[Treino Amigável — Uzumaki e Senju]

Bakuto estaria sentado sobre um dos troncos do campo de treinamento. Os gramados farfalhavam com o dançar e o gargalhar dos ventos. Os vagalumes continuavam a vagalumear pela noite enquanto a lua permanecia altiva, estando como um porte iluminario para todo o mundo. Sozinho ali, o Uzumaki só ficava aberto à contemplação, ao degustar da companhia da solidão. Nada mais disso, nada mais do que uma velha amiga que lhe vinha acompanhando desde seu nascimento. Aquilo deixava a alma do nobre Uzumaki acostumada.

— Ainda estarei mais forte não importa o que aconteça, eu ainda terei o poder de um Shinobi reconhecido e forte! Serei capaz de trazer a verdadeira paz! — Diria Bakuto para o vazio. Ele era uma das pessoas que visavam um mundo melhor, sem guerra, paz, conflito. Ele iria acabar com tudo isso um dia.

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Trilha Sonora indicada: Rebirth, Angra

A conversa parecia não ter fim na sala. Tentei não atrapalhar e fiquei no quarto com a porta fechada. Eu era o assunto da conversa, mas não me atrevi a questionar em detalhes, mesmo algo que eu julgava sobre mim. Sentia a irritação se eleva dentro de mim minuto a minuto. Aquela indecisão de confrontá-los ou não estava me corroendo. No fim eu ainda era uma criança e ele dois adultos. A tensão se tornou insuportável. Levei e sai do quarto rápido, atravessando o corredor e indo na direção da porta. Abri e sai de casa. Ao fecha-la bati com toda a força que a raiva me fornecia, causando um pequeno tremor em alguns objetos. Era a forma como eu estava dizendo que era intolerável aquela situação.

Queria espairecer minha cabeça e parar de pensar em Mímir e papai. Caminhei um pouco sem destino, buscando qualquer um ou qualquer situação que pudesse me retirar das profundezes em que eu me encontrava imerso. Um respiro. Era tudo que eu precisava. Desejava mesmo que de forma inconsciente. Quando me dei conta estava no campo de treinamento. Vi uma silhueta ao longe e caminhei na direção, talvez eu precisasse de uma companhia.

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Assim, Bakuto continuava em seu viés solitário, somente estando ali sozinho. A escuridão parecia envolver o garoto de uma tal maneira que até mesmo tudo ao redor tinha desaparecido dali por completo, estando então só com uma escuridão. Mas o fato do sentimento de vazio do Uzumaki provinha mais da própria solidão que o aplicava sempre que podia do que qualquer outro motivo. Era doloroso, era doloso como o garoto lidava com aquilo. Mesmo assim, ele continuava a sorrir em todas as ocasiões, afinal, a dor o fazia ser mais forte. Assim, algo chamaria a atenção do garoto nos momentos seguintes.

Erguendo o olhar e arqueando as sobrancelhas exageradamente. Pelos passos, alguém vinha se aproximando pela área florestal do campo do treinamento. Seria outro amigo? Não se sabia dizer até que o estranho revelasse sua face. E foi aí que algum tempo depois, Bakuto observando atentamente, fez com que o mesmo sorrisse para a figura. Assim, sua expressão tristonha mudaria para alguém que acabara de receber a iluminação total. Assim, num pequeno empurrão, o garoto se deixaria cair para frente em direção ao chão, pousando ali. Assim, passando pelo tronco, Bakuto correria até o rosto conhecido para lhe o tocar o ombro.

— Kafka! — Diria Bakuto, empolgado como sempre. — Boa noite! Faz tempo que não lhe vejo, não sei onde você mora. — O garoto riria de si mesmo coçando a cabeça. Assim, os olhos verdes se moviam pata lá e para cá como se observassem o mínimos traços do outro. — Aí Kafka, pela sua expressão você não parece muito legal. Mas vamos, você está comigo, vou tentar te animar. Saca só! — Diria o garoto, tirando uma pequena quantia de dinheiro. — Vamos no restaurante hoje Hehe! Você pode ser minha companhia para comermos juntos! — Diria Bakuto, dando tapinhas no ombro do outro. — Aliás, você quer treinar comigo? Diz que sim vai! — Diria Bakuto, rindo quase suplicante. Assim, se aceito o convite, Bakuto se afastaria 10 metros, em posição de combate.

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Enquanto me aproximava, a pessoa também caminhou em minha direção. Pude ver que era Bakuto e sorri para ele. Sua personalidade animada e amigável era contagiante. Por alguns instantes esqueci de meus problemas. Ou... até que ele teceu comentários acerca do meu estado emocional. Embora fosse apenas aparente, era correta sua análise. Eu estava triste. Diversos móvitos levavam sempre ao mesmo sentimento. Embora existissem outros como a raiva e frustração. Sentia raiva por ninguém me contar sobre assuntos que eram sobre mim. Frustração por não ter conseguido descobrir nada por conta própria ainda. Retomei ao momento ao ouvir o convite de luta e refeição. O sorriso anterior, do momento que o vi, se misturou com uma contração nos lábios. Mas agora tentava novamente esboçar um sorriso. Dei alguns passos para trás e elevei meus braços montando minha guarda. O que antes podia ser intuitivo, agora era fundamentado, tinha base teórica. Meus estudos sobre Taijutsu me forneceram um novo nível de conhecimentos. Bastava testá-los na prática.

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Considerações:

— Então você está aceitando?! — Questionaria para o outro quando o viu se afastar e se colocar em posição de combate, aquilo seria uma espécie de “Sim” para Bakuto, que ficou ainda mais empolgado, sorrindo para ele. Assim, se afastou também enquanto isso, ficando com até 15 m do outro. Como se uma nuvem passasse por cima de sua face, ela mudou totalmente. O seu olhar parecia agora emitir chamas, e o olhar era tão caloroso quanto o do próprio sol, apesar do sorriso que tinha, ainda permanecia com pequenas diferenças das expressões anteriores. Assim, ele trataria de se posicionar logo em seguida.

Assim, ele tomou as rédeas, tomando a iniciativa. Seu corpo se curvou e se agachou um pouco, com os olhos verdes fixos no outro. Seu sorriso agora desaparecera, e ele então, se deslocou rapidamente. Direto como um raio, ele corria, porém, algo mudaria a partir dali, onde ao se aproximar pelo menos um metro de distância do garoto, Bakuto não atacaria de imediato, tomando impulso para o lado sem antes fingir uma pré medição de ataque, assim, na tentativa do movimento, ele buscaria ficar um pouco mais ao lado do Senju e portanto, virado para ele. Após isso, se possível, moveria uma das pernas, para iniciar um ataque lateral, visando atingir a lateral do rosto do garoto.

Porém, seria uma finta, o chute pararia e voltaria enquanto o punho seria estendido na direção do estômago de Kafka, visando atingir ali, frontalmente e direto.

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Bakuto iniciava seus movimentos de forma similar ao nosso último treino. Naquele eu não possuía metade da habilidade de agora. Em retrospectiva as coisas assumem essa impressão. Sempre em um determinado momento superestimamos nossas habilidades, julgando que elas estão boas. Aprendemos um pouco mais e percebemos que sabíamos muito pouco anteriormente e que era mera ilusão. Mais alguns dias e novamente a mesma perspectiva. A destra ficava à frente de meu rosto, protegendo-o, mas permitindo que eu tivesse uma boa visão. Elevei levemente meu braço de forma a bloquear o chute que se desenhava. Com os olhos, acompanhei o segundo movimento que vinha com um soco na direção do meu estômago.

Movimentando minha pernas em velocidade máxima e com o auxílio do Shunshi, me desloquei lateralmente, evitando o contato com o punho adversário. Esse movimento de escape não foi efetuado sem uma ideia por trás. Enquanto o iniciei, minha mão esquerda foi até minha bolsa de armas e agilmente peguei um papel explosivo e o joguei na direção do braço de meu oponente, mas com o papel vindo de baixo para cima, tentando pegar um ponto cego ou de difícil visualização. Obtendo sucesso ou não, saltei para trás em cinco metros e fiz um selo com a mão enquanto esboçava um sorriso, a impressão que dava é que eu ativaria o papel explosivo. Algo que, entretanto, não faria, mas queria ver a reação de Bakuto.

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Considerações:

Assim se iniciava o combate entre dois shinobis, cm o garoto Bakuto iniciando sua ofensiva direta ou não. Para sua surpresa, não seria tão fácil atingir Kafka, visto que, ele também era um ninja habilidoso, até mais quer o jovem Uzumaki. E assim, toda a sequencia de ataques, com fintas e golpes diretos como a da última vez, havia, ido por agua baixo. “Déja vu!” Pensou o louro. Assim, o Kafka Senju havia se esquivado de sua iniciativa novamente. Que rápido ele era, nem se deixaras ser pego pelo golpe. Assim, os olhos verdes observavam, seguiam o outro enquanto se afastava, mas espera, aquilo era um ataque.

 
Sentindo o corpo energizar, o garoto arregalou os olhos e trincou os dentes, uma gota de suor escorreu enquanto a kunai com selo explosivo se aproximaria mais e mais. Assim, freando, Bakuto usou como impulso reverso, se jogando para trás, evitando o mais rápido possível que fosse atingido pelo papel bomba e a kunai.  Assim, se jogando á dois metros de onde seria atingido o papel ele berrou, quase chorando, num misto de alívio e certo desespero. — O que diabos foi isso?! Ai papai do céu! — Diria Bakuto, após isso, rindo em seguida e animadamente como se fosse divertido. — Boa pegadinha! — Diria ele, se levantando.
 
Assim, seu sorriso aumentou, ele havia feito algo enquanto se levantava. — Ok. Vamos lá! — Ele ergueu as mãos então, mostrando então pedrinhas em todos os dedos. Assim, como se não pretendesse deixar Kafka reagir, lançou as primeiras cinco pedrinhas na direção do Senju, estando á cinco metros dele desde que se levantara. Após isso, ele correria em velocidade máxima, concomitante ao arremessar das pedras, assim, visando se aproximar, mais alguns metros, como por exemplo um metro e lançar os restantes. Após isso, ele estaria envolto com uma barreira de chakra por todo corpo além do catalisador de velocidade ativo momentos antes.
 

Assim, com a finta feita ou não, Bakuto escorregaria após o lançar das pedrinhas, visando após um metro, para se aproximar ainda mais de Kafka, erguendo então uma das pernas e visando atingir o queixo, para que jogasse o oponente para cima, e em seguida, se erguer para que pudesse segurar as pernas dele e o arremessar sobre o chão, tudo rapidamente e com mínimo intervalo de tempo, assim como o início de seu movimento.

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Autoconhecimento é fundamental. Além disso, é necessário estar preparado. Uma coisa eu tinha certeza: meu combate corpo a corpo era péssimo. Nos treinamentos com Tenma, meu irmão, ele conseguia sempre se sobressair nesse quesito. Isso me fez pensar em formas de lutar sem precisar usar tanto o corpo diretamente. Eu sempre preferi usar a cabeça primeiro, depois mãos e pernas. Afinal, a mente também pode ser uma grande arma. Minha mão esquerda deslizava até minha bolsa de armas e eu começava a pensar no que fazer contra ele caso novamente ele me atacasse fisicamente.

"Lá vem ele", pensei ao perceber Bakuto tencionar seu corpo a frente. Novamente eu apostaria em um ataque duplo. Peguei uma kunai rapidamente com uma bomba de fumaça fixada. Lancei na direção do adversário, mirando seu peito. Por ser rápido, ele provavelmente desviaria ou morreria ali mesmo. Mas a ideia era que ele desviasse, caso isso acontecesse, meus movimentos se desenvolveriam em imediatamente. No instante que a kunai estivesse a uns trinta centímetros, ativaria a bomba de fumaça, causando uma explosão e provável turvação da visão. Teceria selos e criaria uma cópia básica, enquanto eu correria para atrás de uma árvore próxima da nossa posição, três metros dali.

Buscaria observar os movimentos de Bakuto dali, sem deixar que ele me visse ali e de olho em meu clone. A fumaça provavelmente estaria por ali. De forma a distraí-lo, ativaria o papel bomba que outrora lancei, causando uma segunda fonte de fumaça e se ele estivesse próximo, talvez sofresse algum dano. Caso nada disso acontecesse e ele não desviasse da kunai, eu ficaria parado e iria aguardar sua reação.

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Considerações:

Ainda sentindo a energia perambulando, Bakuto manteve seu sorriso. Corria em direção ao Senju, com o intuito de ataca-lo. Porém, nem sequer havia dado tempo de lançar a iniciativa, pois, o mesmo atacara antes, lançando uma kunai. “Droga!” Pensaria Bakuto, trincando os dentes, tendo que mover a cabeça e dobrar o corpo, movendo também a mão para pegar no anel da kunai, porém, ela explodiria em fumaça roxa, fazia então com que a visão se turvasse e sequer poderia vê-lo por estar envolto por fumaça. Assim, o garoto buscaria se abaixar, ainda envolto pela fumaça. Assim, ficaria ali enquanto faria alguns selos para a substituição, agachado sobre o chão. Então, perante o passar do tempo, mais uma explosão aconteceu, envolvendo mais ainda a fumaça, só que lá para trás.

Assim, aquilo causou uma mudança na movimentação. Com o oscilar da fumaça, Bakuto percebeu então, Kafka vindo em sua direção. Então, espremeu os olhos e observou pela grama enquanto se aproximava. Um Bunshin. Assim, quando ele se aproximasse mais perto ainda, lançaria a kunai, dessa vez, mirando na cabeça, porém, seria apenas uma distração. Comcomitante a isso, ele faria os selos para que pudesse se esconder em uma ciaxa enquanto se afastaria da fumaça, visando sorrateiramente se envolver na floresta, escalando até uma árvore, para que pudesse se proteger e se manter camuflado com a caixa.

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Bakuto então havia se esquivado com sucesso, mas agora, ele não sabia onde estaria Kafka. Havia sido uma jogada inteligente. Agora, ele se encontrava recuado. Não sabia para onde ir, e nem sequer sabia onde estaria o amigo. Bakuto então olhou para além do céu, onde estaria e4ntão já muito tarde. Ele tinha que ir pra casa. Assim, cuidadosamente, desceu para o chão, saltando da árvore e caindo sobre o chão, e exercendo pressão sobre o mesmo. Assim, desfaria tudo que estivesse ativo, inclusive a caixa, que estivesse encima de si. Assim, ele daria um ultimato de término, visando então, terminar por ali.

 

Assim, ele se dirigiu para o campo aberto,  onde estivera batalhando anteriormente. Assim, ele então ergueu os braços, sorridente. — O treino foi ótimo! — Diria ele. — Me diverti bastante lutando com você, como da última vez. Mas, eu tenho que ir pra casa. Então, até outro dia, a gente treina novamente. Eu não estou com pressa. A  gente pode ficar cada vez mais forte. Então, até logo cara! — Ele acenaria para o garoto, que poderia estar escondido, assim, dando meia volta e saindo correndo, indo para casa, no caminho em que seria para a saída onde iria passar pelas grades.

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