — Descendentes de Ashura]

Bakuto andava pela vila da União, saltando alguns presídios, até que parou sobre um deles, se sentando para observar, o lindo por do sol e céu alaranjados que se tinha ali. Numa mescla de cores escuras e mais claras. Até mesmo ventava, o que fazia com que os fios dourados do garoto Uzumaki esvoaçasse naturalmente. Sem perceber, ele passou algum tempo ali, antes mesmo de sacar que havia passado um tempinho. — Ah... — Fez ele, enquanto se levantava, limpando seu traseiro.

Assim, ele então saltou no ar, caindo em direção ao solo, sentindo seu cabelo subir e deixar sua face exposta. Após cair sobre o solo, apenas abriu o macacão laranja e preto, deixando a camisa cinza exposta, ou seja, seu peitoral. Com as mãos nos bolsos da calça laranja, ele seguiu andando entre as florestas até os campos verdes.

Lá, ele ficou de pé em frente ao pequeno riacho corrente, dessa vez, apenas ficando a comtemplar o por do sol, e mudar o peso do corpo para uma das pernas, pondo uma das mãos na cintura.

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O sol parecia mesmo estar se pondo no local, a noite parecia estar chegando aos poucos, sugando a luz que ainda se restava sobre o céu. — Ahn? — Foi o que ele soltou ao ouvir o som dos salpicos de água. E viu que alguma coisa havia sido arremessada ali, ou ao menos era o que ele pensava que fosse. Então ele se virou para olhar para trás, o que fez com que os olhos verdes caíssem sobre uma garotinha. “Pensei que só eu era quem vinha aqui, além de mim o Kafka-san... Mais alguém vem aqui além de nós.” Pensaria ele.

“Essa garota é bem jovem... Mas nunca a vi por aqui...” Pensou. — Ahn... Yo. — Diria o louro, se dirigindo diretamente á garota. Ele abriu um pequeno sorriso. — Vi o modo como as pedras foram arremessadas. Pareceu ser bem profissional, para variar. — Diria ele, com seu jeito gentil e caloroso, até mesmo alegre, carismático. — Sou Uzumaki Bakuto. É um prazer... — Seria dito enquanto ele se deslocava em direção a garota. — Será que você não gostaria de treinar um porquinho mais? Creio que pode ser interessante, não sou tão forte assim, quer dizer, a constar, nada foi fácil, pra mim aprender o Ninjutsu e outras coisas, mas ainda assim é um progresso. — Ele gesticulava com uma das mãos.

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— Aham. — Diria ele. — Está no símbolo do meu casaco, a esfera. — O garoto diria. Mas, ele ficaria parado dessa vez, tomando alguma distância da garota, mas também não chegando tão perto. Ele ergueu uma sobrancelha ao ver a justificativa da garota, mantendo dessa vez as mãos nos bolsos. — Ah bem... — Ele riria um pouco depois. — Você acha mesmo que vou dar tudo de mim contra uma criança? — Ergueu uma das mãos e coçou a nuca. — não acho justo se prevalecer contra quem é mais novo ou algo do tipo. — Ele diria.

— Mesmo que você tenha alguém mais forte num treino, acho que essa pessoa deve maneirar. Relativizar e se focar em equilibrar o combate, o tornando justo. Afinal, de que adianta entrar em combate se nada será proveitoso para ambos os lados se não quando se cai somente para um deles, deixando o outro sem nada? — Questionaria ele. — Mas tudo bem, eu estava pensando em te ajudar, visto que você carrega bastante potencial dentro de você, mas se você não quer, vou entender. — Explicaria.

Claro que dizer aquilo causava uma profunda dor no coração do garoto, visto que ele a vida toda praticamente, estivera sozinho. Mesmo quando tentava obter as repostas pelo sumiço do que deveria ser uma família, sequer lhe retornaram, o tratando com descaso e o tornando um pária. Mas ele aprendera a lidar com aquilo. Aliás, esse era o grande motivo dele próprio fazer amizade com todos, até porque, seria um modo de suprir sua solidão.

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A resposta da garota pareceu até iluminar a feição do rapaz, o que fez com que ele sorrisse para a garota de uma forma mais brilhante. Assim, ele seguiu correndo atrás dela, até que, antes mesmo que pudesse chegar ao riacho, ele então saltaria, dessa vez, fazendo uma pequena parábola curvatória que o moveria para cair direto sobre as águas. As energias nas solas dos pés já concentradas de forma exímias. Um sorriso se tinha delineado aos lábios. Assim, ele viu o primeiro movimento ser realizado: o arremessar de uma simples pedra.

O objeto se deslocou no espaço e no tempo, até se aproximar relativamente da face do garoto louro. Mas o que aconteceu foi que ele então moveria o ombro para trás, e jogaria a cabeça para trás, no intuito de deixar a pedrinha passar ao vazio e reto, sem se deixar se atingido. Assim, após isso, ele só trataria de correr na direção dela também, se aproximando. Assim, se veio então a segunda investida. O chute percorreu o lado direito do garoto, a primeira coisa que fez foi saltar para trás, pelo menos um metro somente ara deixar o percorrer do chute vazio.

E logo em seguida sem cessar, o último ataque veio dessa vez, frontal. Tudo o que fez foi jogar o ombro para trás e curvar o corpo, de preferencia a barriga, deixando que a perna passasse em sua frente, mas sem deixar que se pudesse ser atingido. Mas, aproveitaria o momento de investida dela, para segurar com as duas mãos a canela da garota e arremessá-la em seguida. Isso se tivesse êxito. Se não, apenas saltaria para trás por um metro novamente. — Aliás, você não me disse seu nome. — Diria, com um sorriso.

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— Muito prazer! — Diria ele, com seu sorriso caloroso, só que dessa vez, ele sorriu de orelha em orelha, apesar de seu sorriso comum ser de forma expressiva o suficiente para se expressar o seu grande jeito positivo que tinha. “Ahn?” Foi o que se sucedeu na mente do rapaz. “ Pra quê essa curvatura toda? Não precisa disso.” Pensaria. Para ele, aquele tipo de recepção normalmente se dava para, geralmente, para feudais e pessoas importantes, influentes. Mas aquilo fora dado por meros segundos antes de voltar á sua postura original, assim como a jovem.  Ela então não tardou em tratar de sua iniciativa.

Assim, ela trataria de atacar o garoto de frente novamente. — Ok. — Diria ele, ao ver os socos se aproximarem de seu tronco. Enfim, fez um leve dançar com seu corpo, deslocando o ombro e amolecendo o corpo, e deixando que os punhos alcançassem o vento, porém, o último, ele moveu sua face, deixando que o soco dado afetasse seu queixo, provavelmente o fazendo derrapar para trás e espirrar água. A cabeça permaneceu erguia, e ele ainda sorria, apesar de que o canto de seu lábio agora escorria em sangue. — Viu... É disso que eu tô falando... — Ele diria á um metro dela.

Ele então limparia o queixo sanguinolento, deixando um manchado rubro sobre a pele morena clara. Posicionou-se e correu na direção da garota novamente, dessa vez agachado. — O potencial é desperto quando um Uzumaki se mostra determinado! É por isso que eu vi o futuro em você! — Ele já estaria se aproximando á um metro da jovem Yuuki quando terminaria sua frase, e saltando por cima dela, numa parábola, para cair exatamente atrás, e girando em seguida de trás para frente, num chute lateral rotativo esquerdo que visaria acertar o braço da garota, porém, ele pararia o ataque antes de a atingir, dando um pequeno salto e movendo a outra perna e executando  movimento anterior com a outra perna.

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Após um salto, ele então se viraria para ficar de frente para a garota, portanto, de pé sobre as águas cintilantes. Saltaria a distância de um metro para trás no intuito de ficar um pouquinho mais afastado caso ela quisesse atacar por ele estar tão próximo. — Ahn? — Faria ele, soltando uma risada depois. — Não. Confesso que sou mais proficiente em Ninjutsu do que nas outras artes. Não sou tão bom assim pra falar a verdade. — Diria com modéstia de si mesmo. — Ainda falta muita coisa para melhorar, muitos pontos. Preciso ficar mais forte. — Explicaria ele, que apesar de todas as capacidades, ele ainda era fraco.

— Bom, gostei do modo como você reage ao estado de batalha. É uma legítima Uzumaki. Quer dizer, eu posso notar estes padrões em algumas pessoas somente, não são todas do nosso Clã que possui algo assim. Uma dica pra você... — Diria ele. — Lutas corporais, geralmente você precisa de uma finta para funcionar. No meu caso quando fiz os jogos das pernas. Mas você também pode fazer ataques triplos sempre que puder, normalmente compostos de múltiplos ataques simultâneos que dificulta a movimentação e defesa do inimigo. Foi o que eu li no livro inicial dos movimentos mas é meio difícil de fazer. — E ele colocaria uma das mãos na cintura.

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— Entendi. — Ele diria colocando as mãos nos bolsos, como se voltasse á postura inicial. Certamente ele também tinha coisas para fazer, a princípio ele também nem percebera, mas estava de noite. O tempo já havia se esgotado. — Tudo bem! Fique mais forte para que possamos lutar muito! Boa sorte nas missões! — Gritaria o garoto, acenando freneticamente enquanto a garota se afastava do riacho e iria para o caminho de volta para a vila. Bakuto ficaria sozinho novamente.

As águas ainda ondulavam embaixo dos pés, e então, ele ergueria a face para observar o luar, estava bonito naquele dia. A luz prateada deixava a pele do rapaz em um aspecto mais claro. Até mesmo seu cabelo se tornaria mais prateado com aquela luz noturna. — Finalmente estou fazendo amigos... — Ele tocaria seu peito após sentir algo bom, e sorrindo de forma mais genuína o possível. Até mesmo seus olhos começavam a lacrimejar. Mas então ele tratou de limpar rápido suas lagrimas.

— Heh... Está dando tudo certo agora... — Ele então se viraria, pronto para correr pelo riacho, passando para as terras e alcançando a trilha. O vento rugia contra sua face, e ele iria ter que encontrar mais coisas para fazer. Em casa.

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